"O tempo não apaga as marcas,alguma coisa dentro de nós as faz parar de doer, aos poucos nos acostumamos com a dor, em noites frias rostos estranhos perturbam e violentam nosso sono, sei que marcas são só marcas, mas as vezes a ferida se abre e não...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Bom dia. Então acabou os olhares cruzados, o mau humor, os suspiros pelos cantos da casa, as respostas atravessadas?- Dona Grace pergunta assim que eu e Ana nos sentamos para tomar café da manhã, depois de responder ao nosso Bom dia. Estou falando que Mia virou uma fofoqueira. Olho fixo para ela, pedindo silêncio, pois percebi que Ana ficou sem graça com isso.
— Mia?- pergunto para mudar de assunto.
— Foi para empresa logo cedo, estava eufórica para assinar aquele contrato com o pessoal de Dubai.
— Ainda bem que conseguimos essa parceria.
— Ela falou que já encomendou sua roupa para a confraternização da empresa.- droga, havia me esquecido disso. Conversei com Ana e iriamos para Nova Iorque dois dias antes do Natal, assim daria tempo de Taylor e Maison ajeitar as coisas para a gente e passearmos um pouco. E a festa vai ser bem no dia que marquei a viagem, não quero decepcionar minha Linda.
— Bom, eu e Ana vamos para Nova Iorque, à noite, depois da festa, vamos voltar só depois do Ano Novo.
Minha mãe nos olha surpresa, vejo mais uma vez Ana corar diante disso, caramba, vou ter trabalho.
— Você vai amar Nova Iorque, Ana, Time Square é linda nessa época, fora que a Broadwai apresenta espetáculos ótimos, vocês vão se divertir muito.
— Eu sei, Christian me mostrou várias coisas na Net ontem, a respeito.- ela fala enquanto toma seu chá, observo seus movimentos tão suaves, penso em como a beleza dela passou desapercebida por mim todos esses dias. Ela olha para mim , não consigo disfarçar meu olhar de carinho a ela, que me corresponde sorrindo.- não vai te atrapalhar, participar da festa e depois ter que ir viajar, podemos marcar para outro dia.
— Não de jeito nenhum, no máximo às onze da noite, essa festa acaba, pegamos o jatinho e chegamos de madrugada em Nova Iorque, oriento Taylor a nos esperar no Aeroporto.- tomo o meu café e olho para minha mãe, sei que estou prestes a entrar em uma batalha, mas preciso da ajuda de Dona Grace para isso.- Você está de folga hoje, mãe?- ela faz que sim.- então vou incumbi-la de ir as compras com Ana.- minha mãe sorri, mas Ana fecha a cara, já me preparo para a batalha.
—Por favor, Christian, não, você já me ajuda tanto...- Começa, mas Grace segura a mão dela, a obrigando a olhar para ela.
— Querida, por favor, aceite, meu filho tem um ego do tamanho do mundo, sempre foi assim, provedor, gosta de cuidar das pessoas que são importantes para ele, isso é uma forma dele demonstrar carinho e amor por elas.
Ana olha para mim, vejo confusão em seu olhar, seguro sua outra mão e a levo até meus lábios, a beijando e dando uma piscada para ela.
— Isso mesmo.- digo.- e compre algo lindo para usar na festa da minha empresa, quero apresentar a minha namorada ao mundo.
— Eu pensei que não iria.- ela fala,- talvez seja melhor não.
— Para Ana.- Dona Grace a repreende, ele sabe o que faz, se ele quer te levar, você vai e pronto.
