Capítulo 19▶

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|Alexia Shelb-Cullen|

Desembarquei em Londres por voltas das 9h30min. Eu estava exausta, ansiosa, apreensiva e com medo. A cada passo eu olhava para trás. Eu sabia que não tinha ninguém me seguindo, e mesmo assim eu insistia em me manter atenta. Depois de pegar minhas malas e descer em direção a saída. Descendo a escada-rolante, adivinha só quem eu avisto segurando uma placa enorme com meu nome e sobrenome estampado? 

— Liam? O quê faz aqui? – Pergunto ao me aproximar.

— Ei! Que bom que está de volta. – Ele avança me puxando para um abraço apertado. Retribui meio sem graça.  — Vamos. Sua mãe está em uma reunião e pediu para que eu viesse te buscar.

— Minha mãe? Como ela sabia que eu viria? 

Eu não havia avisado que viria, não conversei com ninguém da cidade. Só se Harry ligou para conta-la, mas eu acredito que ele não faria isso. Então como ela soube? Ah menos se tiver monitorando meus passos de alguma forma diabólica que não se encaixa para mim.

— Ai você terá que falar com ela. – Liam diz me fazendo lembrar que ele ainda estava ali, e que nós dois estamos no meio do aeroporto.  

— Hã! De qualquer forma, muito obrigada por ter vindo.

Por quê razão minha voz estava falhando mesmo? Não sei, eu estava sem graça e na minha opinião nem havia sentido algum. 

— Então vem.

Ele segurou minha mão, entrelaçou nossos dedos e me conduziu para o lado de fora. Sem protestar sigo-o até seu carro. Ele abriu a porta pra mim entrar, e no passo que eu fiz para entrar ele acariciou meus cabelos.

Isso esta ficando cada vez mais estranho. 

— O vôo foi tranquilo? – Puxou assunto parando quando o sinal ficou vermelho.

— Tudo ótimo! Eu passei a maior parte dormindo. — Sorri de lado.

— E como vai a grande e barulhenta Nova York?

— Ah! Você sabe; inquieta – digo prestando exagero. — E como passa as coisas por aqui?

— Não mudou muita coisa, só que você perdeu o café da manhã em que a filha do senhor Demon deu o maior show. – Sua gargalhada ecoa me fazendo rir e ficar curiosa.

—  Nem imagino. Aquela garota é uma marmota.

Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas. — Você está tão diferente. 

—  Eu poderia te dizer o mesmo, mas você não mudou em nada. 

— Está usando algum colírio para os olhos? Eu nunca vi íris tão brilhantes quanto as suas.

Abaixei a cabeça e soltei um risinho. Um brilho diferente, se ele soube o colírio que eu estava usando com certeza não ficaria me tocando o tempo todo. Mas está tudo bem, não vamos falar ou pensar em Nova York e os envolvidos de lá por enquanto. Agora a minha maior preocupação é a senhora Geórgia Schelb e o quê ela ira dizer ao me ver, e a partir daí vamos decidi se darei meu sangue pela nossa pequena família ou se o caso já esta encerrado. 

— Você tem certeza quê está tudo bem? – Interrogou abaixando o volume do sol. Ouvir a Taylor Swifit estava tão bom, por quê ele tinha que interromper esse momento mesmo?

— Não tenho motivos para não estar. – Respondi dando meu maior e melhor sorriso afim de calar suas curiosidades de uma só vez.

— Agora estou vendo um pouco mais da Alex que conheci fugindo de um café. – Ele também sorri e de novo toca minha perna. Me afasto e faço careta.

Antes Que Não Haja Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora