25_Cativeiro

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Música: Metallica - The Unforgiven

— Tia? — Grito após me recompor e bato na porta de casa

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— Tia? — Grito após me recompor e bato na porta de casa. E em alguns segundos depois, ela abre e me olhou de cima abaixo.

— O diretor da escola ligou! — Entrei e passei por ela.

— Marco? O que ele queria? — A olho.

— Onde você estava?

— Onde eu estava? — Repito revirando os olhos me lembrando da catástrofe que fiz na ponte.

— Onde estava esses três dias Rachel? Porquê cabulou aula? — Não respondi por ausência de respostas. — O que ouve com você? Que sangue é esse em sua roupa? — Pergunta olhando para meu estado desprezível e baixei a cabeça passando as mãos meia desengonçada, tentando tirar de mim aquele sangue.

— Matei um gato! — Minto.

— O que? Tá maluca, Rachel? Você está estranha depois que conheceu esse Renato.. — Aumenta a voz.

— Renato.. — Sussurrei e comecei a chorar correndo para o meu quarto.

— O que ouve filha? — Pergunta atrás da porta.

— Ele se foi, desapareceu, foi sequestrado tia. — Minhas lágrimas descem ainda mais, não só por mentir para ela, mas por me lembrar de Renato.

— Já ligou para a polícia? — Ela parecia calma em seu tom de voz, e seu coração batia forte.

— Já estão procurando, não se preocupe.. — Essa foi a única coisa que disse a ela que estava calma, parecia não acreditar em mim ou estava com muita raiva.

— Porque está fazendo isso filha?

— Isso o que? — Me levanto da cama e me sento a olhando.

— Não precisa esconder, não minta, confia em mim..

— Do que a senhora está falando?

— Venha.. — Ela me abraça e confusa me levantei para sentir seu conforto.

— A senhora sabe também?

— Sim meu anjo. Fica tranquila, outro menino vai aparecer em seu caminho e te fará feliz, você é linda!

— O que? — A olho confusa limpando meus olhos.

— Sei que ele te abandonou grávida, Lúcia acabou de ligar e me dizer. Pode contar comigo, sei que está muito nova, mas vou estar sempre com você.. — Eu não sabia o que dizer. Deixei ela pensar que fosse isso. Que Renato me abandonou.

— Vou dormir um pouco! — Me viro.

— Claro, eu te amo.

— Eu também tia!

         Alguns minutos depois, peguei meu celular e liguei rápido para Lúcia.

— Porque fez isso?

A ÂncoraOnde histórias criam vida. Descubra agora