Reckoning

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Justin

–– Eu não consigo entender porque vocês precisam ir até Las Vegas. –– Faith lamenta falsamente emburrada, completando o teatro com um bico mimado que me faz ir até ela e beija-la, apertando sua cintura com minhas mãos e terminando o beijo com um selinho rápido.

–– É uma espécie de fantasia universal. –– tento explicar. –– Todos os homens sonham em ter a despedida de solteiro em Vegas.

–– Se esse é um sonho universal... –– ela senta-se na cama, bem ao lado da mala que pequena que estou arrumando. –– Porque você não foi para Las Vegas antes do nosso casamento?

Meu olhar percorre todo o seu corpo, o mesmo coberto apenas por uma de minhas camisas, a mesma que usei momentos trás para tapar seus olhos enquanto lambia sua intimidade. Faith ao notar o meu encanto, propositalmente dobra as pernas, exibindo sua pele clara e a renda da calcinha vermelha. Umedeço os lábios ao vê-la morder o lábio inferior. Seus olhos azuis fitam-me com desejo e basta isso para que eu sinta a necessidade de apertar meu membro.

–– Porque você sempre foi e sempre será tudo o que eu poderia desejar em uma mulher. –– e assim ela sorri largamente, puxando-me pela camisa e me fazendo cair contra si mesma. Sustento meu peso com um dos braços e com a mão livre eu acaricio seu rosto angelical.

–– Promete não se deixar levar por nenhuma mulher de bunda grande e peitos enormes? –– rio.

–– Eu prometo! –– digo convicto, nem em um milhão de anos eu pensaria em trair ela.

Nosso relacionamento sempre foi honesto e nunca olhei para outra mulher como olho para ela, nem mesmo quando eu estava na fossa e pensava ter sido deixado. Sim, eu transei com uma ou duas mulheres durante os meses que passei perdido, mas isso não significa que eu tenha gostado de tal coisa. Além do mais, não hesitei em contar tudo para Faith, a mesma que compreendeu e em momento algum deu importância a isso.

–– Até porque nenhuma mulher nunca terá a bunda ou os peitos tão lindos e deliciosos quanto os seus. –– e com isso eu mordisco seu seio esquerdo, vendo seu mamilo marcar contra o tecido fino da camisa.

–– É melhor ir embora agora ou eu juro que não te deixo sair sem um segundo round.

Ela me empurra para cima e eu rio de sua safadeza. Faith está extremamente bem humorada hoje e nada poderia me fazer mais feliz.

Fecho a mala após guardar o último item que estava em cima da cama. A mala não é grande, mas ainda sim acho um exagero. Não irei precisar mais do que uma camisa limpa, mas Faith sendo quem é, colocou roupas o suficiente para três trocas de roupas. Um absurdo para quem irá passar apenas uma noite.

–– Se cuide. E se tiver algum pesadelo  me ligue...

–– Eu vou ficar bem. –– me interrompe, erguendo-se rapidamente e segurando meu rosto com suas mãos macias e pequenas. –– E você trate de se divertir, mas sem exageros.

–– Pode deixar. –– selo nossos lábios novamente, rápido, mas de forma carinhosa e apaixonada.

Faith senta-se novamente na cama e eu sigo para fora do quarto, arrastando a mala sob o piso. No instante em que desço o primeiro degrau da escada ouço a buzina estridente do caro de Henry. O próprio estava parado em frente a minha casa a alguns minutos, e não é minha culpa se ele chegou antes do combinado.

–– Não precisava disso. –– o repreendo ao me aproximar do carro.

Ele dá de ombros e eu guardo a mala no banco de trás, acomodando-me ao seu lado no banco do passageiro.

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