Acordei com uma dor enorme no braço e na cabeça. Minha vista ainda estava meio turva. Tento me levantar, mas todo meu corpo doia.
Minha vista começou a voltar ao normal, eu estava em um quarto vazio, com apenas um colchão, as paredes eram de madeira e era muito frio. A porta também era de madeira.
Levantei com dificuldade e com dor. Caminhei até a porta, mas antes que eu chegasse, a porta foi aberta.
Meu corpo inteiro gelou.
- Já acordou, amor? - ele sorri e começa vir até mim. - deve estar com dor, eu te ajudo a voltar ao colchão.
- Não encosta mim. - Me afastei. Ele está horrível, seus cabelos então sujos e embaraçados, está com olheiras gigantes e seu rosto está cheio de machucados, cicatrizes e vermelhos. Ele já era magro, mas agora, parece uma caveira. - Como você sobreviveu?
Ele dá risada.
- Você não achou que seria tão fácil assim me matar, não é mesmo? A surra que você e seu namoradinho mandaram dar em mim, foi tudo plano da Senhora, ela colocou a ideia na cabeça de vocês e então quando eu cheguei no hospital ela me ajudou e me escondeu.
- Senhora? Que senhora?
Ele sorri. Escuta passos de salto. Olho para porta e Luna aparece.
Desgraçada.
- Sua vadia miserável, eu avisei que te tiraria da minha vida. - Luna diz se aproximando.
- Eu sabia, sua desgraçada. - Fui para cima dela, ignorando toda a dor que sentia.
Dei um soco em seu rosto, puxei seu cabelo e dei um joelhada em seu rosto. O nariz dela começou a sangrar. Antes que eu pudesse continuar, Roberto puxou meu cabelo com força, me jogou no chão e ficou por cima de mim. Ele segurou meu braço, fazendo ele doer mais ainda.
- Não começa com gracinha, meu amor, não me faça te relembrar o dia que você tentou fugir.
Engoli seco e ele sorriu.
Aquele dia passou na minha cabeça, eu nunca contei sobre aquele dia para ninguém, nem mesmo meu pai sabe.
Ele saiu de cima de mim.
- O que vocês querem?
- Eu só quero você longe. - Luna diz.
- E o que eu quero é simples... Eu quero meus filhos e você.
- Não. Meus filhos não.
Roberto olhou para Luna e fez sinal para ela sair. Ela obedece.
Ele se ajoelha perto de mim.
- Sabe Megan, eu via você, desde quando sua mãe era viva, via você com ela, com seu irmão, indo a escola, via até você saindo com garotos, eu sempre estava observando você, sempre fui apaixonado por você, mas você nunca nem olhou para mim. Quando sua mãe morreu e seu pai ficou louco eu tive a oportunidade de ter você para mim. - ele passa a mão em meu rosto, mas eu afasto. - Você complicou tudo, Megan, você me obrigou a fazer aquilo, você andava com shorts curtos, me provocando, você pediu por aquilo.
- Eu pedi por aquilo? Só porque eu estava com um shorts na minha casa eu estava pedindo para ser abusada? Não me culpe pelo seu erro, você me estuprou porque é um nojento sem coração. Não venha me falar que era apaixonado por mim, porque se fosse mesmo não teria me estuprado, me batido e ter enfiando uma porra de uma arma na minha cara. - gritei enquanto chorava. Eu odeio tanto ele.
- Você mereceu, você tentou fugir.
- E consegui.
- Conseguiu mesmo? Então porque estamos tento essa conversa?
- Seu nojento. - comecei a bater nele. Ele me deu dois soco e quando eu caí me deu mais um.
Resmungo de dor e coloco a mão no rosto.
- Escuta bem o que eu vou te dizer, se encostar em mim de novo, eu vou mandar arrancar o olho de seu irmão e vou trazer aqui para você. - ele se afasta e pega um celular no bolso o meu celular. - é o seguinte, eu vou ligar para o seu amorzinho e você vai falar para ele arrumar 80 mil e no dia da entrega levar meus filhos, se não vou matar você e ele e levar os gêmeos comigo e talvez o outro menino também.
