Capítulo 5▶

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| Sebastian Vettel |


Sábado, o dia mais esperado por mim, dia que eu levanto depois das oito, tomo um banho de piscina e depois faço meu desjejum. Dia que junto com os amigos, saio pra curtir e consumir álcool até cair desacordado. Eu sei, é bem inconsequente e imaturo prós meus vinte e três anos, mas já parou pra pensar que às vezes a gente tem que conservar o sangue jovem? Não sei como funciona pra você, mas eu fico de segunda a sexta-feira fazendo conta matemática, analisando terra e desenhando projetos; é isso que um engenheiro faz. Então meu amigo, sábado é dia de relaxar e ser imaturo, no domingo você começa a treinar a postura com almoço em família, e na segunda volta a rotina. E assim quê funciona pelo menos eu queria que fosse assim.

— Bom dia meu amor! – ah não, já começou errado. O quê a Liza está fazendo aqui a essa hora do dia? Com essa empolgação? — Não precisa fingir, eu sei que você está acordado.

Contínuo quieto pra vê se ela desiste, mas não dá. Liza me conhece tanto quanto eu, e ela sabemos que minha respiração fica pesada quando estou fingindo. Droga! Abro os olhos e ela está me encarando com seus belos olhos azul cor de céu no verão.

— O quê tem pra hoje? – perguntei após pigarrear, só pode ser isso porque ela dificilmente aparece aqui no sábado. Ela mesma disse que sábado é dia sagrado pra sair com as amigas, coloca a fofoca em dia e fazer compras.

— Sério Sebastian? – ela diz zangada.

— O quê? Eu ainda estou lembrando-se do dia que você me expulsou da sua casa. Também era sábado, não lembra? – sento na cama ficando mais próximo dela, e caramba, ela estava tão cheirosa. 

Liza revira os olhos, e eu a puxei pra cima de mim beijando seus lábios com gostinho de morando. Ela acaricia meus cabelos e solta um gemido quando aperto seu corpo contra o meu, ela estava com um macacão azul que deixa seus braços e pernas de fora, ela estava linda como sempre. 

— Eu estava com saudades de você – confessei acariciando seu rosto, ela sorri e aperta meu nariz. — Com saudades do perfume.

— Eu também estava, mas eu acho que você poderia ir tomar banho né? – faço uma cara de indignado, ela ainda faz careta e eu a ataco com cócegas. — Isso é golpe baixo – ela diz entre gargalhadas.

— É o que acontece quando me acorda e ainda me provoca dessa forma.

Ela sofreu em minhas mãos até conseguir se esquivar e correr me deixa sozinho. Faço minha higiene matinal, visto uma roupa confortável e saio do quarto ouvindo que Liza está na mesa conversando com meus pais, e adivinha só do que eles estão falando? Casamento. Querem me expulsar de casa de qualquer jeito, e sabe sair daqui pra mim não é o problema. Só que tem uma coisa; se eu sair sem estar casado, eu não terei parte na empresa do meu pai, e sinceramente aquela empresa é tudo pra mim. Eu amo trabalhar lá, mesmo que às vezes eu não seja tão dedicado.

— Benção mãe, pai? – peço me aproximando para beijar a testa da minha mãe. Eles sorriem em resposta. Minha mãe me serve café e nego em resposta, ela sempre quer me dar às coisas na mão. Mães e seus supercuidados.

— Sebastian precisamos acertar algumas coisas com o senhor Goordon, você faz isso pra mim? –pergunta voltando sua atenção pra mim.

— Hoje é sábado – ó lembrei.

— É o Goordon – enfatizou o nome e me pressionou com o olhar, bufei em concordância.

Por um instante ninguém diz nada, tomamos café em silêncio, mas aí a Liza segura minha mão por cima da mesa, minha mãe sorri e diz;

— Querida eu encontrei o estilista perfeito pra fazer o seu vestido.

— Sério? A gente precisa ir lá então – Liza sorri grande. — Isso é tão bom, né amor?

— Claro! – respondi sem emoção.

— Não ligo pra ele, eu sei que ele está animado, só ficou zangado porque vai ter que trabalhar hoje – mamãe respondeu por mim. 

Meu pai sai da mesa, depois mamãe puxa Liza pra sala e eu fico ali com minha xícara de café olhando através da janela. Como eu queria estar saindo da piscina agora, despreocupado com a vida e se em ter que ir lidar com uma velhota mala sem alça. 

Volto pro meu quarto e visto uma roupa mais formal, escovo os dentes, passo perfume e desço novamente. Chego à varanda a tempo de ver Liza no telefone, ela desliga rápido a me ver se aproximar.

— Com quem estava falando? – pergunto beijando seu pescoço. — Tá devendo gata?

— Do quê você está falando? – pergunta rápido se fazendo de sonsa e esquivando de mim.

— Tá bom! – entendi, não quer falar então tanto faz.

— Nós vamos no jantar dos Brown, né? – ela se aproxima um pouco mais. Uai, pensei que queria distância! Pensei analisando sua postura.

— Sinto muito, mas não vai dá – sorri de lado.

— Ah não amor. Onde é que você vai? Nós precisamos ir jantar com eles, o senhor Brown estará patrocinado minha marca na próxima estação. Você sabe como isso é importante pra nós?

— Eu sei amor, só não vai dá pra eu estar lá de verdade. Você pode ir, tá tudo bem. Leva a Natasha contigo.

— Sebastian, você não respondeu aonde vai – diz dando batendo o salto no piso de madeira da varanda da casa dos meus pais.

— Qual é Liza, vai ficar nessa agora? Você estava de segredinho no telefone, agora quer saber aonde vou? Olha só, vai lá fazer compras e fofoca com suas amigas, tá? A gente se fala depois.

Perco a paciência, a deixo plantada na varanda, entro no meu carro e dou partida. Dou a volta na fonte e olho pra onde a deixei, e lá está ela falando no telefone. Merda! Essa mulher me tira o sério, e eu gosto dela pra caralho, mas não dá pra ficar suportando chilique e ataques de ciúmes né?! Em minha opinião já passou da hora dela largar esse jeito infantil e mimado de lado, e eu já a disse isso, e adivinha o quê eu ganhei? Uma rajada de palavrão. 

"Uma relação saudável é composta por duas pessoas saudáveis que estão dispostas a investir no relacionamento". Era isso que queria colocar na cabeça dela e dos meus pais, mas não entra. Por mim eu já teria terminado com Liza quando entrou pra faculdade, porém meu pai é chantagista e ficava falando o tempo todo como aquela relação era importante. Sem contar que Liza diz ser apaixonada por mim desde o fundamental, e eu não duvido, e confesso que às vezes eu fico com ela porque não quero magoá-la. Mas poxa, ela tinha que ser tão chata às vezes? Será que ela não percebe que entre nós não rola química? Quer dizer, q única química que rola é quando eu digo "vou sair com meus amigos", aí ela pega meus cigarros e joga na minha cara; uma boa química, eu diria. Mas na moral, porra de Liza.


Apresento à vocês a confusão em pessoa; Sebastian Vettel. Mais conhecido como o crédito, ou também pode ser o cara. Eu não sei, vocês decidem.

Antes Que Não Haja Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora