cap. 34

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- Acorda. - escuto Roberto gritar. - Já dormiu demais.

Eu não estava conseguindo me mexer, de tanta dor.

- Não faz essa cara, a culpa é toda sua, você me provocou e eu te bati e eu acho bom você melhorar, porque quando eu for embora com vocês e você não me obedecer, eu vou fazer de novo. - ele se ajoelha na minha frente. - Consegue falar pelo menos?

- Consigo. - minha voz saiu baixa e falhando. Eu estava com sede e fome. - Eu estou com sede. 

- A Luna não está feliz. - Ele me ignora. - Ela achou que você não diria ao Dylan que ela estava envolvida. Burrice dela, mas mesmo assim ela está brava. Quer te matar. - Ele começa a andar de um lado para o outro e depois vem até mim. - Ela me ajudou muito, eu sou muito grato, mas eu não vou deixar ela te machucar. - Ele passa a mão no meu rosto. - Ninguém vai tirar você de mim. - Ele diz em um tom piscopata.

[...]

Roberto não está me dando água e nem comida, ele vem um pouco aqui, mas depois sai. Escutei ele e a Luna brigarem a algum tempo. Luna disse que ele deve tudo a ela e que vai me matar e Roberto disse que se ela encostasse um dedo em mim, ele a matava.

Já faz três dias que eu estou aqui. Nunca mais conversei com o Dylan, mas Roberto, fala. Eu não sei o que eles estão combinando, mas eu espero que Dylan não desista de mim e dos meus filhos. 

Eu preciso sair daqui logo, eu passo a maior parte do tempo apagada, eu não tenho forças nem para ficar a acordada. De dia, o sol que entra pelas brechas da parede de madeira, me sega e a noite o frio é de congelar. Não tem nem coberta aqui. Eu não paro de tocir.

Alguém precisa me achar aqui, eu preciso que alguém me tire daqui, preciso que o Dylan me tire daqui...

Pov's Dylan

Eu estou desesperado, Roberto me liga a todo momento, ameaçando. Eu e meu pai já arrumamos um detetive para procurar a Megan e nossos seguranças e a polícia estão procurando também. Nós já bolamos um plano para achar eles e está faltando pouco.

Alisson, Dave, Nash e Abgail, levaram as crianças para praia. Deixar eles longe é o melhor. Nash está desesperado, ele não pode perder ela também. Eu também não posso.

A última coisa que nós fizemos foi brigar, eu não quero que essa seja a última coisa que ela se lembre.

- Eles conseguiram. - O chefe de segurança entra no meu quarto. Eu estava vendo uma foto da Megan. Soltei na hora.

- Graças a Deus. - sai rápido do quarto.

Pov's Megan

Acordei com o barulho da porta. Era a Luna, com aquela cara de ódio de sempre. 

- Roberto está me tratando como se eu fosse um mostro, sendo que o que ele fez foi muito pior. Ele não te contou, tenho certeza, mas eu vou contar, assim, quando eu te matar, vai ter ódio dele também. 

- Fique tranquila, eu odeio os dois igual. - minha voz sai baixa. Ela ri.

- Tenha certeza que vai odiar mais ele. - ela se aproxima. - Quando ele apareceu no hospital, furioso, com uma vadia que estragou a vida dele, que escondeu os filhos e se casou com um rico, eu logo me toquei, quando tive certeza que era você então. - ela ri outra vez. - ele queria se vingar, e eu resolvi ajudar. Quando ele se recuperou da surra, eu fui com ele até o Brasil. Conheci seu pai, Roberto que me apresentou. - senti um aperto no peito. - Fiquei com dó dele, não soube lidar com a morte da mulher e a partida dos filhos, estava arrasado, vendeu a casa para usar o dinheiro para procurar vocês, mas não conseguiu e se afogou mais no álcool.

Não pode ser verdade. O advogado disse que ele perder a casa, ele não queria achar a gente. Eu nunca vou me perdoar se isso for verdade.

- Mas não se preocupe querida, Roberto acabou com o sofrimento dele.

Ah não.

- O que? - perguntei baixo, chorando.

- Roberto matou seu pai, deu um tiro e ficou vendo ele agonizar de dor, até que ele estivesse finalmente morto.- ela diz dando risada. - E agora, eu vou fazer o mesmo com você.

Eu não me importei com o que ela disse, eu só sabia chorar. Ele matou meu pai.

Luna tira uma arma da cintura, aponta para mim e destrava ela.

- Depois que eu matar você, vou matar Roberto e ter meu filho e meus netos para mim.

- Eles não são seus netos e Dylan não vai te perdoar, ele não vai perdoar você por matar a pessoa que ele ama.

Eu espero.

- cale a boca, sua vaca. - fecho os olhos já esperando o desparo. Dois desparo foram feito e eu senti um acertar minha perna.

- Ahhhh. - grito.

COMO ISSO DOI.

Não sei como, mas arrumei forçar para sentar e colocar a mão em minha coxa, onde estava sangrando.

Meu corpo estava mole, tive que encostar na parede para não cair para trás. 

Olhei para frente e o que vi me aterrorizou. Luna estava no chão, com um furo de bala na cabeça. A poça de sangue chegava no meu pé. 

Gritei de desespero, eu não conseguia parar de chorar.

Roberto caminhou até mim com a arma na mão. 

- Eu avisei para essa desgraçada não machucar você. - ele tenta encostar em mim, mas eu dou um murro em seu rosto. O boca dele sangra. 

- Você matou meu pai. Já não bastava me estuprar, você tinha que matar meu pai? - Deu outro murro. Acertou em cheio em seu nariz, que sangrou na hora. 

Ele bateu com a arma na minha cara e senti cortar minha sobrancelha. 

- Eu matei aquele velho mesmo e seu irmão era o próximo. Eu ia matar todos, até sobrar, somente você e as crianças. 

- Desgraçado. - tentei bater nele outra vez, mas ele pegou minha mão, entortou e me bateu outra vez.

- Para de tentar ser mais forte do que eu. Você está baleada é fraca, para mim te Matar não vai custar.

- Mata, me mata seu assassino, já matou meu pai mesmo.

Ele aponta a arma para mim.

- Não me desafie. Eu atiro sem dó.

- Atira, atira em mim, seu desgraçado. Atira. - grito com ele.  

Um desparo foi feito e logo sinto o peso em cima de mim. 

- Aí meu Deus. - digo.

Minha cabeça começou a latejar é minha vista começou a ficar escura, mas pude ver pessoas entrando.

Alguém tira Roberto que estava em cima de mim, morto e segura meu rosto.

Eu quase não conseguia ver, mas o reconheci.

- Eu estou aqui, meu amor. Agora vai ficar tudo bem, eu vou cuidar de você. - Dylan limpa minhas lágrimas. Ele olha para a mãe dele no chão com os olhos cheios de lágrimas. Eu já não estava mais conseguindo ficar acordada e ele percebeu. - Megan, meu amor, fica acordada. - ele me pega no colo. Eu já nem sentia mais dor. - Megan, não dorme, por favor. - Meu olhos começaram a fechar. - Me desculpa... - ele disse mais alguma coisa, mas apaguei antes de poder ouvir.

Meu Chefe [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora