77_Uma falha no equilíbrio

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Música: Johnnie Guilbert - Mess Up

Rachel On~


— Oque é isso? — Sussurro.

            Estávamos de frente para um enorme brilho, algo como um túnel, um buraco no meio do nada.

— É um portal? — Oliver pergunta para Renato sem o encarar.

— Talvez! — Renato diz seco. — Não estou vendo o outro lado. Não é um portal.

— O que tá acontecendo aqui? — Digo cruzando os braços e encarando Renato e Oliver na minha frente.

       Eles são iguais com tantas diferenças ao mesmo tempo. Como pude confundi-los?  Ou realmente sabia o que estava acontecendo?

      Renato quando ri e mostra covinhas fofas, Oliver quando ri, aparecem dois buraquinhos de cada lado de seus lábios, mas é totalmente sem sentido.

          Oliver não me olhava como Renato me olha. Não até alguns dias.
          Oliver não me beija como Renato me beija.
          Não me toca como Renato me toca.
          Não me faz sentir o que Renato me faz.
         Oliver é totalmente diferente do meu Halfh Dark.


— Rachel? — Renato me tira dos meus pensamentos.

       Eu os encarava profundamente tentando entender o que estava acontecendo alí.

— Quero saber oque houve, Oli está estranho, você está..

Oli? — Renato repete o que falei se aproximando. — Você o chamou pelo apelido? — Ele termina incrédulo.

— Eu a conheço bem. — Oliver sussurra e Renato se vira para ele abruptamente. Seguro seu braço e encaro seu irmão o repreendendo.

     Franzi minha testa e fiquei olhando o rosto de Renato ficar vermelho. Me segurei para não rir.

— Me responde! — Quase gritou — Não tem que ter intimidade com uma pessoa que mal conhece. Não acha? — Ele sussurra do meu lado.

— Temos bastante intimidade...

— Oliver! — Quase gritei e Renato aperta as mãos controlando a raiva.

     Olive se virou e se distanciou para conversar com Dylan, rindo.

    Pude sentir a respiração ofegante de Renato.

      Não aguentei, entrei em gargalhadas altas.

— Do que está rindo? — Ele fala alto.

— De você.. — Puxo e solto o ar devagar tentando me controlar.

— De mim? Ta brincando né? — Ele franzi a testa e fica mais vermelho ainda.

— Tô rindo do seu ciúme bobo! — Jogo isso em cima dele.

— Não é só ciúmes, você que tá.. — Ele começa, mas entro em gargalhadas outra vez.

      Eu observei ele um pouco, quando ia rir outra vez sentí uma dor no quadril e fechei o rosto colocando as mãos na minha barriga grande.

— Rachel? — Renato sussurra assustado me segurando em seus braços. — Oque foi?

         Aquela dor.
         Aquela sensação de estar morrendo.

— Nossos filhos, e-estão me sugando.. — Sussurro já quase sem forças.

— Tá tudo bem, precisa de sangue! — Ele diz.

A ÂncoraOnde histórias criam vida. Descubra agora