Capítulo 5 • Vermelho.

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Narrando: Rosalie.

— O q-que você está falando, Emmett? — Indaguei. Poderia facilmente estar petrificada, uma parte de mim claramente pensa dessa forma, pensando qual seria a probabilidade disto ser uma alucinação.

Ele deu um salto da cama e se aproximou de mim, ficando bem próximo, a respiração quente e viva sendo solta pelo ambiente, seu perfume amadeirado se misturando com seu cheiro natural humano, o cheiro dele, próprio, suado.

É.

— Quanto tempo? — Perguntei, ainda assustada.

Emm era um homem inteligente, só reforçando todas as suas qualidades, juntas e unificadas.

Emmett Dale.

O lutador.

Era difícil não pensar nele e não pensar em tudo o que engloba nele.

E estando tão próxima, poderia deslizar meus lábios e ser a irresponsável impulsiva que sou, mas isso era mais delicado. Era mais do que eu. Era a família Cullen e o seu segredo. Pensar nisso era lembrar que devo ter sigilo e medo do que sou capaz.

— Eu.. Eu acho que soube no dia em que te vi. Você é um anjo. — Ele gargalhou.

E acalmei na hora.

— EMMETT! — Gritei.

— O que foi? Não é um anjo? — Ele arqueou as sobrancelhas, ainda rindo.

Era apenas uma brincadeira, e eu levando a sério que ele sabia da minha identidade.

— Você me assustou. — Respondi.

— E por que? Tem algo a mais do que sua natureza angelical a esconder?

Muito. Perto.

Estávamos tão perto.

— Tive muitos pesadelos essa noite. Você estava nele, mas infelizmente não estávamos transando. Você tinha olhos vermelhos, não verdes.— Ele me agarrou pela cintura, seu comportamento safado não conduzia com suas palavras que facilmente são cortantes e perigosas. Ele fala tanto sem pensar que me mata a toda frase. Sua mão começou a acariciar a parte de trás da minha coluna, e estávamos mais do que próximos, estávamos colados.

E rápido, como se tivesse medo de que eu voltasse pra trás, ele me beijou, com a língua sedenta querendo abrir espaço, vindo com rapidez e desespero.

Eu tentei, sem ter sucesso, acompanhar seu ritmo, mas me perdi no sabor e no beijo, me rendendo ao seu frenesi.

Afastei-me.

— E.. M.. M .. E.. T.. T.. — Falei, ainda em transe.

— Sim? —Ele abriu um sorriso de orelha a orelha.

— Eu acho que eu preciso ir. — Falei, pegando minha bolsa e saindo, sem olhar pra trás.

• • • • • •

Enquanto caminhava em direção a minha casa, relembrei da minha conversa com Emmett.

Ele havia me dado um susto. Por um segundo, eu pensei que ele sabia de toda a verdade, e isso foi o suficiente para que eu decidisse sair dessa cidade.

Eu odeio que se despedir de alguém torne o fato de ir embora ainda mais doloroso. Eu apenas deixaria Colmar, não me importa o quanto Emmett se sentirá traído e abandonado por mim. Era o melhor a se fazer.

Mas, se ir embora precisar de dizer "Adeus, Emmett!", olharia em seus olhos e ele nos meus, depois me seguraria pela cintura, abaixaria todas as minhas defesas e então eu me renderia ao seu toque, ao seu beijo e jamais o deixaria.

Confie em mim, Rosalie ❧ TWILIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora