Graduação

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Bem, vocês me convenceram. Demorou bastante pra eu voltar, mas eu tô aqui agora e vou continuar voltando. Essa é a última atualização do ano, o que me faz quebrar a promessa de terminar a fic ainda em 2020. Maaaasss, depois desse capítulo, vamos entrar em um momento que eu estou ansiando desde quando eu comecei a fic, então as atualizações devem sim sair bem mais rápido ano que vem.Boa leitura!

*

-Emma-

Semanas se passaram desde que as irmãs Mills haviam acordado. Estavam levando um dia de cada vez, e todos tentavam ajudar a facilitar a recuperação das duas. Infelizmente, Zelena tinha algumas sequelas, fazendo com que a sua reabilitação durasse mais do que a de Regina.

Era um domingo, começo da tarde. Eu estava cuidando de Regina enquanto seu pai estava fora. Entrei dentro do quarto escuro e gelado, a encontrando deitada na cama, com as costas na parede e a perna engessada em cima de um travesseiro, assistindo TV.

— Meu pai e Zelena foram para a fisioterapia? — perguntou sem tirar os olhos da televisão.

— Sim, vão encontrar Ruby lá. — Sentei na cama ao seu lado, a fazendo me encarar. — Isso significa que você tem minha total atenção até eles voltarem.

— Como eu sou sortuda — Me deu um selinho. — Apesar de que eu sei que eu sempre tenho sua total atenção.

— Não posso dizer que está errada — Sorri. — Que tal um filme? Eu faço a pipoca.

— Estou sendo mimada demais. — Suspirou com um sorriso.

Ela encostou a cabeça na parede e eu fiz o mesmo. Fazia um bom tempo que não ficávamos juntos daquele jeito, sozinhas. Nós duas sabíamos que ela precisava de todo apoio familiar possível, mas as vezes eu achava que ela não tinha espaço para sentir tudo que tinha acontecido. Ela não mencionava o acidente, não demonstrava muita coisa desde quando ela havia acordado no hospital. Não tinha a visto chorar novamente, não acho que tenha chorado.

Honestamente, eu não sabia se isso era algo bom ou ruim.

— A pipoca. — Ela disse, me acordando do transe que seus olhos haviam me prendido.

— A pipoca. — repeti, mas não me movi.

— Emma! — Insistiu e eu apenas sorri e me levantei da cama.

Me coloquei de pé e me voltei para ela.

— Ok, lembre-se, enquanto eu não estiver aqui você não pode ser fofa. — Ela franziu o cenho. — Se você for fofa, e eu não estiver aqui para ver, eu vou ficar triste. E eu sei que você não quer isso.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, provavelmente tentando ver se considerava aquilo algo fofo ou estúpido.

— Vai fazer a pipoca, vai. — Estúpido então.

— Eu sabia que não era valorizada... — Ela pegou a muleta que estava ao seu lado e a usou para cutucar minha costela.

— Ai! — Me afastei e segui até a porta. — Tá bom, já 'tô' indo. Nossa, quanta violência.

Consegui sair e fechar a porta do quarto a tempo de evitar um travesseiro voando em minha direção.

Demorou pouco tempo para a pipoca parar de estourar. Peguei um 'copão' de suco na geladeira e segui para o andar de cima. Balanceei o copo e a bacia de pipoca em uma mão e abri a porta do quarto lentamente, tentando não derrubar tudo.

Regina olhava para o nada, sem demonstrar expressão. Sua respiração desregulada, parecia querer chorar. Abri um pouco mais a porta, fazendo barulho e chamando sua atenção.

Ele não sou eu.Onde histórias criam vida. Descubra agora