30_O Aniquilador

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        O mal cheiro estava voltando outra vez.

       Aqueles corredores eram maiores do que imaginei.

       Estava cansando, isso me preocupava. Não canso, nunca canso, acho que eu estava enfraquecendo mesmo.

"Onde estou?"

Estava andando em círculos.

"Eu já passei aqui!"

        Minha cabeça girava. Precisava de sangue, não tinha dores sobre o meu estômago vazio, mas o meu bebê estava se alimentando de mim. Fazia com que eu me enfraquecesse mais.

        não tem dois meses que estou grávida, como ele pode ser tão forte? Ou ele está crescendo mais do que o normal, se evoluindo em segundos e minutos, ou tinha algo errado comigo e com ele.

       Sentia as atrofias do meu corpo se desmontando, os meus batimentos cardíacos estavam cada vez mais lentos. Mau o ouvia pulsar. Apenas do bebê, batia fraquinho, mas rápido demais para um bebê normal.

        Parecia um monstro carnívoro selvagem dentro do meu ventre. Sentia-o crescer cada vez que eu me alimentava, se continuar assim, vai nascer em menos de nove meses.

        Cresce mais que o normal, quer apenas se alimentar e quanto mais fome sente, mais fome se aumenta em mim. Quanto mais me alimento, mais ele cresce e evolui.

"Renato, onde está você meu amor?"

       Tinha coisas que não saía da minha mente.

       Alguns segundos depois, encontro um lugar reconhecível.

"Já estive aqui antes"

          Era onde eu e Renato estava preso. A mancha do sangue de Lizza ainda estava na entrada da porta. A enorme sala, ou salão, estava completamente vazia. Todas as cadeiras e as correntes, foram brutalmente quebradas.

         Senti o cheiro de Renato, o seu perfume. Corri até onde isso levava, tinha seu sangue derramado na mesa. Uma mesa que estava no meio do salão.

         Tinha correntes, correntes quebradas. Ouve uma luta aqui dentro, aqui nesse lugar. Havia sangue espalhado por toda parte, não era só de Renato, além do sangue de Stwart, tinha vários outros desconhecidos ali também.

        Ouço alguém bater palmas e me viro rapidamente. Era o homem que supostamente dizia ser meu pai.

       Estava com o aniquilador do seu lado, isso me fez fazer um suspiro de medo e provavelmente ele matou Stwart, tinha sangue no seu rosto, na máscara, de Stwart.

— Pobre Stwart... — Sussurro preparando a espada para atacar enquanto não parava de bater palmas. — Não é meu aniversário. — Digo com um tom irônico.

— Vai ser em alguns minutos. — Eu estava assustada, meus poderes sumiriam em alguns minutos também, ou se já não tivesse sumido.

— Quem é você? — Pergunto olhando nos olhos escuros do Aniquilador.

— Ele não vai responder você, ele não pode.

— O que fez com ele?

— Nada que ele não queria!

— Quem é ele por baixo dessa armadura?

— Você saberá em breve, filha.

— Não me chama assim!

— Porquê não? Você é minha filha!

— Meu pai está morto.

— Então você passou a vida toda procurando um cadáver? Isso parece ser bem irônico né querida?

A ÂncoraOnde histórias criam vida. Descubra agora