Common Ground 💫

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A semana passou a correr e de repente estamos em Dezembro. A magia do natal começa a entrar por dentro das casas e a felicidade reina. A Pipa não estava comigo. Esta era a semana de ela estar com os avós. Contudo, eu e o André temos estado próximos como sempre. Desde Agosto, quando nos conhecemos.

Hoje íamos jantar juntos. Não sabia como me havia de preparar. Mesmo sem saber, decido vestir um vestido bordo justo e simples. Um salto não muito alto preto e uma maquilhagem simples. Recebo a sua mensagem a dizer que está a chegar.

Confirmo que todas as luzes e todos os electrodomésticos estão apagados. Recebo a sms dele e saio de casa. Ao chegar vejo-o fora do carro com um enorme sorriso à minha espera do lado de fora.

ANDRÉ: Linda! É a única coisa que consigo dizer agora! – diz olhando-me de alto a baixo.

EU: Que exagerado. Lindo estás tu com essas calças cremes e essa camisa azul! – digo ajeitando-lhe a gola da camisa.

Ele beija os meus lábios suavemente e abre a porta do lado do pendura para eu entrar. Seguimos viagem para um restaurante um pouco glamoroso. Via-se que era coisa que ambos não estávamos de todo habituados.

ANDRÉ: Sei que és muito simples com estas coisas e confesso que eu também sou mas eu sinto que tu mereces este momento só para ti. Este momento para relaxares. Não estares sempre preocupada com os que mais amas! – sorrio.

EU: Anjo, nem mesmo que estivéssemos a comer umas sandes no carro ficava feliz só por estar a teu lado. Admiro imenso a tua vontade de me ajudar amor mas eu estou sempre preocupada com os que mais amo. Mesmo estando aqui contigo eu estou preocupada contigo!

Ele sorri e beija a minha bochecha. Entrelaçamos os dedos e entramos no restaurante. Ele faz as mordomias. Escolhemos o nosso prato e enquanto esperávamos íamos conversando.

ANDRÉ: E como está o cão que tinha sido brutalmente agredido?

EU: Está melhor. Nem imaginas. Já corre, já brinca, já come como deve ser. Só lhe falta mesmo uma família mas como é raça rafeiro ninguém o deve querer.

ANDRÉ: Hum, acredito que ele vá ter uma em breve!

EU: Espero bem que sim. E como foi o teu dia?

ANDRÉ: Foi bom. Recebi bastantes elogios do treinador hoje nos treinos! – o seu sorriso brilhava.

EU: Mas isso não me admira. Tu és o melhor no que fazes! – meto a minha mão por cima da sua.

ANDRÉ: E tu és o melhor de mim!

Entretanto a comida chega e o jantar é passado com conversas aleatórias. Porém, sentia o André um pouco mais nervoso ao fim do jantar.

ANDRÉ: Nós praticamente vivemos juntos. Só acho que dormimos juntos durante estes meses 2 vezes! – diz meio nervoso.

EU: Sim também acho que sim. Mas por acaso temos mesmo vivido juntos estes meses ahaha! – rio ao recordar.

Acabámos o jantar e entrámos no carro. O André entretanto desapertou um bocado a camisa e sim, sentia-o muito estranho.

ANDRÉ: Ana, eu preciso de te dizer uma coisa! – diz antes de ligar o carro.

EU: Sou toda ouvidos! – presto a minha atenção toda nele.

ANDRÉ: Faz 5 meses que nos conhecemos. A nossa amizade tem vindo a evoluir dia após dia. Eu amo-te Ana. Não consigo deixar passar mais dias, mais meses e muito menos anos. Ana, aceitas namorar comigo publicamente e oficialmente? – diz já ofegante.

EU: Eu sabia que estavas nervosinho. – sorrio. – O que tu sentes é o mesmo que eu sinto meu amor. Aceito com toda a minha certeza!

Ele beija-me com toda a força. Um beijo apaixonado. Um beijo de verdadeiros namorados.