Capítulo 6▶

49 11 2
                                    

| Sebastian Vettel |


Se já não bastasse trabalhar no sábado, ainda teria que velhote. Na real? Meu pai só me joga bomba. Mas tudo bem foram três reuniões e eu sobrevivi, só não vou sobreviver se a Liza continuar recusando minhas chamadas. Acabei digitando um "Cara, se eu não chegar até às 19h40min podem ir tá? Vou ter que ir atrás de Liza, de novo. Até mais brother" e enviando pra Trevor, ele ia pirar, mas ficaria bem depois.

— Sebastian? 

— Está falando com ele – apareci após tomar um bom banho e me arrumar. A mulher da minha vida me analisou dos pés a cabeça.

— Você não vai naquele Club né? – pergunta receosa, ela sempre agia assim nos sábados à noite.

— Eu vou ficar bem mãe, eu até vou passar na casa da Liz antes – sorri, eu abracei seu corpo junto do meu e beijei sua testa.

— Sebastian você sabe que…

Mais que depressa seguro seu pequeno rosto entre minhas mãos, os olhos verdes focam os meus e eu consigo sentir o quanto ela se preocupa comigo. 

— Relaxa, eu vou voltar inteirinho pra você – ela sorri e beija meu rosto. 

— Eu te amo.

— Também amo você – canto antes de sair de casa.

Enquanto faço o caminho até a mansão dos Johansson vou pensando em como ficar de boa com a Liza antes de ir pro Club em. Eu sabia que estava vacilando em não estar com o Brown, mas eu resolveria isso depois, era só comprar um vinho caro e mandar pra ele. Mas já pensou se eu perco a noite de hoje, eu só sairia no prejuízo. Lá no Club que frequento vai rolar a maior competição do ano, um cara famoso largou sua vida de fama pra correr nas pistas, e eu vou perder? Logicamente que não.

 — Senhor Vettel? – a empregada da família Johansson diz ao atender a porta. — Ah, que surpresa agradável.

— É bom te ver também, Dora – digo sendo gentil e puxando-a para meus abraços. — A Liz está?

— Lá em cima, e pediu pra não ser incomodada. Mas veja só, ela vai adorar saber que está aqui – diz numa empolgação sem fim.

Dou um meio sorriso como resposta e subo os lances de escadas rumo ao quarto dela. Vai ser uma maravilha se ela não me fizer rolar esses degraus em fração de segundos. 

— Porta fechada é sinônima de: não entre. Você esqueceu sua educação em casa? – ela está enfrente a penteadeira, os cabelos estão presos com presilhas e ela trabalha na maquiagem, está bonita.

— Tá brava por quê? O cachorro te mordeu? Porque se for eu vou bater nele. Cadê o cachorro? – pergunto olhando atrás das coisas dela.

— O cachorro deve ser você – diz saindo da frente do espelho e me encarando, suas sobrancelhas juntas era sinal de que eu nem deveria ter vindo aqui. — O quê você está fazendo aqui? Pensei que tinha um compromisso.

— Vim saber o porquê de você ter recusado todas as minhas chamadas. E, aliás, eu ainda não entendi porque você está querendo tanto estar comigo hoje. Eu sei que não é por que o Brown vai investir em você.

— Eu só pensei que poderia ser diferente, tá? A gente vai fazer o mesmo programa tudo sábado? E quando nós casarmos? Você vai sair com seus amigos todo sábado pra beber, babar em mulheres seminuas e depois ficar de cara amarrada o domingo todo? – sua voz ecoou pelo seu amplo quarto, seu rosto estava um pouco mais vermelho que o blush, as mãos balançava enquanto falava e os olhos vibrados em mim esperam por resposta.

Antes Que Não Haja Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora