Yugyeom ficou em silêncio.
― Eu espero que os meus pensamentos estejam errados. ― Entro no carro após Yugyeom. ― Há possibilidades de que ela tenha feito com ele, o mesmo que fez com os outros policiais?
Olhei para Yugyeom através do retrovisor superior do carro. Ele fitava as suas mãos algemadas.
― E você está indo para a boca do leão. ― Disse.
― O que?
Yugyeom passa a me olhar.
― Todos querem ficar longe, o máximo possível, mas... ― Pausou. Intrigado. ―... você não. O que te faz insistir nisso? Por que o meu problema te interessa tanto?
Suspirei.
― Talvez... nem eu mesma saiba.
(...)
― Essa é a sua casa?
Yugyeom suspirou.
― Minha casa fica em Namyangju-si. Não aqui.
― Eu sinto muito.
― Mas não deve. ― Disse.
Desci do carro e abri a porta do passageiro para ele.
― Posso retirar as algemas? ― Perguntei.
― Deve. ― Respondeu.
Destravei as algemas, finalmente libertando Kim Yugyeom. O mesmo passou ligeiramente suas mãos por seus pulsos, tentando cessar a dor que havia sido ocasionada por passar muito tempo com aquele objeto.
Caminhamos em direção a casa, entrando no local logo em seguida. Uma senhora, aparece na sala, correndo para arrancar um abraço de Yugyeom.
― Meu menino. ― Abraçou-o forte. ― Finalmente você está aqui. ― Disse. ― Eu estava com tanta saudade...
Yugyeom parecia feliz, e triste ao mesmo tempo por reencontrá-la.
― Estão te tratando bem? A velha bruxa ainda está causando problemas?
― E desde quando ela parou?
― Eu sinto tanto por isso... ― Limpou as suas lágrimas. ― Eu gostaria de voltar no tempo e tentar mudar tudo.
― Está tudo bem, Nora. Estou me acostumando a ser tratado como um monstro.
― Não diga isso...
― Eu irei para o meu quarto. Preciso sentir como é estar livre, mesmo que dure só por alguns dias.
― Está bem. ― Depositou um beijo na testa de Yugyeom.
Observei-o subir as enormes escadas da sua casa. De fato, era uma bela e enorme casa. Daria, talvez, duas da minha ou até mais.
― Seja bem-vinda, senhorita. ― Disse a mulher. ― Sinta-se à vontade. A madrasta de Kim Yugyeom só voltará a noite. Gostaria de beber algo?
― Obrigada. Mas, eu estou bem. ― Sorri agradecida.
― Se precisar de algo, é só pedir. Eu irei preparar o almoço preferido do meu menino. Eu sempre faço quando ele volta daquele lugar horrível.
― A senhora é algo dele?
― Eu cuido de Kim Yugyeom desde quando ele era somente um bebê, e quando a Sra. Kim morreu... ― Suspirou. ― Eu tento cuidar dele como uma verdadeira mãe. Sei que eu jamais serei como ela, mas... eu tento fazê-lo feliz. Mas parece que... a vida quer derrubá-lo. Privá-lo de ter uma juventude saudável e como a de todos os outros garotos da idade dele. ― Fica cabisbaixa. ― Se eu pudesse... Eu o tiraria daquele lugar. Sei que o meu menino não é louco! E muito menos chegaria ao ponto de matar alguém! Ele sempre foi gentil, carinhoso. Um anjo! Sei que teve turbulências em sua vida, mas não que fossem graves, ao ponto de ele passar a ser considerado como um monstro que todos temem. Ele não é assim!
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Overcast || Kim Yugyeom
RandomO caso de Kim Yugyeom a fascinava. Mas ela havia ido mais a fundo do que devia.