- Emmett -
- Hey... - respondi, ainda um tanto atônito.
O silêncio se instalou entre nós de um jeito bem desconfortável. Ruby se inclinou até o meu ouvido e sussurrou.
- Já posso espancar?
Segurei minha vontade de rir e apenas revirei os olhos. Me virei para ela e sussurrei em seu ouvido.
- Vá para a cozinha, escolha a pizza e faça chocolate quente.
- Mas... - a repreendi com o olhar, a fazendo bufar.
Se virou para a Regina com uma feição nada amigável.
- Não pense que isso acabou – disse e se virou, indo para a cozinha.
Regina me olhou com os olhos um tanto arregalados.
- Uma flor de pessoa – disse simplesmente.
- Experimente morar com ela – respondi, fazendo ambos rirem.
O riso foi parando gradativamente, até ser nulo. Depois disso, apenas um silêncio, um tanto desconfortável, pairou no ar.
- Posso entrar? - ela perguntou e eu cheguei para o lado, dando passagem. - Desculpe... - disse após a porta bater atrás de si.
- Regina... - já ia repreendê-la quando me interrompeu.
- Desculpe te eu não te apoio – completou a frase e suspirou. - Eu vacilei.
- Não – foi minha vez de interromper. - Você estava em seu direito. Isso é algo novo, que pode mudar ambas nossas vidas. Você tinha todo o direito de parar para pensar... eu fui o egoísta aqui.
- Mas eu te deixei sozinho...
- Você estava assustada... - cheguei mais perto. - Eu... - algo me incomodou e quando olhei para trás, vi Ruby olhando da porta da cozinha. - Se importa?
Ela bufou baixinho e revirou os olhos.
- Nem se pode ter diversão nessa casa...
Segurei minha vontade de rir e me voltei para Regina, que também segurava o riso.
- Eu – continuei. - não posso aceitar suas desculpas se você não fez nada de errado para dá-las. Sou eu quem deve se desculpar.
- Nós dois erramos – deu dois passos para frente, ficando bem próxima de mim. - Eu realmente me importo com você Emm... estou tão confusa...
Eliminei o espaço que havia entre nós e segurei seus braços, a fazendo me olhar.
- Aceito suas desculpas se você aceitar as minhas... - ela sorriu amavelmente. - Amigos?
Suspirou.
- Pelo menos por enquanto.
Um pequeno sorriso se formou no canto de meus lábios e a envolvi em meus braços, em um abraço apertado. Foi ali que nós dois percebemos, julgo eu, o quanto nossos corpos sentiam a falta um do outro. A amizade teria que ser suficiente para nós... pelo menos por enquanto.
- Eu já vou indo... - disse quando nos afastamos.
Vendo ela dar as costas e se preparar para sair fez meu coração apertar.
- Espera! - quase gritei, a fazendo se virar. - Por que não fica? Teremos pizza.
Seus lábios formaram aquele seu sorriso angelical que era capaz de iluminar o mundo inteiro.
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Ele não sou eu.
FanfictionA vida tem como base a felicidade. Esse sentimento é prezado e endeusado por quase todos os seres vivos. A felicidade é um estado de plenitude, satisfação, contentamento, bem estar. Mas e quando você não está feliz com si mesmo? E se aqueles breves...