8_ Princesa do Baile

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Música: Awolnation - Sail

             Tentei fugir dele para o mais longe possível

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             Tentei fugir dele para o mais longe possível. Corri tão rápido que todos viraram apenas um borrão ao meu lado. Foi questão de segundos pra chegar na porta que levava uns dois minutos indo lentamente. Fiquei emprecionada com minha velocidade.

            Peguei as laterais do meu vestido e ergui correndo com dificuldade por causa do salto alto.

           O lado de fora parecia uma  grande nevada.  Pequenos gelos de neblinas sólidas caindo sobre minha pele e aquela noite escura, congelante.

           Assim que achei um lugar me virei para ele. Era escuro demais, não sei como fui parar alí.

"Um lugar perfeito para se esconder", penso adentrando.

           Estava quase caindo. M sentindo fraca. Mau conseguia ficar em pé, apenas me segurando nos abjetos que encontrava. Algumas gárgolas enormes de pedra estavam no caminho. Fui me apoiando nelas até entrar dentro desse cômodo no meio do nada. Nunca tinha visto aquilo na escola, nem imaginaria que alguém colocaria gargolas em uma escola. Acho que era atrás da horta. Tinha mato, muito mato, muitas folhas, flores também, eu acho.

          Fui topando naquilo até conseguir me esconder dentro desse local. Pequeno e cheio de teia de aranha. Estava escuro, apenas a luz dos buraquinhos no teto e nas laterais iluminavam, muito pouco, mais me deixava ver o chão.

— Princesa? — Assim que percebo a  voz de Adrian, meus sentidos voltam para seu sangue. Tanto que o grave do som na festa havia cessado.

           Tento o possível não me mexer, mas estava difícil. Minhas pernas estavam fracas, meus olhos estavam se fechando e não conseguia respirar direito. Algo impedia do ar sair de dentro de mim. Pensava até que não havia ar nenhum. Sentia um buraco vazio, e que crescia cada segundo conforme a fome aumentava.

            Senti o cheiro do sangue dele invadir os meus pulmões, fazendo minha sede aumentar ainda mais.

Saia daqui. Por favor!

           Metros longe de mim, senti o coração dele bater, como se estivesse bem do meu lado. Era lindo ouvir aquela melodia. Era a única coisa que estava me fazendo controlar de não ir até ele e sugar seu sangue até a última gota, até suas veias secarem, o matando.

           Não aguentava mais permanecer em pé. Estava muito fraca pra isso. Não aguentava mais resistir.

         Tudo escureceu totalmente e me esbarrei no chão de uma forma tão violenta que minha cabeça se chocou com seu atrito.

       Podia ouvir os ratos passarem por todo os lados, baratas e grilos cantantes. Sabia alí que meus sentidos estavam se concentrando apenas nos sons.

A ÂncoraOnde histórias criam vida. Descubra agora