• Triste, confusa, vampira.
• Rachel não está sozinha.
• Nunca esteve.
Rachel Victória, após descobrir que é uma Âncora que segura o limite do céu e do inferno, se torna uma vampira sanguinária e se apaixonando por um anjo logo em segui...
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Rachel On~
Quantas vezes tenho que morrer?
Uma.. Duas.. Três.. Quinze vezes?
Nos dias seguintes, estive presa em um lugar em que a ausência de "humanidade" nunca me fez lamentar tanto, isso fez com que as recordações se tornassem insuportáveis.
Dor, miséria e morte foi oque eu passei por mais de quarenta anos no inferno.
Um lugar onde fazia o tempo do planeta parar. Onde sobrevivi por mais tempo que pensei que conseguiria, fazendo com que pessoas de todos os suportes possíveis passem por mim após morrerem, dentre homens e mulheres, crianças e adultos. Milhares por dias, sentindo suas dores e lamentações que deixaram para trás. Muitos por seus crimes baixos até seus homicídios, e isso me matava. Não conseguindo aguentar mais, tentei tirar minha própria vida mais de duzentas vezes, literalmente, e o único problema desse lugar, é que não existe morte, e isso me condenou a suportar tudo.
Era como a eternidade, a dor e a angústia de saber que aquilo que está sentindo não ter um fim, era perturbador. Não conseguia poder suportar aquilo.
Senti todas as minhas forças irem por água abaixo quando morri, quando dei meu último suspiro nos braços de Renato.
Tudo oque eu mais queria era poder sair daquele inferno. Meu corpo esquelético parecia a ponto de se quebrar em cada movimento e respiração que eu prometia dar.
Quebrei boa parte de meus ossos e membros de meu corpo, tentando amargamente morrer em um lugar totalmente sem vida e salvação.
Minhas esperanças já estavam se esgotando, até ver Lourenny em minha frente, e achando que era mais uma de minhas visões, me desesperei, pois essa parecia mais real que das últimas milhares de vezes no qual ela aparecia tornando minha dor ainda maior após descobrir que tudo era fruto da minha imaginação.
Aquele alívio que eu tanto desejava sentir, a luz e a esperança crescendo novamente, foi um milagre. Pensei que Deus havia me abandonado, pensei que estava sozinha.
Me despedi de Lourenny com o coração nas mãos até passar pela luz branca no qual minha mente chamava por anos.
Abri meus olhos desesperadamente a procura da vida que eu havia perdido, e eles foram pegos desprevenidos pela luz forte ofuscando-os.
