Manhã de Outono.

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  - Emmett -  

O sol começava a aparecer entre as árvores que já não tinham mais folhas. Para uma manhã de Outono, a temperatura estava bem gostosa. Era realmente uma perfeita manhã de Outono. Mas meu corpo parecia não saber disso.

Eu assistia toda a essa cena deitado estrategicamente ocupando todos os cantos da minha cama. O meu corpo estava dolorido e eu me sentia fraco.

Quando o despertador tocou, minha mão foi ao seu encontro, fazendo o meu corpo reclamar ainda mais. Quando levante, parecia que o mundo estava girando mais rápido, me fazendo chegar a conclusão de que eu estava ficando doente.

Apesar de ser uma ótima desculpa para não ir a aula, eu queria tentar - e não gostaria de perder o dia sem ver Regina. E eu ainda não estava doente, estava começando a achar que era mais alergia do que um resfriado.

Quando desci para o café da manhã, todos perceberam a minha cara abatida. Mal toquei no meu cereal, fazendo minha mãe me forçar uma banana goela a baixo. Pelo menos ela estava gostosa. Depois de alguns milhares de remédios recomendados pela Doutora Mary Margareth, eu estava me sentindo bem melhor. Mas mesmo assim ela obrigou Ruby a dirigir, já que ela tinha uma habilitação provisória.

- E então - começou Ruby enquanto dirigia. - , como foi o encontro?

Mesmo não a encarando, eu conseguia sentir seu sorriso malicioso, o que me fez revirar os olhos.

- Foi bom - reduzi a resposta para essas poucas palavras.

- Só isso? - me olhava de canto.

- Só isso que irei te contar.

Meu sorriso vitorioso a fez bufar alto.

- Você não presta Emm - gargalhei.

- A culpa não é minha que, quando eu cheguei, você já estava dormindo.

- Você chegou umas onze e meia da noite, se eu ficasse mais um tempo acordada, mamãe e papai me matariam.

Ri de seu drama.

- Ruby, eu sei que você já fugiu para a casa de August no meio da noite - vi seus olhos arregalarem. - Só não me fale que vocês... sabem...

- Que?! - exclamou. - Não! Não... - respirei aliviado. - Não foi por falta de querer...

- Ruby, não quero detalhes! - foi a vez dela rir.

- E você irmãzinha? - sorri com o que ela havia acabado de me chamar. - Você e a Lily...

Senti meu rosto ruborizar.

- Bem... er... - vi que havíamos estacionado na escola. - Nossa! Puxa! Foi rápido! - peguei minha mochila e tirei o cinto de segurança, saindo do carro em disparada. - Falo com você depois loba!

Não queria discutir com a minha própria irmã sobre a minha vida sexual, mesmo ela sendo nula. Respirei fundo e andei até a porta da frente sem prestar muita atenção no caminho por onde eu passava. Quando trombei com uma menina e derrubei todos os seus livros no chão, eu realmente comecei a pensar se eu estava em um livro de romance clichê. E acho que eu tive as minhas devidas respostas ao perceber que aquela menina era ninguém menos que a mina morena.

- Vingança por ontem a noite? - perguntou com um pequenos sorriso no rosto.

- Estamos quites - me abaixei para a ajudar a pegar os livros. - Meu Deus Regina, pra que tanto livro? - ela ria enquanto pegava alguns outros livros.

Ele não sou eu.Onde histórias criam vida. Descubra agora