Capítulo 10 ▪ Distração.

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Narrando: Emmett. 

Quando chegamos em casa, nos apressamos para ver a filmagem que furtamos do cemitério. 

As imagens eram longas, e adiantamos em 1.50x para que pudesse andar mais rápido. Assim, assistimos as cenas do dia inteiro daquela parte do cemitério, antes de chegarmos ao portão principal. 

Eram cenas melancólicas, de pessoas andando e saindo de cabeça baixa. 

E foi assim até a cena da madrugada, na qual eu empurro Edward com uma força sob humana. 

Ao não ver cena alguma de crime ou algo que seja estranho, desligamos o aparelho e o quebramos. 

— Acho que seria bom queimarmos, só para ter certeza. — Disse Carls. — Pode queimar pra mim, Edward? Preciso conversar com Emmett durante nosso treinamento.

Ele e Esme eram os mais cuidadosos e sempre pensavam em cada detalhe que poderia nos comprometer futuramente. 

— Emmett, vou conversar com você sobre todas as suas dúvidas vampíricas. Será uma conversa longa.

— Está bem. — Respondi.

— Explique melhor dessa vez pai. — Disse Rose.

Rose soltou minha mão e me deixou ir com Carls para fora da casa.  

Ao sairmos, o sol já iluminava o dia, parcialmente encoberto, não sendo forte e ainda fazia frio, apesar do mínimo de claridade.

Eu olhei de relance para minhas mãos, e fracamente brilhavam feito pedras preciosas. 

— Como isso funciona? — Perguntei, movendo as mãos e as olhando impressionado. 

— Muda conforme a claridade da luz solar, ou seja, mesmo que o sol esteja batendo, resplandece conforme o sol bata mais diretamente ou não. Por isso, andamos normalmente com o clima nublado. Evitamos andar ao sol também quando está encoberto, como hoje, mesmo que o sol não bata diretamente, haverá pequenos brilhos saindo em nós... Evitar não é nunca, a gente corre alguns riscos, mas esses riscos não são tomados em dias realmente ensolarados, porque a gente resplandecerá mais e será visível a qualquer pessoa.

— Bizarro. — Falei nervoso.

— Como está se sentindo quanto a  sua nova vida?

— Eu me senti enjoado. — Retorci o lábio. — Quando suguei todo o sangue animal e ficou aquela pilha de animais mortos em volta de mim. É bom no início e péssimo depois. Não me sinto um humano. Não me sinto um vampiro também, porque acredito que um vampiro deveria se sentir digno. Me sinto como um animal selvagem esfomeado e nojento.

— Entendo. — Ele falou depois de um tempo. 

— E quanto a Rosalie? 

— Hum. — Respondi. — Ela tem sido incrível. 

Ele sorriu. 

— Creio que esteja apaixonado por ela. 

— Não sei se apaixonado seja a palavra.

— Claro. — Chegamos em uma área mais isolada da floresta e lá sentamos em alguns troncos isolados. 

— Vou tentar te explicar melhor o que tentei explicar ontem. Sobre a sua mãe. — Carls retomou. — Os vampiros possuem uma hierarquia, igual os humanos quando escolhem seus líderes. Nossos líderes se chamam Volturis e habitam em Volterra. São três irmãos, se chamam Aro, Caius e Marcus. São os mais velhos de nós. 

Confie em mim, Rosalie ❧ TWILIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora