Capítulo 2 ▪ Nova Iorque.

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Narrando: Rosalie. 

A família Cullen celebrava o jantar mesmo sem tal necessidade. 

Nada era desperdiçado, mesmo que não comêssemos e fosse apenas um símbolo deles, a comida parada na mesa seria doada depois para abrigos e orfanatos.

Como uma especialista nata em culinária, Esme produzia dúzias e pratos, acompanhamentos e sobremesas, que apesar do odor forte de comida humana, sabíamos que estava com um gosto ótimo. 

A mesa estava bem limpa, organizada e decorada, o forro era branco,  o lustre bem iluminado que brilhava na sala de jantar toda. 

O ambiente estava tão acolhedor que quase me senti bem-vinda. 

Ao me sentar, vejo a expressão triste de Edward e me sinto culpada em até mesmo pensar em me sentir uma intrusa, então solto um murmuro de desculpas. 

O doutor Cullen ao ver nossos olhares e ligar os pontos, disse firme e seco:

— Você é uma Cullen agora, mas você terá todo o tempo e nosso respeito até se adaptar com isso. 

Dei um sorriso, ou pelo menos tentei sorrir.

— É a primeira vez que sento com vocês na mesa e é tão estranho, pois semana passada estava arrancando o coração de um felino enquanto Carlisle me ensinava, ao acabar fiquei com medo de nunca conseguir me saciar, já que continuava sentindo sede. Minha garganta aperta o tempo todo, dói tanto, eu sinto muito, eu não consigo, eu - 

— É assim no começo. Você vai se acostumar. 

Levantei da mesa assustada e por impulso. 

— Vocês estão sempre tão calmos e agem como se fossem humanos.

— Somos vampiros, Rose. — Esme responde. — Também somos treinados e temos sentimentos. Então não se sinta maldosa ou perversa por sentir algo próprio de sua natureza. A sua sede não pode ser controlada, mas a maneira que lidará com ela é o que importará. 

— É uma  natureza amaldiçoada. — Falou Edward. — Mas é a que temos agora. 

Me sentei de novo em minha cadeira, rendendo aos apelos daqueles que agora eram considerados minha família. 

— Eu vou tentar. — Disse e eles sorriram. 

...


Era quase 21 horas e eu tinha recebido um convite através do telefone da casa para uma festa dos calouros. 

Mesmo sentindo meu estômago embrulhar ao imaginar muitas pessoas juntas, algo nesse convite me fez sentir lembrada, não de forma querida, mas pelo menos de forma agradável.

Ao terminar de me arrumar, encarei meu reflexo no espelho. 

Estava bonita.

A minha maquiagem era intensa, como eu.  Meus cabelos estão com mechas exageradas em formato caracol. O rímel aumentava os meus cílios e o delineador realçava as lentes de contato azuis que usava.

O vestido era longo e apertava minha cintura e contornava as curvas das minhas coxas muito bem. 

O vestido era vermelho, mangas longas e batia até os meus pés. Um decote em V entre meus peitos me convenciam que estava chamando a atenção que eu merecia. 

Se ainda convivesse com meus parentes antigos, provavelmente seria expulsa de casa assim que me vissem com esse vestido, mas os tempos são outros e andamos conforme a música e mudamos constantemente.

Confie em mim, Rosalie ❧ TWILIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora