Capítulo 22▶

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Dedicado a MaressaDanielly, feliz aniversário 🎂❤

Alexia Shelb-Cullen

Há oito meses se alguém me dissesse que eu viria pros Estados Unidos, moraria em Nova York, teria um lance com um – quase – engenheiro e depois iria a Seattle conhecer a avó dele. Provavelmente eu iria rir da pessoa e chamá-la de otária, ai quando fosse mais tarde e tudo acontecesse comigo eu iria me achar uma idiota e depois agradeceria ao amado destino por ter sido tão imprevisível.

— Bem vinda ao bairro Magnólia! – ele cantou abrindo a porta e estendendo a mão para me ajudar a sair.

— Nossa! – digo pasma diante da casa de dois andares bonita e iluminada. —  Essa casa parece ter saído de um filme.

—  Se dizer isso a minha avó ela vai ficar se achando – ele diz rindo. – Sério, a vida dela é essa casa e o cachorro Klein. 

Sebastian fez questão de carregar a minha bolsa mesmo eu dizendo que eu podia fazer isso, e depois com uma desculpa de me ajudar a caminhar sobre a neve, ele segurou minha mão e me conduziu até a entrada da casa. Aos poucos estamos virando um casal grudento, o que é bem engraçado porque cada vez que eu me aproximo dele eu sinto  as possibilidades em minhas mãos. Penso que a qualquer momento tudo pode acabar, ou que tudo pode melhorar. Não sei bem como definir, mas estar com Sebastian é como estar numa montanha russa que só vai para cima e por num deslize você despenca.

—  Chegaram! – diz uma senhora de cabelos grisalhos, usando um moletom de lã com desenhos de rena. Ela vem apressada em nossa direção e me pega de surpresa. – Oi querida! Você não faz ideia do quanto eu estava ansiosa para conhecê-la.

—  É um prazer conhecer a senhora. – respondo retribuindo o abraço caloroso.

— Oi vovó, tudo bem com a senhora? – Sebastian se manifesta como um garotinho ciumento.

—  Pare com isso garoto, eu  estive com você não faz duas semanas. – a senhora dá um tapinha no braço dele e depois sorri nos arrastando para dentro de sua casa. – Chegaram na hora exata.

—  Hora de tirar o peru do forno? 

—  Isso mesmo.

Ajudo-a montar a mesa e depois de pronto nos sentamos à beira da mesa de madeira larga. Nas travessas de vidro sobre a mesa tinha purê de batata, arroz branco, o peru com molho e vinho. O sabor da comida estava divino e com essa justificativa eu comi duas vezes. Depois do almoço a senhora Judy saiu e nos deixou a vontade em sua linda casa. 

—  Acho que nós poderíamos sair e conhecer a cidade – proponho quando Sebastian se aninha nos meus braços.

—  Lá fora esta um gelo, não acho que você queira sentir frio.

— Eu não quero sentir frio, ou é você quem não quer? 

—  Ambos. Olhe só pra mim, estou tão quentinho aqui. Até acho que poderíamos subir para o meu quarto – ele olha nos meus olhos como quem tem segundas intenções.

É difícil resistir a essa lábia fácil e sedutora de Vettel, pelo menos eu não resisto.

Jogo minhas pernas pra fora do sofá, me levanto e puxo-o para junto de mim iniciando um beijo. Ele é quente e sabe bem como me esquentar, embora eu não precise de muito dos seus esforços. Subimos as escadas entre beijos e mãos para todo lado, no corredor ele me arrasta piso a fora e me empurra pra dentro do quarto. Aquela era a hora, não a primeira, mas era mais quente, mais esperada e apaixonada. Ambos pegando fogo, com os corpos prestes a entrar em combustão e o meu telefone começa a tocar.

Antes Que Não Haja Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora