- depois que mamãe morreu, e você ficou em coma, o pai começou a surtar aos poucos. começou com ele sonhando com a mãe, depois ele começou a beber, até aí estava tudo bem, ele bebia no bar, chegava em casa e não me enchia o saco. Depois de um tempo ele começou a jogar truco, e chamava um monte de bêbado lá para casa, e me obrigava a ficar levando cerveja para eles. Um dia eu estava servindo eles, quando um homem, até que jovem, ele bateu na minha bunda e me puxou para sentar em seu colo. Eu empurrei ele e olhei para o papai, achei que ele ia fazer alguma coisa, mas a única coisa que aquele maldito fez foi falar: aqui não Roberto, vá para o quarto.
Eu fiquei indignada. Como um pai faz isso com uma filha?
O homem na hora,e puxou para o quarto. Eu berrava, chorava, batia nele, mas nada acontecia. Eu acabei apanhando dele, e ele ainda abusou de mim. - Parei de falar um pouco para me recuperar, Nash também chorava. -No outro dia, eu acordei com tanta dor, eu só sentei na cama e chorei, até que o papai entrou no quarto. Eu briguei com ele, perguntei como ele pode fazer isso comigo, xinguei ele de alcoólatra e de outros nomes. Ele ficou com raiva e me bateu. Ele me dava socos, chutes, tacou um vaso em mim, me bateu com a vassoura, e com outras coisas. Eu desmaiei, e quando acordei, estava sangrando ainda. Ainda tenho cicatrizes pelo corpo.
Depois de algumas semanas comecei a passar mal. Eu não saia mais do quarto, não conversava com ninguém, então ninguém podia me ajudar. E fui ao hospital e aí descobri que que estava grávida. Peguei minhas economias e as economias da mamãe, comprei minha passagem e vim para cá. No avião conheci meu chefe, John. Eu estava chorando no avião e ele me ajudou, eu estava desesperada e contei tudo para ele. Ele me deu um trabalho, me ajudou a achar um apartamento e marcou consulta para mim em um psicólogo . Mas eu sofri muito. Depois que os bebês nascerão, fiquei com depressão, mas depois me curei, decidi que passado é passado, eu iria esquecer tudo e seguir em frente, é assim fiz. Agora estou muito bem.Sorrio para Nash ao terminar de contar tudo. Ele estava com lágrimas nos olhos. As minhas lágrimas já haviam escorrido enquanto eu contava tudo.
- Meu Deus. Papai é um mostro. - Ele chora junto comigo.
- Mas agora está tudo bem. E vamos mudar de assunto, ok?
- tá legal. Eu quero conhecer meus sobrinhos logo.
- acho que eles não podem vir aqui, mas provavelmente você não vai demorar para sair daqui.
- Não mesmo. - uma voz surge atrás de mim me fazendo arrepiar.
Virei e la estava ela. Luna Clark.
Tantos médicos no mundo e logo ela vai cuidar do Nash.
- bom... O Nash está bem, não ficou com nenhuma sequela e se lembra de tudo. Você vai ficar só hoje em observação, e se você ficar bem, pode ir embora amanhã. Seus exames ficaram prontos ainda hoje. - ela sorri para ele.
Que falsa.
- Obrigado.
Luna vira para mim e muda a feição.
Agora sim, a demônia voltou.
- podemos conversar, lá fora?
Concordei com a cabeça. Dei um beijo na testa do Nash e fui para o corredor com a Luna.
- algum problema com ele? - perguntei
- Não, só com você. - ergui uma sobrancelha.
- como é?
- você esta usando meu filho. Agora vai aproveitar que seu irmão acordou e vai se fazer de coitadinha. Você pode até enganar ele, mas não eu. Eu sei que você só quer o dinheiro dele. Você...
- Sra, Clark, com todo o respeito, cala a boca, eu não sou desse tipo, nunca na minha vida eu iria ficar com alguém por interesse. Será que é difícil de entender?
- Sim. É difícil de entender. Vou te falar uma cosia Megan, se você não se afastar do Dylan, vou mandar dar um sumiço em você e na sua família.
- esta me ameaçando? - pergunto incrédula.
- estou. E não duvide de mim, você não sabe do que eu sou capaz. - ela se vira e sai andando.
Eu não acredito nisso. Essa mulher é louca mesmo.
Revirei os olhos e entrei no quarto.
- O que aconteceu? - Nash pergunta. - tá com uma cara de cu.
- só a louça da mãe do Dylan me infernizando. E... Você vai ter que parar de fala palavrão. Não quero que meus filhos fiquem falando, sabe né?!
- tá. Vou tentar.
- olha, vou ter que sair por um tempo. Tenho que avisar meu chefe porque sai sem avisar, e pedir para minha amiga fica com a Allie e o Peter hoje.
- Ah nããão. Trás os bebês aqui.
Sorri
- tá legal. - dei um beijo em sua testa. - Daqui a pouco eu volto.
- Tá. Eu vou dormir. - ele se vira e fecha os olhos.
Sai do quarto já mandando uma mensagem para Dylan perguntando se ele podia me encontrar em frente o meu prédio.
Eu gosto muito do Dylan, mas não quero que nada aconteça com meus filhos ou com o meu irmão. A mãe do Dylan é louca, não sei do que ela é capaz, então é melhor acabar com tudo.
Peguei meu carro e fui até meu prédio. Estacionei na frente e fiquei esperando o Dylan. Em 5 minutos ele apareceu.
- O que aconteceu? Você saiu sem falar nada. - ele me dá um selinho, fazendo meu coração partir.
Eu odeio a mãe dele. Gosto tanto dele, mas também não posso contar. Não quero que ele fiquei contra a mãe dele.
Respirei fundo antes de falar.
- Dylan, eu gosto muito de você, de verdade, mas... Você é dono de lojas de roupas, assessórios, sapatos, é muito bem sucedido, e eu sou só sua secretária. - o sorriso que estava em seu rosto, agora nem existia. - a gente tem que acabar isso que a gente tem. Nesse exato momento pode ter algum paparazzi tirando fotos, e todos vão falar que você tá tendo um caso comigo, é que eu só estou com você por interesse. Eu não estava com você por interesse, não sou assim. Mas não quero passar por isso, Dylan. Me desculpa. Sei que estou sendo egoísta, por não lutar pela gente, mas... Ah, mas nada, a gente tem que acabar com tudo.
Ele não demonstra nenhum sentimento. A única coisa que ele fez, foi vim perto de mim, beijar minha testa e falar:
- A noite eu venho aqui. Vou resolver isso.
Que?
E antes que eu pudesse falar algo, ele entrou no carro e saiu.
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Bjs ❤😘
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Meu Chefe [Em Revisão]
RomanceMegan, mãe de gêmeos, que é fruto de um estupro, foi difícil para Megan, mas ela conseguiu arrumar a vida dela, bem longe de toda a tragédia de seu passado e agora com Dylan Clark em sua vida, tudo ficará bem... Bom, nem tudo.