- Por que quer tanto eles? - perguntei.
- Eu sempre quis ter uma família com você e quando descobri que você estava grávida, quis na hora pegar eles para mim, imagina eu criando eles para trabalhar na mesma coisa que eu, Allie e Peter já tem o sangue e creio que não será difícil transformar o pequenininho também.
- Você quer transformar meus filhos em traficantes?
- Mais ou menos isso. - ele meche no celular. - Agora vamos falar com o Dylan. - ele liga e coloca no viva-voz.
Dylan atende no segundo toque.
- Megan? Aonde você está? Você está bem?
- ahh, que lindo, preocupado com a amada. - ele dá risada. - ridículo.
- Quem está falando?
- Verdade, não nos conhecemos. Eu sou Roberto, o pai da Allie e do Peter.
Silêncio.
Será que ele desmaiou?
- Eu espero que você não tenho morrido, porque aí não vou poder ver seu sofrimento.
- Cadê a Megan, ela está bem? - ele pergunta e percebo a raiva em sua voz.
- Ela vai falar com você. - ele aproxima o celular. - Vamos lá, amor, fala com ele.
- Eu falei para você que ele estava vivo e adivinha só, sua mãe está no meio também e se você falar "eu não acredito" como se sua mãe fosse maravilhosa eu vou dar um jeito de fugir do para te dar um tiro.
- Uou. - Roberto da risada. - você não é tão indefesa quanto eu pensava, que ótimo. - ele começa a se aproximar.
- Não encosta em mim. - falei baixo.
- Xiu. - ele tenta me beijar.
- Não encosta em mim. - empurro ele com apenas um braço, o outro doia tanto que nem consegui mexer.
- Não encosta nela seu traste. - Dylan grita.
- Como se fosse adiantar alguma coisa. - Roberto se afasta um pouco. - Fala para ele nossos planos, amor.
As lágrimas começaram a escorrer, eu não falei nada. Ele bufa e revira os olhos.
- Fala! - Ele tira uma arma da cintura e aponta para minha cabeça. - Vai querer passar por tudo de novo? - ele pergunta para mim.
- Dylan... Ele quer 80 mil, pega todo o dinheiro que eu tenho, está junto com o do Nash, pode pegar toda a minha parte. - falei limpando meu rosto das lágrimas.
- Só quero 80 mil, Megan. - Roberto diz.
- Eu tenho bastante dinheiro Roberto, eu te dou tudo e...
- Não.
- você deixa as crianças...
- Não. - ele vai falando junto comigo.
- Por favor, deixa eles, eu te dou todo o meu dinheiro.
- Eu disse que não, Megan. - Ele me dá um tapa na cara e vem para cima de mim com a arma na minha cara. - Eu quero meus filhos, Megan, eu quero todos vocês comigo e deixe esse riquinho de merda que te roubou de mim.
Não consiguia mais chorar baixo. Dylan estava dizendo algo no telefone, mas eu nem prestei atenção.
- Eu nunca fui sua. - Falei entre o choro.
Os olhos deles ficaram vermelho de ódio.
Ele começou a socar minha cara e a me chutar.
Dylan estava ouvindo ele me bater e gritava desesperado.
Antes que Roberto me desse mais um chute na cara, eu falei fala o Dylan.
- Não deixa ele levar nossos filhos.
- Desgraçada. - Roberto xinga com raiva e logo tudo fica escuro.
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Meu Chefe [Em Revisão]
RomansaMegan, mãe de gêmeos, que é fruto de um estupro, foi difícil para Megan, mas ela conseguiu arrumar a vida dela, bem longe de toda a tragédia de seu passado e agora com Dylan Clark em sua vida, tudo ficará bem... Bom, nem tudo.