Umedeci os meus lábios e observei o caminho que Yugyeom traçava até o interior da casa, antes que eu o traçasse também.
― O jantar está pronto. Não sei se a comida irá agradar o seu paladar. O meu menino Yugyeom adora a minha comida, mas... A senhorita deve ter um gosto mais refinado. ― Nora dizia um pouco envergonhada.
― Não se preocupe. Sou apenas uma encarregada de cumprir com as leis do meu país, não se sinta na obrigação de me dar do bom ao melhor.
Yugyeom solta um riso baixo ao ouvir o que digo.
― Ora, você falando desta forma, me deixa até sem jeito... ― Escondeu sua face entre suas mãos por alguns instantes.
― Não querendo estragar o clima entre as duas, mas... eu estou com fome! ― Interrompeu.
― Oh. Desculpe. Vamos comer, vamos comer.
Nora nos levou até a sala de jantar. Ela parecia ter abusado de si mesma para preencher aquela mesa fartamente.
― Eu espero que seja o suficiente. ― Disse ela.
― Nora, você não precisava ter feito isso tudo... até parece que é uma família que irá jantar. ― Disse Yugyeom.
― São minhas boas-vindas! ― Seus olhos fecharam-se na mesma medida que sorria.
― Você deve parar de exigir tanto de si mesma para agradar os outros.
― Aish... ― Resmungou. ― Eu ficarei chateada se você continuar dizendo essas coisas. Irei sentir que toda essa comida foi em vão.
― N-Não pense assim. Iremos comer bem! ― Sorri tentando valorizar o duro trabalho da senhora. ― Mesmo que Yugyeom diga essas coisas, sei que ele está satisfeito pelo o que a senhora fez por ele.
― Mi-Cha virá? ― Perguntou ele friamente, mudando de assunto.
― Você sabe que ela não dá satisfação do que faz ou do que deixa de fazer para ninguém. E eu sou apenas uma empregada que cuida da casa. Se bem que... aqui está mais parado do que o de costume. Há dias que tem nem o que arrumar, já que atualmente, Mi-Cha só vem para casa à noite, e não é nem todos os dias.
― Talvez haja outra casa que ela vá? ― Questionei.
― Meu pai deixou somente esta casa e a casa em Namyangju-si, mas ela já foi vendida. E por enquanto, Mi-Cha não tem o direito de comprar nenhuma propriedade no nome dela, até porque ela não tem recursos para isso.
― E o testamento do Sr. Kim a proibia de fazer isso também, até que a herança de Kim Yugyeom saísse. E a dona Mi-Cha não tem amigos íntimos para ir à casa deles.
― Sr. Kim a proibiu de possuir propriedades até que a herança de Yugyeom saísse? Então... ― Logo me lembrei do dia em que me escondi debaixo da cama do hospital e ouvi as coisas que Mi-Cha havia dito. ― Ela realmente pretende...
― Sim. Me matar. ― Yugyeom cruza os braços ― Mas não é a herança que a impede. Ela deve estar procurando uma forma singela para fazer isso. Afinal, ela não quer receber a culpa.
― Me dói tanto saber que... eu sei de tudo e tão pouco posso fazer. ― Nora suspira.
― Não se afete por isso, Nora. Enquanto ela estiver à procura de uma forma discreta para me matar... talvez o jogo mude. ― Deu de ombros.
― Sim. Tudo é capaz de acontecer. ― Digo. ― Vamos comer? Precisamos nos alimentar bem, se quisermos continuar todos fortes diante essa situação.
― Ela está certa. ― Sorriu Nora.
― Estar bem alimentado não mudará nada. ― Murmurou Yugyeom.
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Overcast || Kim Yugyeom
RandomO caso de Kim Yugyeom a fascinava. Mas ela havia ido mais a fundo do que devia.