Meu Chefe [Em Revisão]

Cap. 15

Quando chegamos na minha casa, estava tudo uma bagunça. Tinha colchão, cobertor, travesseiros e almofadas no chão, por toda a parte. Sem contar que tinha comida espalhada também.

Nash estava de atravessado no colchão no chão, com Allie atravessada nele. Peter estava ao lado, de barriga para baixo, e Alisson e Dave estavam no sofá. Todos estavam dormindo. O óculos do Nash estava todo torto em seu rosto.

Caminhei (quase caindo) até ele e tirei o óculos, colocando em cima da cômoda, desliguei a tv, e olhei para o Dylan. Ele olhava tudo com um sorriso no rosto.

- Você não vai mais pra sua casa não? - pergunto ao Dylan.

- Não, obrigado. - ele empurra os pés do Dave pra sentar, o que fez Dave cair.

- O que foi? - Dave pergunta no chão.

Comecei a rir, e Dylan me acompanhou. 

[...]

O pessoal acordou depois se uma hora, por culpa do Dave, que gritou. Agora eles estão na sala esperando um filme começar e eu estou na cozinha fazendo pipoca.

Quando terminei de fazer a pipoca, fui para a sala. Eles estavam discutindo sobre algo.

- Bem feito, fez coisa ruim, tentou fugir e foi pego. - Nash diz ao mesmo tempo que brincava com a Allie e o Peter.

- Bem feito mesmo, mas ele era lindo, um desperdício homens lindos serem traficante.  - Alisson diz.

- Estão falando de quem? - perguntei enquanto sentava no sofá, do lado do Dylan e Nash.

- um traficante estava sendo procurado no Brasil, e resolveu fugir para cá, mas foi pego no aeroporto. - Dylan responde.

- Olha aí, estão falando dele. - Dave aponta para a televisão. Olhei.

- ele já está sendo procurado a três anos, por roubo, assassinato e estrupo. - a repórter diz. - e agora nós temos de primeira mão a prisão dele.  - a câmera vira mostrando o ruivo alto, magro e cheio de tatuagens. Meu corpo paralisou na hora, flash black e mais flash black passavam em minha cabeça. - Roberto da Silva foi preso, e sera julgado aqui mesmo no Estados Unidos. Agora ele vai ter o que merece. - Ela diz olhando para o Roberto, que sorria.

Desgraçado. Mesma indo preso ele continua com o sorriso psicopata no rosto.

- aí meu Deus. - foi a única coisa que eu conseguiu dizer.

- Roberto... Conheço alguém com esse nome, mas não sei quem. - Alisson diz pensativa.

As lágrimas já queriam sair, mas eu tentava o máximo segurar. Alisson olhou para mim, fez cara de desentendida, mas logo entendeu.

Ela arregalou os olhos. Ela olhava para mim e para a TV, para mim e para a TV.

Eu achei que ela ia levantar e me puxar, mas quem fez isso foi o Nash. Ele também lembrou. Dylan e Dave não estenderam nada.

Antes mesmo que Nash pudesse me tirar da sala, as lágrimas escorreram. Nash me levou até o quarto. Eu cai de joelhos no chão assim que cheguei.

- É ele Nash, é ele. Foi ele que me estuprou. - falei chorando.

Nash me abraça forte. Apertei ele e chorei, molhando sua camisa.

- Megan? O que foi? - era o Dylan.

Merda.

- Vou deixar vocês conversar. Qualquer coisa grita. - Nash me dá um beijo na cabeça. Apenas concordo. Nash levanta e sai.

Enquanto Dylan andava até mim, eu tentava limpar minhas lágrimas, mas era em vão. Ele veio até mim e me ajudou a levantaram.

- O que foi? Você conhecia aquele cara? - Ele pergunta limpando minhas lágrimas.

- Ele... - ia falar e me lembrei dele segurando meus braços na cama, e depois me dando um tapa na cara. - Ele é o pai das crianças.

Ainda não estou pronta para contar toda a verdade.

Dylan ficou chocado. Não conseguiu nem disfarçar a cara. Ele com certeza está achando que eu era uma vadia que se envolvia com traficantes.

Já não conseguia mais segurar as lágrimas. Abaixei minha cabeça e voltei a chorar.

Quanto mais eu chorava, mais eu me lembrava e mais dor eu sentia.

"- isso querida, chora. Essa é a minha parte preferida. Quando vocês choram."

O sorriso psicopata dele apareceu em minha mente. Ele sorriu todo o instante.

Dylan me abraçou.

- Está tudo bem amor. Todos nós cometemos erros. - chorei mais ainda.

Só que o erro não foi meu Dylan.

Abracei ele forte, apertando sua camisa.

Eu não posso ter outra recaída. Tenho que parar de chorar.

Engoli o choro, limpei meu rosto e olhei para o Dylan.

- obrigada. Eu vou ir pegar o Peter e a Allie. - ia levantar, mas Dylan não deixa.

- É mentira. Você nunca se envolveria com traficante. Me conta a verdade, Megan. Pode confiar em mim.

Balancei a cabeça.

- Eu não quero lembrar, Dylan. - saio em um sussurro.

Ele engoliu em seco. Acho que já entendeu.

- Eu estou pensando em uma coisa, mas eu espero muito que eu esteja errado. - Olhei para ele. Ele estava esperando eu responder, mas eu não respondi. - Megan, por favor, me fala que ele não te... - ele não conseguiu falar.

Eu já nem limpava mais minhas lágrimas.

- Sim Dylan. É isso mesmo. - respirei fundo antes de falar. - Ele me estuprou.

- Aí meu Deus. - quase não consigo escutar, de tão baixo que saio da boca dele.

Virei o rosto. Não queria ver o olhar de pena dele.

Dylan me puxou, e me abraçou, enquanto fazia carinho em minha cabeça. Me encolhi em seu abraço e continuei a chorar.

  Não sei quanto tempo ficamos assim. Mas quando eu olhei para ele, vi que o olhar dele não era de pena, e sim de raiva, raiva daquele desgraçada.

- Vamos voltar para sala. - falei.

- tá. - ele sorri para mim.

Fui até o banheiro e lavei meu rosto, sequei e me olhei no espelho. Só meus olhos ainda estão um pouco vermelho.

Quando sai do banheiro, fui surpreendida por um beijo do Dylan. Ele me puxou pela cintura e me beijou. O beijo era lento, e cheio de paixão.

- Eu te amo, Megan.  - Ele diz olhando em meus olhos. Apenas sorri, e abracei ele.

Não estou pronta para falar que amo um homem, sem ser meu filho ou meu irmão.

- Vamos. - ele segura minha mão e nós fomos para sala.

Quando eu apareci na sala. Allie e Peter correram até mim. Abaixei e eles me abraçaram.

- o tiu falo que você tava tisti. - Peter diz.

- eu estou bem amor.

- a genti não que você tisti mamãi. - Allie diz passando a mão no meu rosto.

- Tá bom. - dei um beijo nos dois. - eu amo vocês.

- a genti tombem te ama. - eles falaram juntos, depois se olharam e sorriram.