(...)
Soltei um suspiro ao ver um sorriso debochado nos lábios de Yugyeom. Três dias se passaram, e a cada dia, eu treinava ainda mais intenso.
― Qual é o resultado? ― Perguntei, enxugando o meu suor.
― Resultado? ― Yugyeom ri. ― Você teve treinamento policial, Park Hana. É você quem deve saber disso.
― Mas eu nunca matei ninguém.
― Hm... Ótimas palavras para dizer ao garoto que era drogado pela madrasta para matar pessoas ― Diz irônico.
― Eu não estava me referindo a você ― Reviro os olhos.
― Esse seu novo hábito de agir friamente... Já está sendo algo irritante, Park Hana ― Diz, demonstrando que já estava exausto daquela situação.
― Não estou agindo friamente. Apenas estou focando em meu objetivo.
― E qual é ele? Matar geral?
― Você não sabe como eu me sinto, Kim Yugyeom.
― Você também não sabia como eu me sentia, quando me conheceu ― Fixou o seu olhar ao meu.
Yugyeom estava sentado em uma velha cadeira, escorada nas portas de madeira corroída do galpão. Ele observava serenamente o meu esforço, mas sempre observando com um ar debochador.
― Eu apenas quero que paguem pelo o que fizeram.
― Hana... Essa luta não é sua.
― Não? ― O olhei incrédula. ― Minha mãe está morta. Não sei quem é o meu pai. Agora não sei de onde eu vim. Eu estou perdida. E só saberei voltar ao patamar que eu estava antes... Quando todos que esconderam a verdade de mim... Pagarem o preço.
― Isso também vale para Mark?
Questionou Yugyeom, sem tirar os olhos de mim.
― Mark é outra situação.
― Vocês já namoraram?
― Eu era apenas uma garota quando isso aconteceu. Mas... é passado agora. Tuan é apenas amigo meu.
― Você deve sentir algo por ele ainda.
― Isso é um interrogatório sobre minha vida?
― Você fez o mesmo comigo ― Deu de ombros. ― Apenas quero saber como é sentir algo por alguém.
― Huh? ― Franzi o cenho. ― Você já deve ter passado por isso.
― Não.
― O que? ― Digo perplexa.
― Eu perdi metade da minha vida odiando uma única pessoa. Não tive tempo para me entregar a esse tal sentimento que vocês chamam de "amor". Nem sequer tive tempo de amar a minha mãe... Porque ela morreu antes de eu entender o que era se importar com alguém.
― E você já se importou com alguém em sua vida?
― Em meu peito guardo sentimentos que ninguém nunca irá entender. Porque já cheguei a me importar com alguém que nunca existiu. Apenas em minha cabeça. YunDae. Ela sempre aparecia quando eu estava tendo um surto. Quando eu queria ou achava que iria morrer.
― YunDae?
― Foi uma alucinação que eu desenvolvi quando Mi-Cha me drogava. Que quando eu pensava em me matar... A garota aparecia... E me impedia ― Analisou bem o meu rosto. ― E pensando bem... Você me lembra ela.
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Overcast || Kim Yugyeom
AléatoireO caso de Kim Yugyeom a fascinava. Mas ela havia ido mais a fundo do que devia.