Wedding Anniversary

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Justin 

Dois anos depois.

Meu celular desperta, me fazendo arrepender-me imediatamente por ter dormido tão tarde ontem à noite.  Olho para o lado, e sorrio ao ver Faith agarrada ao travesseiro. É sempre assim, ela se deita agarrada a mim, mas ao decorrer da noite em meio ao sono, se solta, e se agarra a qualquer coisa que pensa ser meu corpo. Estico meus braços e pernas, a fim de jogar um pouco da preguiça fora, o que é uma tarefa inútil. O frio é perceptível lá fora, já que pelas cortinas claras posso notar a umidade escorrer na janela lentamente.

Pulo da cama vendo o dia clarear, curvo meu corpo para frente e para baixo, arrumando os edredons confortavelmente sobre o corpo seminu de minha esposa, e lhe beijando a testa. Como eu, ela dormira tarde, e sei o quanto adora uma cama pela manhã.  Ainda mais nessa época do inverno. Estalo meu pescoço indo em direção ao banheiro. Tiro a boxer cinza, a única peça de roupa presente em meu corpo, adentro o boxe ligando o chuveiro, vendo a água bater no piso, e o vidro fumê do boxer se embaçar lentamente pela temperatura quente da água. Sinto meu corpo relaxar, e aos poucos o desânimo, e a preguiça que havia em meu corpo vai embora, junto com a espuma, que se formava em meu corpo, pelo sabonete líquido.

O banho é rápido, o necessário para que meu ânimo se renove nessa segunda-feira. Volto para o quarto, evitando fazer barulho para não acordá-la. Sorrio ao ver seu rosto sereno, são poucas as pessoas que conseguem ficar lindas quando dormem, e Faith sem dúvida é uma perfeição. Não resisto a tentação, e pego minha Nikon D3200, que está sobre o criado mudo, e tiro mais uma foto dela dormindo, para se juntar as milhares que já tenho. Como todo fotografo gosto das fotos tiradas ao natural, sem planejamento.

Volto com a câmera pra o local de antes, visto uma blusa de algodão branca juntamente com uma boxer azul. Pego meu uniforme que está separado no closet, e o coloco rapidamente, assim como a farda preta.  Calço as botas pretas, apertando bem o cadarço, pego o cedro, ou como muitos o conhecem, cinto, o coloco em meu quadril juntamente a minha algema, arma, cassetete, e meu rádio.  Levanto a perna da calça direita, e coloco mais uma arma presa ali, afinal, nunca se sabe. 

Vou até a cozinha, ligando a cafeteira com as medidas prontas, que Faith sempre deixa pronta para mim, na noite anterior. Enquanto ouço o chiado do café sendo preparado, passo meus olhos rapidamente pelos meus relatórios, para conferir se está tudo certo. Em poucos segundos uma xícara está em minhas mãos, com o líquido preto, sorrio, nada melhor que um bom café pela manhã, para levantar o ânimo de qualquer ser humano. Depois de certificar-me que tranquei bem a porta de minha casa, e o portão, eu entro no carro, e saio dali rapidamente. Por mais cedo que possa ser sempre saio apressado de casa, pois mesmo dormindo Faith faz com que eu me atrase. Esse é o efeito que ela tem sobre mim a cinco anos, sorrio abertamente ao lembrar-me que hoje fazemos dois anos de casados, o que me faz querer em ficar em casa, mas sei o meu dever para com a cidade, e tudo o que posso fazer é desejar que hoje seja um dia tranquilo, e que possa voltar mais cedo para aproveita-lo com Faith.

Vejo que meu pensamento foi precipitado, pois ao chegar no departamento vejo meu parceiro conversando com alguém, perto da nossa viatura.  Estaciono o carro, e saio rapidamente, jogando as chaves para o guarda que toma conta do pátio, onde ficam nossos carros pessoais, e viaturas. 

— Bom dia detetive Bieber. — aceno somente a cabeça em direção ao guarda, não por ser esnobe, ou me sentir superior, mas ao ver Henry em uma conversa séria com outro policial minha curiosidade se atiça, e a passos largos vou para pertos deles. 

— Bom dia. — digo rapidamente, chamando a atenção deles.

— Detetive que bom que chegou, o delegado Hernandez deseja o ver imediatamente. — o puxa saco do tenente diz, e nem ao menos me espera responder, se vira, com certeza indo avisar que cheguei.  Baba ovo do caralho. 

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