Ligo para Taylor, que me informa estar em frente a casa de Kate, o oriento a me esperar lá. Assim que chego, lhe entrego a receita e mais o endereço de Ana, o orientando a comprar o remédio e levar até ela. Ele se despede e entro na casa, Laila me olha de sua poltrona, sinto que ela também não está contente comigo, isso vai ser difícil.
— Boa tarde.- falo tentando aparentar indiferença pelo olhar dela.
— Se você acha que deixar minha filha plantada em meio a um salão, a deixando resolver a vida de vocês dois, sozinha é uma boa tarde, o que se pode fazer?- sua voz é como gelo, quase reconheço Kate ali, quando está com ciúmes.
— Tive um contratempo, atropelei alguém e precisava prestar-lhe socorro.
— Você tem advogados para isso.- olho pasmo para ela, balanço a cabeça, não preciso ficar aqui, me estressando com ela, me viro, pensando em procurar Kate, mas ela entra na sala, seu olhar é igual da mãe, Deus me ajude com essas duas.
— Oi Kate, quero falar com você.
— Mas eu não quero.- cruza os braços no peito, e me olha desafiadora. Suspiro pesado, olhando para os lados, não quero uma cena, apesar de que sei que é isso que ela quer. Caminho até ela, a encarando, seguro seu braço, ela puxa e continua me olhar frio.- vá embora, se você não quis participar da elaboração da decoração do nosso casamento, talvez não queira participar dele também.- estreito meus olhos, ela quer uma briga feia a véspera do nosso casamento, não acredito nisso. Dou um passo para trás, a deixando entender o que vou fazer. Viro-me e saio, se é briga ela quer, ela vai ter. Entro no carro e vou para minha casa.
Vou para meu escritório, estou puto da vida, mas preciso trabalhar e é o que faço, pegando um copo de uísque e o bebendo aos poucos.
— Senhor?- Taylor me chama da porta, levanto meu olhar para ele.- já fiz o que pediu, Srta Steele pediu para agradecer e Srta Kurt lhe mandou isso.- me passa uma caixinha, parece ser hermética. Agradeço a pegando e ele sai.
Abro a caixinha, curioso e vejo que contem biscoitos, de vários sabores, há um cartãozinho preso em sua tampa, pego e o leio:
"Christian, acho que podemos chama-lo assim, quero lhe agradecer por tudo o que fez por Ana nessa tarde, os biscoitos eu fiz e escrevi o cartão, já que minha amiga está impossibilitada no momento, mas a ideia foi dela, uma forma de te agradecer por tanta generosidade e cuidado, você deve ser muito especial por isso. Nós te agradecemos mais uma vez, obrigada."
Leio o cartão umas duas vezes, pensando em como gentil ela é, parece ser bem atenciosa. Penso em pegar um biscoito para experimentar, escuto a voz de Kate me chamando, coloco a caixinha rápido dentro da gaveta, e me levanto, ela já está entrando em meu escritório, chorando, se joga em meus braços, a seguro e a aperto em meu peito.
— Desculpa, te amo tanto, não suporto a ideia de te perder.- fala me apertando também.
— Eu também não quero te perder, detesto brigar com você.- beijo seus cabelos.
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50 Tons- Sempre Fui Sua
Fanfiction"O tempo não apaga as marcas,alguma coisa dentro de nós as faz parar de doer, aos poucos nos acostumamos com a dor, em noites frias rostos estranhos perturbam e violentam nosso sono, sei que marcas são só marcas, mas as vezes a ferida se abre e não...