Capítulo 9 ▪ Cemitério.

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Narrando: Emmett.

— Ah, me desculpa ai gente pela demora.— Falei e cocei o cabelo. Eu devorei muitos animais e devoraria mais se Carlisle não tivesse me ajudado a voltar a realidade, me puxando pelo braço.

Ao meu redor era visível uma pilha de animais mortos.

— Você não tem que se preocupar com isso, amor. Temos todo o tempo, sabe? Na verdade, é até bom pra ter algo pra fazer.

Rose continua me chamando de amor. E eu amo isso, então sorrio.

Mas, eu acho engraçado a forma como ela age como se eu fosse o seu namorado ou marido. 

Não que conversar sobre isso seja o essencial, mas, talvez, seja algo como o básico, não? Para começar a fazer qualquer coisa.

— Bom, sendo assim, acho que da pra conversar com meu pai agora.—  Falei. — E explicar pra ele que me tornei um vampiro.

Eles me encaram.

Silêncio.

— Ah.. — Respondi, entendendo antes mesmo que me dissessem.

Quer dizer, eu havia me esquecido, mas agora, flashes borrados aparecem em minha cabeça.

Uma luta sangrenta. 

Éramos dois contra dois. Achávamos que era dois contra um. Era pra ser uma caça. Uma caça longe do animal. Uma caça segura.

Estávamos longe do primeiro urso ao atirar.

Foi um tiro certeiro, eficaz. Pensávamos que havia acabado.

Mas havia outro urso.

E ele nos pegou de repente.

Eu fui o primeiro a ser arrastado, as garras do urso e suas mordidas doíam pra cacete e não pareciam acabar, mas meu pai entrou no meio da luta. 

O urso arrancou a arma longe da mão de meu pai - e, como se não pudesse piorar -  o urso que havia sido baleado e estava distante, se levantou.

Inteiro.

Furioso.

Estávamos em desvantagem e completamente fodidos, era esperar pela morte.

Eu estava gritando de dor e comecei a chorar ao ver o urso arrancando a pele do meu pai com suas mordidas. 

Então, ele morreu na minha frente, e o urso, ao terminar, veio em minha direção. E o que havia sido baleado também. 

— É normal esquecer de algumas coisas e depois lembrar delas em flashes, a memória humana se esvai de você, não completamente, mas são apenas detalhes agora.— Edward falou.

— Sentimos muito pelo seu pai. — disse Esme e me abraçou. Sem jeito, retribui.

— Vamos pra casa, você precisa descansar sua mente. — Disse Rosalie, me estendendo a mão.

Peguei nela e andamos de volta pra casa.

Rosalie me apresentou a casa, cômodo por cômodo, e Edward, Esme e Carlisle foram juntos para nos fazer companhia. Ou me vigiarem.

Cozinhas, banheiros, quartos, varanda, garagem, tudo muito organizado, tudo muito lindo e tudo cheirando muito a dinheiro e luxo. 

Não era extravagante, o que deixava a casa com uma sensação ainda maior de riqueza, o luxo simples, como se isso fizesse algum sentido. 

Confie em mim, Rosalie ❧ TWILIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora