Cap. 21

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Acordei com alguém me chamando. Era o Dylan.

- Oi. - sentei esfregando os olhos.

- Por que não me esperou para virmos juntos? - ele diz depois de me dar um selinho.

- Eu estava muito cansada, e não quis atrapalhar sua conversa.

Fui para o lado dando espaço para ele deitar, e eu deitei em seu peito enquanto ele fazia carinho na minha cabeça. Peter e Allie estava atrás de mim ainda dormindo.

- O que achou da festa? - ele pergunta.

- Eu amei. Obrigada por fazer isso para eles. - beijei seu pescoço.

Estava tentando não pensar naquela conversa, mas não saia da minha cabeça, e sim, estava me afetando. Nunca fui boa com críticas.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

- Dylan? - o chamei.

- Fala. - olhei para ele.

- Você acha que eu estou com você por interesse? - perguntei meio nervosa.

Ele sorriu de lado.

- Claro que não. Você tem que parar de ligar para o que as pessoas dizem. - ele me deu um beijo na testa.

Com certeza ele sabe, a mãe dele deve ter reclamado de mim para ele.

- Eu não gosto disso. Só porque não sou rica igual a você, acham que meu amor não é verdadeiro.

- Eu sei que é verdadeiro. Não liga para elas. - ele faz carinho no meu rosto. - Eu te amo.

- Eu também te amo Dylan.

Pov's Dylan

Acordei até que cedo, os gêmeos ainda  estavam dormindo, mas a Megan não estava na cama. Ouvi o barulho do chuveiro e fui até lá.

Abri a porta com cuidado. A Megan estava tirando o sabão do cabelo. Comecei a olhar para as cicatrizes que ela tem. Eu já vi as cicatrizes, mas todas as vezes me dói. Ela tem uma do lado do peito, na barriga, nas costas, nos braços e nas pernas. Ela também tem uma marca de queimadura no pulso, é pequena, mas eu percebi.

Fechei a porta, tirei minha roupa e fui até ela. Toquei em sua cicatriz das costas e ela se virou assustada.

- Que susto Dylan. - Ela sorri.

Não consegui sorri. Eu só pensava nas suas cicatrizes. Como alguém consegue suportar isso? Ela deve ter apanhado tanto, sofrido tanto.

- O que foi? - ela diz enquanto rodeava meu pescoço com os braços, e eu segurei sua cintura.

- Dói ver suas cicatrizes. - ela suspirou e abaixou a cabeça.

- Eu sei.

Puxei seu braço e peguei em seu pulso queimado.

- Isso foi do que? - perguntei. Eu nunca perguntei sobre as cicatrizes e o queimado.

- Dylan, esquece. Já faz muito tempo. - dava para ver que aquilo machucava ela. Mas eu precisava saber se foi o Roberto ou o pai dela.

- eu só quero saber como aconteceu. - insisti.  ela respirou fundo e olhou para mim.

- foi em umas das brigas com meu pai. Ele jogou água quente em mim, muito quente, mas só pegou nessa parte. - ela passa a mão no pulso.

Meu Chefe [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora