Assim que saímos do parque fomos para o meu restaurante japonês favorito. Entramos e sentamo-nos numa mesa próxima a janela. Logo que o garçom chegou, Miguel pediu uma porção de Hossomaki Tekka Maki (enrolado fino de atum) para ele, uma porção de Sushi, para mim, e duas porções de Tempurá de Sorvete para a sobremesa. E como pedimos dois tipos de pratos diferentes e uma sobremesa, ganhamos duas porções de Harumaki (rolinho primavera) para a entrada. Tinha como ser melhor que isso? Claro que não!
Enquanto estávamos esperando pela comida, ficávamos conversando sobre vários assuntos aleatórios e nos conhecíamos ainda melhor. Apesar de não ser de propósito, acabou se tornando um encontro romântico.
Após jantarmos, decidimos ir ao cinema e ver o filme "It: a Coisa". Foi bem legal, gostei bastante do filme. E depois, voltamos para casa. Fomos caminhando mesmo porque o meu sogro não deixa a Miguel dirigir o carro dele, mas não importa se vamos a um lugar a pé ou de carro, o que importa é passarmos um tempo juntos.
Quando chegamos ficamos mais um tempo juntos e conversando:
-E aí? O que achou do seu dia hoje? - perguntou assim que paramos em frente a porta da casa.
-Achei ótimo, divertido! Uns dos melhores dias da minha vida!
-O que você vai fazer amanhã a noite?
-Não sei! Talvez assistir televisão ou ler algo no meu quarto. Por que?
-Porque minha irmã mais velha vai chegar amanhã a noite, junto com o marido e o filho, e ela queria te conhecer.
-Ah sim! Bom, só vou saber amanhã a tarde!
-Tá bom! - ele se aproximou e me deu um beijo que demorou uns três minutos. - Bom, eu não queria, mas eu tenho que ir agora. Te vejo amanhã?
-Claro! Até amanhã! - nos despedimos e ele foi embora.
Entrei em casa e fui direto ao meu quarto para tomar um banho e trocar de roupa. Após fazer isso desci para a sala para ficar com a Stefanie e minha tia. Sentei no sofá, entre elas, e como me perguntaram, contei tudo o que tinha acontecido hoje. Desde do momento em que eu e Miguel chegamos no parque até um pouco antes de eu entrar.
Estávamos vendo um filme, que não sei o nome, quando ouvimos alguém tocando a campainha e batendo na porta desesperadamente. Minha tia abriu a porta e vimos que eram os meus sogros:
-Oi Jane, boa noite! Desculpa te incomodar a essa hora, mas o Miguel está aí?
-Oi Clarice, boa noite! O Miguel não está aqui não.
-A Esther está aí?
-Está sim! Podem entrar, ela está ali na sala.
-Esther? - minha sogra perguntou meio preocupada. - Quando foi a última vez que você viu o Miguel?
-A quase duas horas atrás. Por que? Aconteceu alguma coisa? - perguntei ficando preocupada.
-Ele ainda não chegou em casa e não sabemos aonde ele está!
-Como assim ele ainda não chegou em casa? - perguntei levantando do sofá super preocupada. - Já procuram por ele?
-Ainda não! Antes de começarmos a procura-lo pensamos em vir aqui primeiro, pra ver se ele estava com vocês. - falou o meu sogro preocupado.
-Esther, da última vez em que você o viu, ele foi em que direção? - perguntou minha tia.
-Na direção da casa dele!
-Acho melhor a gente começar a procurar por ele! - sugeriu Stefanie ficando preocupada.
-Tá bom! Vamos em caminhos diferentes para podermos procurar em mais lugares e mais rápido. - sugeriu meu sogro.
Pegamos algumas lanternas e nossos celulares, para caso de emergências, e saímos para o procurarmos. O procuramos por todo o nosso bairro e ainda nos dois bairros vizinhos, até às seis e quarenta e cinco da manhã, porém, nós não o encontramos. A cada minuto que se passava, mais preocupados ficávamos, e o pior era que não podíamos fazer nada até as próximas dezesseis horas, pois ele estava desaparecido por nove horas, e a polícia só começa a procura se a pessoa estiver desaparecida por mais de vinte e quatro horas.
Miguel narrando:
Decidi levar a Esther para o restaurante favorito dela, pois eu queria que ela esquecesse um pouco o que aconteceu no parque, porque eu percebi que não a deixou feliz, a deixou um pouco preocupada, e também porque queria, que juntos, comemorasse-mo o fato de que ela e a minha sogra estavam, finalmente, começando a si entender. Enquanto estávamos andando percebi que havia alguém nos seguindo, porém não consegui ver quem era.
Após levá-la ao restaurante e ao cinema, acompanhei-a até a casa dela. Logo que chegamos, ficamos um tempo do lado de fora conversando. Depois desse tempo, tive que ir embora, mesmo não querendo. Eu estava andando tranquilo, agradecendo a Deus por tudo o que Ele fez nesse dia, até que virei a esquina e senti algo batendo na minha cabeça com muita força, fazendo eu tropeçar, caí no chão, olhei pra cima e vi um garoto com o rosto coberto e um taco de beisebol na mão. Assim que tentei levar, ele novamente bateu na minha cabeça, porém com mais força, me fazendo desmaiar...
Eu acordei, estava sentado e amarrado numa cadeira, estava tudo escuro e não conseguia respirar direito. Foi aí que percebi que tinha uma sacola de pano preto na minha cabeça. Fiquei um bom tempo sem fazer nada, olhando pro escuro, tentando saber o motivo disso tudo, até que ouvi alguém destrancando a porta e logo em seguida alguns passos. Quando parei de ouvir os passos, alguém tirou a sacola de pano preta e imediatamente a luz veio aos meus olhos, dificultando a minha visão. No momento em que minha visão ficou melhor, vi os dois responsáveis disso tudo, e não me surpreendi, já imaginava que talvez seriam eles:
-E aí Miguel, sentiu minha falta?
-Nem um pouco. Como seria possível sentir falta de alguém que você não gosta, hein Pedro?
-Ah, eu não sei. Me diz você já que...
-Tem como vocês pararem com isso? - Vitórya o interrompeu.
-Tá bom! Então Miguel, você faz alguma idéia do motivo de estar aqui?
-Nenhuma! Me explique!
-Bom, eu vou fazer de tudo para reconquistar a Esther e pra ser o namorado dela de novo, e pra isso eu preciso tirar você do caminho. E é por isso que você está aqui!
-E ela? Qual o motivo dela?
-Bom, ela está aqui porque te quer de volta.
-Isso é uma palhaçada! Vocês não tem nada de bom pra fazer vida não?
-Na verdade não! E isso não é palhaçada, é genial. Porque enquanto você estiver desaparecido, a Esther vai ficar mal, vai precisar de um consolo, e eu serei esse consolo. E enquanto eu estiver com a Esther, a Vitórya vai ficar com você. Viu só? É genial!
-Isso não é genial, é doentio!
-Quer saber? Já cansei dessa nossa conversa! Vitórya, coloca o sedativo nele e vamos tirá-lo logo daqui.
-Espera! - falei assim que a Vitórya se aproximou com uma injeção - Pra onde vocês vão me levar?
-Para um esconderijo bem longe daqui! Agora pode sedá-lo! - depois que ele falou a Vitórya me espetou com a agulha da injeção e colocou em mim o sedativo. Logo em seguida apaguei.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O Verdadeiro Amor
EspiritualEsther é uma garota de dezessete anos que sofreu muito. Depois de tanto sofrimento ela simplesmente para de acreditar no amor e na felicidade. Pra ela amor e felicidade é só mais uma palavra. Em meio a tanto sofrimento, sua prima Stefanie, a leva...