Neal Blanchard Nolan Swan.

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-Emma-

Algumas semanas depois as coisas estavam indo muito bem. Os banheiros da escola já estavam sendo adaptados, as coisas estavam realmente calmas. Regina havia ido com Zelena passar alguns dias em Vancouver, que estava lá atendendo a uma pequena convenção médica.

Eu e Ruby fazíamos nossas lições na cozinha enquanto meu pai cozinhava... alguma coisa. Ele havia começado a cozinhar muito mais frequentemente após mamãe entrar em seus 8 meses de gravidez. Ou seja, estávamos sendo torturados há quase um mês. Eu já havia oferecido cozinhar, qualquer coisa era melhor que aquilo, até a minha comida mal temperada. Vovó já havia oferecido, mas ele sempre negava. "Não se preocupem com isso! Deixem com o papai!". Honestamente, naquele momento, eu estava preferindo deixar com o Satã. A comida dele deveria ser melhor.

Mas quem sofria mais com tudo isso era mamãe. Eu e Ruby sempre contrabandeávamos uma comidinha caseira da Granny para ela, isso tudo sem papai saber. Nos sentíamos verdadeiras ninjas.

— Querido. — A voz da Dona Mary Margaret invadiu a cozinha, mas acabamos não nos virando para ela. — Acho que vamos ter que deixar esse... delicioso jantar para mais tarde.

Olhei para minha mãe e arregalei os olhos.

— Eu sei que a minha comida não é tão gostosa quanto a sua, mas-

— Pai. — Ele parou sua fala e me encarou. — Acho que você querer esperar para comer mais tarde...

Olhou para a mamãe e... bem, entrou em pânico. A bolsa dela havia rompido.

Desligou o fogo e começou a gaguejar. No final, conseguiu dizer que ia pegar a bolsa de hospital enquanto ajudávamos mamãe a entrar no carro. Peguei as chaves perto da porta e a abri.

— Nossa, parece até que seu pai nunca passou por isso — disse quando já estávamos na garagem.

— Bem, isso foi há dezoito anos. Faz tempo desde a última vez em que ele fez isso — respondi.

— Mesmo assim. Nem eu estou tão nervosa.

Ruby abriu a porta do carona.

— Está me dizendo que quando Emma nasceu, papai estava... calmo? — Antes de entrar, nossa mãe parou para pensar e respirou fundo.

— É... não.

— Foi o que eu pensei.

*

No hospital, eu e Ruby estávamos sentadas na sala de espera, já que apenas nosso pai poderia ficar com na sala de parto. Já havíamos mandado mensagem para Regina e Zelena dando a grande notícia. Elas até disseram que iriam voltar para casa mais cedo, já que não havia muito mais coisa para se fazer na convenção.

Enquanto esperávamos Granny, percebi que Ruby não tinha uma cara muito boa. Como uma boa irmã, espiei o telefone dela. Estava aberto em uma conversa com Zelena, parecia que haviam brigado. Não quis perguntar, mas ainda queria a animar.

— Sabia que eu te conheci pela primeira vez aqui? — falei, chamando sua atenção.

— Jura? — assenti. — Pensei que tinha sido em casa.

— Nosso pai achou melhor conhecermos você em um local mais neutro e você tinha um exames naquela noite.— Sorri com a lembrança. — Eu estava sentada bem ali. — Apontei para uma cadeira vazia mais a frente. — Mamãe ficou do meu lado tentando me animar. Ela já te conhecia, mas você ficava mais confortável com papai.

Ele não sou eu.Onde histórias criam vida. Descubra agora