11 - Don't believe anyone

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Apressei os meus passos em direção a recepção.

― Enfermeira! O... O homem naquela maca... Qual o nome dele?

Meu coração não parava sequer um segundo de bater mais rápido que o normal.

― Não encontramos informações especificas sobre ele. Por algum motivo, ele não carregava os seus documentos. Apenas sabemos o seu sobrenome. Tuan. Policial Tuan era como estava na identificação do uniforme dele.

Pressionei fortemente os meus lábios. O aperto em meu peito apenas se expandiu ainda mais e o frio em meu coração cessou, adaptando-se a um fervente batimento sem pausa, porém, aquele frio que estava em meu coração deslocou-se até a minha barriga, anunciando que eu possuía um enorme receio de que algo pior acontecesse.

― A senhorita está bem? Está pálida. Conhece o rapaz da maca?

Eu sabia que ele não estava morto. Claro que não estava. Porém, a perca de sangue transformava o seu estado em um estado grave, o que poderia deixar até mesmo os médicos aflitos. Mas eu ainda tinha esperanças.

― Ele... ele é um amigo... eu...

Me afastei da recepção e segui caminho ao corredor por qual Mark havia sido levado. Eu precisava vê-lo. Precisava saber se ele estava bem. Se estava vivo.

― Moça!

Escutei a voz da enfermeira feito um eco em meus ouvidos.

― Você precisa descansar!

Fechei meus olhos ao de repente me sentir zonza.

― Moça!

Apenas fui capaz de sentir os braços de alguém atrás de mim, dando apoio ao meu corpo, antes de minha visão se escurecer...

(...)

Dolorosamente abri os meus olhos. A luz da iluminaria do quarto me deixara cega por alguns instantes.

― Onde está meu pai?

Cochichei ao ver a presença de Jinyoung.

― Você deveria regular a sua alimentação, Park Hana. Está ficando fraca.

― Onde está Im Jaebum?

― Ele está na central de polícia ― Se aproximou da maca. ― Fiquei sabendo que Mark foi trazido para cá em estado grave.

― Você disse que ele havia ido para Los Angeles. ― Murmurei.

― Eu pensava que ele havia ido. Foi o que os outros policiais me disseram.

― Jaebum disse que Mark pediu permissão a você para ir.

― Disse? Que estranho. Jaebum deve ter se confundido ― Deu de ombros.

Eu já formulava uma resposta para aquilo em minha cabeça, então optei por mudar brevemente de assunto.

― Como está Haru?

― Ela está bem. Está na casa dos avós.

― Desculpe por... ter feito quase toda a unidade de polícia ir procurar você. Eu... não queria.

― Está tudo bem. Me senti um adolescente rebelde por um momento ― Riu.

― Você já se encontrou com Mark? Sabe se ele está vivo?

― Os médicos não me deixaram entrar. Mas acalme-se. Mark é um garoto forte. Ele irá se recuperar logo.

― Quem pode ter feito isso com ele?

― Estamos investigando a região onde Mark foi encontrado. Alguém está com os documentos dele. Não sei porque um ladrão se importaria de ficar com os documentos da vítima.

― Você acha que ele foi assaltado?

― Estamos esperando os resultados das câmeras que tinham aos redores da região, mas tudo indica que realmente tenha sido um assalto. Ele estava caído no final da estrada em direção à Namyangju-si e levaram o carro dele.

― Como sabe se... ele não tinha ido com outra pessoa?

― Policial Wang afirmou que após os dois saírem, Mark foi direto para casa. Talvez ele tenha decidido ir fazer uma visita em algum lugar e isso acabou acontecendo.

― E por que ele passaria tanto tempo fora da cidade?

― Há hotéis por aí, Hana ― Me observou ― Por que? Você suspeita de algo ou sabe de alguma coisa? ― Me olhou suspeito.

― Não. Nada demais ― Dei de ombros.

Desculpe Jinyoung, mas nem mesmo em você eu podia confiar. Não naquele momento. Não sobre aquele assunto. Não depois de Mark ter aparecido machucado daquela forma, depois que eu praticamente havia clamado para que meu pai o trouxesse de volta de seja lá o lugar onde ele estava.

― Você sabe que pode confiar em mim, Park Hana. Sabe que se algo estiver acontecendo ou te afetando, você pode contar para mim.

― Eu sei... Jinyoung. Mas é a verdade. Não há nada demais. Minha cabeça apenas está confusa esses últimos dias.

― Apenas cuide da sua saúde, está bem? Você anda muito descuidada ultimamente ― Alertou ― Eu terei que ir. Voltarei pela manhã. Até logo!

Jinyoung caminhou até a saída. Olhei de relance para o relógio sobre o criado-mudo e vi que já era um pouco tarde. Me levantei da maca e segui caminho novamente em direção a saída do quarto.

― A senhorita deveria estar descansando.

Uma das enfermeiras apareceu assim que eu estava prestes a sair.

― Eu só...

― O seu pai me deu ordens para que não a deixasse sair do quarto. Em hipótese alguma.

― Eu só queria visitar um amigo...

― Em hipótese alguma, Senhorita Park. Volte para dentro.

Ouvi o que a mulher disse e soltei um suspiro voltando para o interior do quarto.

Mas não importava como, eu ia sair dali e ia ver Mark.

(...)

Esperei por alguns minutos que nenhuma das enfermeiras voltassem ao meu quarto ou ao menos passassem por perto. Eu precisava sair dali sem que ninguém percebesse. E eu precisava ser a mais rápida possível.

Planejei o trajeto que eu iria percorrer e tentei seguir como a mais sorrateira possível. Caminhei pelo corredor e fui observando as identificações das pessoas que estavam no quarto ― pequenos papéis que ficavam pregados temporariamente na porta com o nome de quem estava lá dentro ― até que encontrei o de Mark.

Empurrei lentamente a porta, verificando se não havia nenhum enfermeiro lá dentro. Ao entrar, aproximei-me ligeiramente da maca.

Ele estava realmente mal. Mas ao menos havia sobrevivido. Aproximei a minha mão das costas da sua e a acariciei lentamente.

― Eu fiquei tão preocupada... ― Murmurei. ― Quem fez isso com você? E por que?

Respirei fundo. Senti sua mão se mexer embaixo da minha. Ele lentamente estava acordando. Deslizei o meu olhar para a sua face e logo vi os seus olhos semiabertos.

O seu... pai... ele... ― Cochichou ― Não... acredite... em ninguém...

Overcast || Kim YugyeomOnde histórias criam vida. Descubra agora