Capítulo 2: A Reunião da Elite

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Atos bateu à porta do quarto de Érica. O que era incomum porque ele não costumava bater em portas, seu quarto era ligado ao de Corianne e ele só precisava... bem... só precisava invadir, não havia formalidade entre o gêmeos Cullen. 

Estava ali parado encarando a porta a sua frente, quase se arrependendo de ter batido, mas ele precisava passar por isso. Teria de se desarmar de todo o seu arsenal anti-Érica, o qual ela mesma fazia todos se munirem contra ela.

A porta abriu.

 — O que deseja, futuro, grande e majestoso rei de Lestland?

 — Eu sei que eu já tenho uma pinta de rei mas não é necessário tudo isso.

Érica revirou os olhos.

— Você nunca bate aqui, na verdade eu mal te vejo entre as refeições, e olha que seu quarto e o da cachinhos brilhantes é no corredor ao lado.

Por um momento houve culpa no olhar de Atos.

— Érica eu não sou o melhor irmão do mundo, não para você. Eu não vou bancar o mocinho dizendo que a culpa é apenas sua por ser a que insiste em separar essa família em duas partes. Eu venho dando e sempre darei meu melhor a Corianne, e a Emmica.   ele parou. Respirou fundo. E Prosseguiu.  — Amo esse reino. Amo essa família, porque eu fui ensinado a cuidar dos Cullen e você é uma Cullen, também quero dar o meu melhor à você.

Érica o encarou atônita.

Atos se virou para partir dali.

 Atos? 

— Érica?  — disse virando-se novamente.

— Não finja comigo. Sei o quanto ama Corianne e que vai perde-la logo após seu casamento, mas vai ganhar uma esposa não é mesmo? Susana. Muito bonita por sinal. E sei que ama Emmica, sei de verdade. Mas eu nunca os dei nada para me amarem, e nem desejo dar. Você e Corianne tomam tanto espaço da minha vida que não consigo respirar o mesmo ar que vocês. Então continue fingindo que não existo, em quanto eu continuo os odiando. 

Frustração no olhar de Atos? Bem... se foi passou, porque ele riu, sim riu.

— Bem, quem sabe é você. Se ter vivido os últimos dezessete anos amargurada não te fez mudar de idéia, pode continuar assim. — saiu porta a fora e parou na porta ao lado.

Érica bateu a porta. 

E lá estava Emmica. A Cullen caçula, quinze anos, baixinha cabelos castanhos como o do Rei Círus, olhos castanhos brilhantes e uma beleza pura.

— Macaquinha!!!

— Ora Atos, não me chame assim. Estamos cheios de convidados. E príncipes gatinhos, eles não podem ouvir você me chamando assim. 

— Ora?  Então um príncipe novo nasceu em algum reino de Wind Rose? Você nem saiu das fraudas sua macaquinha. 

Ela fez bico.

— Só caso a senhorita daqui há dez anos, quando eu for rei.

— Não seja por isso irmão, dentro de um mês você já vai estar governando mesmo, então no jantar de hoje eu escolho meu pretendente e você marca o casamento.

Foi a primeira vez que Atos pareceu tentar descobrir se estavam brincando com ele.

 — Estou brincando seu meliante. Nossa amei essa sua cara. — ela riu alto.

As Alianças ReaisOnde histórias criam vida. Descubra agora