|Alexia Shelb-Cullen|
Desembarquei em Londres por voltas das 9h30min. Eu estava exausta, ansiosa, apreensiva e com medo. A cada passo eu olhava para trás. Eu sabia que não tinha ninguém me seguindo, e mesmo assim eu insistia em me manter atenta. Depois de pegar minhas malas e descer em direção a saída. Descendo a escada-rolante, adivinha só quem eu avisto segurando uma placa enorme com meu nome e sobrenome estampado?
— Liam? O quê faz aqui? – Pergunto ao me aproximar.
— Ei! Que bom que está de volta. – Ele avança me puxando para um abraço apertado. Retribui meio sem graça. — Vamos. Sua mãe está em uma reunião e pediu para que eu viesse te buscar.
— Minha mãe? Como ela sabia que eu viria?
Eu não havia avisado que viria, não conversei com ninguém da cidade. Só se Harry ligou para conta-la, mas eu acredito que ele não faria isso. Então como ela soube? Ah menos se tiver monitorando meus passos de alguma forma diabólica que não se encaixa para mim.
— Ai você terá que falar com ela. – Liam diz me fazendo lembrar que ele ainda estava ali, e que nós dois estamos no meio do aeroporto.
— Hã! De qualquer forma, muito obrigada por ter vindo.
Por quê razão minha voz estava falhando mesmo? Não sei, eu estava sem graça e na minha opinião nem havia sentido algum.
— Então vem.
Ele segurou minha mão, entrelaçou nossos dedos e me conduziu para o lado de fora. Sem protestar sigo-o até seu carro. Ele abriu a porta pra mim entrar, e no passo que eu fiz para entrar ele acariciou meus cabelos.
Isso esta ficando cada vez mais estranho.
— O vôo foi tranquilo? – Puxou assunto parando quando o sinal ficou vermelho.
— Tudo ótimo! Eu passei a maior parte dormindo. — Sorri de lado.
— E como vai a grande e barulhenta Nova York?
— Ah! Você sabe; inquieta – digo prestando exagero. — E como passa as coisas por aqui?
— Não mudou muita coisa, só que você perdeu o café da manhã em que a filha do senhor Demon deu o maior show. – Sua gargalhada ecoa me fazendo rir e ficar curiosa.
— Nem imagino. Aquela garota é uma marmota.
Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas. — Você está tão diferente.
— Eu poderia te dizer o mesmo, mas você não mudou em nada.
— Está usando algum colírio para os olhos? Eu nunca vi íris tão brilhantes quanto as suas.
Abaixei a cabeça e soltei um risinho. Um brilho diferente, se ele soube o colírio que eu estava usando com certeza não ficaria me tocando o tempo todo. Mas está tudo bem, não vamos falar ou pensar em Nova York e os envolvidos de lá por enquanto. Agora a minha maior preocupação é a senhora Geórgia Schelb e o quê ela ira dizer ao me ver, e a partir daí vamos decidi se darei meu sangue pela nossa pequena família ou se o caso já esta encerrado.
— Você tem certeza quê está tudo bem? – Interrogou abaixando o volume do sol. Ouvir a Taylor Swifit estava tão bom, por quê ele tinha que interromper esse momento mesmo?
— Não tenho motivos para não estar. – Respondi dando meu maior e melhor sorriso afim de calar suas curiosidades de uma só vez.
— Agora estou vendo um pouco mais da Alex que conheci fugindo de um café. – Ele também sorri e de novo toca minha perna. Me afasto e faço careta.
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Antes Que Não Haja Amor
RomanceAlexia Shelb-Cullen só tinha um único objetivo: subir em sua moto e correr a 200 quilômetros por hora. Prestes há completar dezoito anos, sem planos para o futuro, desesperada pra encontrar sua independência e desaparecer de Londres. E Sebastian Vet...