Eu não podia acreditar que tudo isso havia acontecido comigo. Não estou falando só do sequestro, estou falando de tudo.
Desde quando minha mãe morreu até agora. Foram tantas coisas e uma seguida da outra, sem descanso.
Minha mãe morreu, Nash ficou em coma, meu pai surtou, começou com a bebedeira e a me bater, fui abusada, tentei fugir a primeira vez e não deu certo, descobri que estava grávida, consegui fugir, conheci Josh, logo depois Alisson, Dylan.
Parece que depois que Dylan apareceu na minha vida, tudo melhorou. Mesmo nosso namoro começando cedo, deu muito certo. Nossas brigas não nos afetam pois nosso amor é maior. Tudo estava perfeito.
Eu fico muito aliviada por ter sobrevivido a esse sequestro. Dylan é um bom pai, mas não conseguiria lidar com as crianças sozinho e as crianças também não conseguiriam. Acho que Peter é o que sentiria mais falta, ele é mais grudado em mim. Mas graças a Deus eu estou bem. Sobrevivi a tudo isso e tudo vai ficar bem. Roberto e Luna não vão mais nos encomodar. Nunca mais.
Confesso que estou muito triste pelo meu pai, assim que eu sair do hospital, vou investigar para saber se meu pai vendeu mesmo a casa ou perdeu.
Eu acordei no hospital e Dylan estava dormindo em uma poltrona ao lado da cama, segurando minha mão.
Assim que eu o vi, comecei a chorar, agradecendo a Deus por ele está aqui agora.
Eu passei a mão em seu rosto cansado e com barba. Ele tinha olheiras e seu cabelo estava bagunçado. Suas roupas eram a mesma de quando ele apareceu para me salvar, calça jeans e blusa azul suja pelo meu sangue. Significa que ele não saiu do meu lado.
Ele acordou com o meu toque.
Quando ele olhou para mim, seus olhos encheu de água e ele me abraçou forte. Nós dois chorávamos baixo.
- Me desculpa - ele agora chorava feiito uma criança. - Desculpa por tudo meu amor, eu não sabia...
- Ninguém podia imaginar, não se culpe. - disse olhando em seus olhos e fazendo carinho eu seu rosto.
- Se eu tivesse acreditado em você, se tivéssemos feito as pazes antes de você sair...
- xiiiuu. - boto o dedo eu seus lábios e encosto minha testa na dele. - esquece tudo isso, agora eu só quero matar a saudade e te beijar. - beijo ele.
Um beijo cheio de Amor e saudade.
Dylan me apertou, como se quisesse me prender a ele e eu também queria.
- cadê as crianças? - pergunto quando paramos de nos beijar.
- Estão em casa. Fica tranquila, eles não desconfiaram de nada, Dave levou todos para praia para distrair.
- E o Nash? - perguntei, lembrando do meu pai.
- Ficou arrasado, achou que você não voltaria, mas Abgail o ajudou muito. Daqui a pouco ele vem aqui.
- Que bom. - sorri.
Um médico entrou no quarto.
- Acordou. - o médico diz surpreso. - como se sente? - ele diz enquanto me examina.
- Estou com dor no corpo e fome. - respondo.
- A dor no corpo é normal, você apanhou muito. E eu vou pedir para uma infermeira trazer algo para você comer.
- Obrigada.
Ele sorri.
- Bom... Aparentemente você está bem, seu rosto ainda está machucado e, provavelmente você vai ficar com uma pequena cicatriz em cima da boca. - Mais uma... - Consegue levantar o braço esquerdo? - o levanto, doia, mas eu conseguia levantar. - Dói?
- Sim.
- Vou receitar alguns remédios para a dor. Você vai ficar alguns dias no hospital em observação. Prometo que vai ser poucos dias. - ele sorri.
- obrigado Marcos. - Dylan agradece.
- Não foi nada. Mande lembranças ao seu pai.
Dylan concorda.
- Pode pedir para alguém trazer os meninos aqui? - perguntei ao Dylan.
- Claro. Vou ir ligar para o Dave. - ele levanta.
Nash aparece na porta desesperado. Deve ter encontrado o médico, que lhe contou que eu estava acordada. Ele correu até mim e me abraçou, chorando. Eu chorei junto.
Fechei os olhos enquanto abraçava ele.
- Tudo bem, Nash, eu estou bem bem. - falo ainda abraçada nele e passo a mão em seus cabelos.
Dylan não estava mais no quarto.
- Eu não ia conseguir superar mais uma perda. - ele diz chorando. Lembrei do meu pai e chorei mais ainda.
- me desculpa. - falei.
Ele olhou para mim e limpou seu rosto.
- pelo o que?
- Luna me falou que... Que Roberto matou o papai.
- Tudo bem, Megan, não é culpa sua.
- Mas... Ele falou que papai não perdeu a casa, que ele vendeu para procurar a gente, mas não conseguiu, por isso que ele virou mendigo.
Ele ficou um tempo em silêncio, depois riu.
- Qual é, Megan? Você acha mesmo que o papai ia vim atrás de você, depois de ter deixado abusar de você e depois de ter fugido dele? Papai não é uma pessoa boa e ele nunca pediria desculpas, isso é tudo mentira. - ele diz sorrindo e faz carinho na minha mão.
- Você acha mesmo?
- tenho certeza. Não se preocupa com isso. - Ele da um beijo em minha testa.
- MEGAN. - Alisson invade o quarto e vem me abraçar.
O abraço não dura muito já que ela é empurrada.
- Mamãe. - Allie e Peter gritam e tentei subir na cama. Ajudo eles.
Assim que eu escutei a voz deles, meu coração apertou de saudade e voltei a chorar.
Eu apertei eles tão forte e eles fizeram o mesmo.
- o que aconteceu com seu rosto? - eles perguntam.
Dylan coloca Mike no meu colo também e ele me abraça.
- Ham... Eu participei de uma batalha. - falei que eles. - junto com os vingadores. - sorrio e passo a mão no cabelo da Allie.
- Mentira. - Peter diz sorrindo.
- É verdade. E nos conseguimos vencer. - Allie da risada e bate palma. - ahh e eles mandaram um beijo para vocês.
- O capitão América também?
- Sim.
- Q mamãe é uma herói então. - Allie diz animada.
- Sim... A mamãe é. - Dylan diz me dando um beijo na cabeça.
Puxei todos eles para um abraço, Alisson, Dave, Nash e Abgail vieram também.
- Eu amo vocês. - falei.
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Meu Chefe [Em Revisão]
Roman d'amourMegan, mãe de gêmeos, que é fruto de um estupro, foi difícil para Megan, mas ela conseguiu arrumar a vida dela, bem longe de toda a tragédia de seu passado e agora com Dylan Clark em sua vida, tudo ficará bem... Bom, nem tudo.