Capítulo 13 ▪ Casamento.

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• Narrando: Emmett. 

Pelo o que experimentei da eternidade aquele momento parecia se estender por todo o ser dela. Era como se naquele momento, Rose fosse tudo. Ou, de agora em diante, tudo em minha vida seria ela.

Certamente meu pulso estava adiantado em relação ao relógio e eu só sabia lamentar seu retardo, o tempo parecia querer me matar. Quanto equivoco de minha parte, mesmo que quisesse o tempo não me mataria, então para que toda essa pressa? Eu poderia esperar ali por toda a eternidade, qual o motivo motivo desta ansiedade?

O motivo ficou claro quando meus instintos entregaram que ela se aproximava, o controlado colapso formado em meu coração apontava o sentimento que jamais poderia ser igual a qualquer outro.

Tão sutil e doce quanto a própria vida ela surgiu, ali, tão perto de mim, mas me parecia longe demais, por que tão longe? A resposta dessa pergunta era simplesmente a mesma da pergunta anterior: Tinha pressa para viver toda a eternidade com ela. Ansiedade para senti-la, lábios em meus lábios, pele em minha pele e o seu amor junto ao meu. Eu precisava dela para me manter ali, talvez ela fosse o motivo pelo qual ainda me mantinha em pé. Talvez fosse o motivo pelo qual sempre ficaria de pé, mais forte que nunca.

Quando meus olhos atentos a estudaram, eu tive certeza do que já me era incontestável. Estava apaixonado, ou melhor, eu apaixonadamente a amava, com cada célula de meu corpo, meu corpo que jamais deixaria de ser seu.

Ela caminhou lentamente em minha direção, eu pude ver o seu nervosismo, mas, sendo sincero, não deveria chegar a nem metade do meu.

Em nosso casamento, estavam poucos convidados. Estávamos no jardim, com os Cullens, as Denalis e o padre. 

Somente quando Rosalie pôde chegar bem próxima a mim, que enfim pude ficar em paz. Seus olhos castanhos brilhavam, seus cabelos loiros e ondulados faziam com que todo o restante fosse ofuscado pela sua delicadeza; mas ao mesmo tempo tão forte. Forte, por tudo o que já sofreu estando só, por tudo que sofreu junto a mim e ainda conseguia manter aquele sorriso no rosto. Porque era... inexplicável. Ela e sua fonte inesgotável de vida. Capaz de causar alegria a qualquer amargurado.

E aquilo era tão lindo que parecia um sonho.

O som da música da sua entrada parou, veio os aplausos incessantes e depois disso o mais completo silêncio. Lá no fundo, imaginei meu coração bater por nervosismo. Mesmo que isso fosse impossível, algo ainda estava ansioso em mim. Suas mãos delicadas abandonaram as mãos de Carlisle e pousaram nas minhas.

Carlisle estava... feliz... Feliz? Sim, Carlisle também estava feliz por mim como nunca esteve antes. Era como se, naquele momento, todas as suas discussões comigo fossem para o espaço e só havia ali o amor de uma família. E por um minuto eu percebi.. o amor estava em toda parte. Ele sempre esteve, mas nós simplesmente decidimos prestar atenção em nosso próprio eu, dar valor ao ressentimento, lembrarmos das nossas recordações ruins e nos esquecermos das boas. Com o tempo acabamos por, não desacreditar, mas ignorar o amor. E ele ainda está em toda parte. E eu decidi agarrá-lo. Não era como se eu pudesse ser de outra forma, conhecendo o amor, sei como esse sentimento machuca, mas simplesmente nasci assim, amando inconsequentemente.

A boca de Rosalie formou um sorriso imenso e aquele momento eu percebi o quanto ela me tinha por inteiro. Eu já não pertencia mais a mim mesmo, mas eu quero isso. Eu preciso disso.

— Você está parecendo mais nervoso do que eu. — Ela sussurrou baixinho, ainda rindo.

— Você não se viu no espelho, droga? Você está divina. Se fosse humano, estaria mijando nas calças.

Rosalie gargalhou. 

— Eu te amo demais, garoto. 

E enquanto o padre falava, eu somente ignorava tudo e olhava pra ela, como um tolo apaixonado. 

Eu realmente tenho uma alma, posso perceber agora. Vampiros não tem alma? Bobagem. 

Eu tenho uma alma gigante no meu corpo. Amo Rosalie além do que se é considerado Amor. Pra isso, tem que ter uma alma bem grande.

— Deveria estar prestando atenção. — Ela sussurrou, sorrindo e prendendo o riso; eu não pude evitar sorrir também.

— Chamando minha atenção até mesmo no casamento, Loira? 

Ela desviou o seu olhar de mim e voltou a ouvir o padre novamente, mas eu a vi apertar a minha mão ainda mais forte, como se quisesse dizer "sim, estou chamando sua atenção."

Foram talvez dez a vinte minutos de tortura, esperando poder ver o seu rosto de novo, e quando seu olhar voltou ao meu, na hora dos votos, eu percebi que se ela pudesse chorar, choraria como uma humana de tanta felicidade. Sua alegria era visível, poderia até mesmo ser palpável.

Eu me sentia orgulhoso.

Quando foi a vez de falar, eu repeti os votos do casamento.

Prometo estar contigo na alegria e na tristeza

Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza

Amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida,

até que a morte nos separe.

Rose, então, ao me ouvir, fez o mesmo, falando suavemente como uma canção, de modo que somente ela conseguia fazer. Quando terminou os seus votos, pude ler seus lábios, que diziam:

- Nem mesmo a morte.

- Nem mesmo a morte

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Confie em mim, Rosalie ❧ TWILIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora