01 - Visiting him

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― Caso n° 119. ― Disse o policial. ― Srta. Park? ― Arqueou as sobrancelhas ao me ver se aproximar. ― É você quem visitará o Kim Yugyeom?

Concordei com as suas palavras. O policial me olhava surpreso. Quem seria tão louco ao ponto de se aproximar de um assassino em ativa, justo quando não possuía experiência o suficiente para saber como se defender?

― Você sabe o quanto perigoso é. ― Disse. ― E ainda mais... ― Abaixara um pouco o tom de sua voz. ― Você sabe que o seu pai não é a favor disso.

― Jinyoung. Meu pai não precisa saber de tudo. O caso do Sr. Kim é interessante. Eu me tornarei uma policial em breve, então... eu preciso entender como tudo funciona. Além de que é apenas uma visita. Irá ficar tudo bem.

― Ainda não estou de acordo com isso. ― Respirou fundo. ― Você ainda não é uma policial. Ainda está em treinamento! Você pode não saber como se defender.

― Não me subestime, Park Jinyoung. Posso não ter experiência o suficiente para me defender, mas sei como usar uma arma.

Park Jinyoung soltou um suspiro.

― Então... leve dois de meus meninos com você. Mesmo que tenha uma grande proteção naquele hospital, você estará sozinha com ele dentro de uma sala fechada.

― Tudo bem, Jinyoung. ― Sorri agradecida.

(...)

Talvez muitos não me entendessem. Talvez eu fosse mais louca que o próprio louco. Mas casos em que nem mesmo a polícia consegue resolver, sempre me chamaram a atenção. Kim Yugyeom foi um destes.

Há seis anos, ele foi levado pela família para uma clínica de reabilitação por se envolver com drogas. Até então, poderia ser algo comum, mas inexplicavelmente, Kim Yugyeom passou a não ser apenas mais um dependente químico, mas a matar pessoas.

O impressionante é que ele não tinha rastros de alguém com algum distúrbio psicótico. E por algum motivo, a própria família o acusou e entregou o caso para a polícia. E após isso, os fatos só vieram aumentando e ficando cada vez piores. Mais mortes surgiram e todas apontavam para ele.

Meu pai era a favor de que Kim Yugyeom fosse morto. Segundo ele, Yugyeom já estava um psicopata completo, e se não fosse parado o quanto antes, coisas piores iriam acontecer, porém, meu pai não poderia fazer nada até o momento em que o próprio Kim Yugyeom se manifestasse. E ninguém, nem mesmo a polícia em peso, conseguiu fazê-lo falar algo.

O resultado não seria ele culpar a si mesmo, mas contar o porquê de ele vir matando as pessoas sem motivo algum. Se ele ainda não foi diagnosticado com uma doença psicológica, o que o levou a se apresentar com uma?

― Srta. Park? ― Disse a enfermeira ao me ver se aproximar da recepção do hospital psiquiátrico. ― Você é quem irá falar com o Kim Yugyeom? ― Perguntou e eu afirmei. ― Eu te levarei até a sala de visitas. Ele já se encontra lá.

Eu, junto aos dois policiais que Jinyoung mandara, seguimos a enfermeira por um longo corredor a caminho da sala de visitas.

― Ele pode estar meio sonolento agora. Tivemos que aplicar um sedativo mais cedo. ― Avisou a enfermeira. ― Sempre que a madrasta vem visitá-lo, ele fica um pouco agressivo.

Abrindo a porta da sala, logo dei de vista com o garoto. Ele estava sentado em uma cadeira, e seus pulsos estavam presos com algemas, sendo um método que a polícia havia sugerido ao hospital para que Yugyeom não causasse problemas.

Como a enfermeira havia avisado, ele estava meio sonolento. Adentrei e me aproximei do jovem garoto sentado ali.

O seu olhar com as pálpebras pesadas se direcionou até mim.

Overcast || Kim YugyeomOnde histórias criam vida. Descubra agora