Ao badalar do relógio Lucy apertou o lençol que cobria seu corpo, ainda lembrava-se das palavras do duque, de que ele prometera vir lhe ver ao badalar da meia-noite, como em seu conto escrito na coluna de Lord Simmons. Olhou para a janela que estava aberta, a brisa noturna balança as cortinas, como uma promessa sussurrada e ela fechou seus olhos predendo sua respiração ao ouvir o barulho da porta de seu quarto ser levemente aberta. Entraria Dominic pela porta em vez da janela? Ajeitou-se sobre a cama para que ele à encontrasse bela, mas para sua frustação era apenas Belinda. Maldição, aparecera bem naquele justo momento. Lucy fechou seus olhos virando-se para o lado, ouvindo os passos de sua amiga achegarem-se à ela.
—Lucy? —sussurrou, mas não obteve resposta alguma.
—Vim proteger-te daquele escarnecedor endiabrado. Deitarei contigo, Protegerei vossa honra. Se não desejas compartilhar à cama comigo me contestes.
Lucy continuou em silêncio fingindo estar dormindo e ao sentir Belinda aconchegar-se ao seu lado da cama abriu seus olhos fixando-os nas cortinas dançantes. Anseiava ver o corpo de Dominic atravessá-las e, então, perdurou seu olhar ali, até que sua mente lhe enganasse com situações desejadas, até que não sentisse o pesar de suas pálpebras e a realidade misturar-se à imaginação. Sonhou com o duque fazendo real à promessa de lhe visitar durante o badalar do relógio, o que não aconteceu. Mas, isso fora apenas o começo de suas frustações, parecia não pertencer mais ao seu querido club de chá, nenhum convite ou carta de Elizabeth, e se à mesma não comunicava-se consigo, tinha certeza que Dayse e Matilda não o fariam. Sentia-se abandonada. Anseiava ver Dominic, e depois de uma semana, o mordomo lhe avisara que o senhor Cunningham estava lhe esperando na sala principal. Ela no mesmo momento soltou seus livros e desceu apressadamente pelas escadas ouvindo a voz de Patrick, lhe dizendo que esse não devia ser o comportamento de uma dama. Ignorou -o e ao chegar à porta parou seus passos para recobrar à respiração e perder a cor rosada de seu rosto ao correr. Passou as mãos em seu vestido, em sua cintura e pescoço, logo as mesmas subiram por sua nuca até seu cabelo, estava lindamente solto. Levemente ondulados na raiz e caindo em lindos cachos de louro escuro. Não lhe importava seu cabelo, Dominic teria de o ver alguma hora, ele tinha que à ver sempre linda. Então sem bater e por impulso Lucy empurrou a porta carregando um sorriso que murchou gradativamente ao ver quem estava conversando com sua mãe, era Aidan, apenas o charmoso e encantador Aidan.
—Oras Lucy, não trocaste de roupa e vosso cabelo. Perdoe-me Lord Aidan, logo regressaremos. —levou sua filha pelas porta arrastando-a.
—Como apareces assim? —questionou a mãe. —Ele tens que te encontrar belíssima, ou já sabes, o perderá.
Lucy ficou calada enquanto Belinda e sua mãe à arrumavam e falavam coisas que ela mal compreendia, pensava em Dominic e em quando ele viria lhe visitar, o quanto sentia saudades de sua presença e até de seu sorriso maligno. Mas, o que sentia mais falta era de seu atrevimento e de seus beijos. Como podia? Mal o conhecia, se passara apenas uma semana e era torturada por esse anseio.
Aidan colocou as mãos nas costas e olhou para o céu e em seguida para as folhagens das árvores, as pessoas distantes e para Lucy que olhava para o chão, mas parecia pensativa.
—O que tens querida Lucy? Não eres da classe das quietas e caladas.
—Não sou da classes de muitas mulheres...
Aidan arqueou uma sobrancelhava observando a moça olhar para o lado oposto. —Diga-me o que lhe atormentada e então responderei a uma pergunta, pode ser qualquer uma.
—Por que vieste tú e não teu irmão?
—Ainda não disseste à ele que o ama, então isto significa que ainda não escolheste um dos irmãos Cunningham.
Ela ainda olhava para o horizonte, para qualquer lugar que não fosse os lhos de Aidan. —Por que este jogo?
—Era apenas uma pergunta e a fizeste ao responder a minha.
—Todos encontram gozo em divertisse de mim não é mesmo Milorde? —suspirou frustada.
—Perdoe-me Lucy. Queria apenas animarte. Poderia dar-te um abraço agora mesmo, para consolar-te e dizer-te que não te aflijas. Mas estámos em público, não podemos. Já perdemos tempo de mais minha querida, principalmente Dominic, precisamos escolher o certo, algo que além de reluzir seja verdadeiro. Somos tão infelizes, são tantos compromisso e regras que temos que seguir, que somos obrigados à obedecer, que uma parcela infimera, percebe talvez, tarde ou quase tarde, que pode tentar fazer diferente. Nunca desejamos ser com nosso pai e enxergamos, somente agora, que não desejamos ser como nossa mãe, que apenas passou à vida suportando seu marido, não lhe sorrindo, não lhe cuidando, não lhe dando alegrias ou amor, mas apenas cumprindo um papel, como em um teatro. Não te encontra deprimente gastar à vida em coisas tão mortificadas e ezentas de amor? É como ter o trigo e comer suas espigas em vez de obter o tão essencial pão. Não é viver, trata-se apenas de existir.
Lucy olhava profundamente em seus olhos verdes, e fixou-se ali, por longos segundos, sem saber o que pensar ou o que dizer. —Lady Quinn. —murmúrou ela lembrando do que lera pela manhã. A coluna de Lady Quinn nunca lhe fizera sentido algum, até começar à amar alguém.
—Diga à ele que o ama, ele se casará com vós, é tudo o que ele procura: viver. Não sabes o que esperar da vida Lucy, ela apenas nos toma e se você não souber viver, nunca ganhará. Até quando um duque pode esperar?ou melhor dizendo, duques esperam? Ame-o, faça -o feliz.
Seus calcanhares se moveram mais uma vez e ela deu uma volta por seu quarto antes de voltar a se olhar pelo espelho. —Eu escolho o duque de Burns. —falou treinando pela milésima vez.
—Eu escolho casar-me com Dominic. Marque a data de nosso casamento. —respirou fundo e sentiu a presença de alguém. Olhou para à porta e viu seu irmão Reuben observando-a paralisado.
—Reuben? O que fazes espionando como um ladrão?
—Escolhes Dominic? Tens certeza? O ama Lucy, o ama ou rechaça Aidan por ele ser apenas o irmão de alguém com título.
—Assim me insultas Reuben. Entre e feche à porta, ou melhor, saia e à feche.
—Perdoe-me... Preciso que me diga que entendeu a regra do duque.
—A regra de seu amigo quiseste dizer.
—Lucy...
—O que desejas dizer-me irmão? Diga-me de uma vez.
—Ama-o? Se não o ama serás infeliz.
Lucy juntou suas mãos apertando seus dedos. —Amo-o querido irmão. A coluna de Lady Quinn faz sentindo para mim agora. Meu coração quer sair de meu peito à cada vez que o vejo e que estou perto dele. Corre como uma égua veloz... Ele perturba minha mente, perdura lá, enlouquecendo -me... Anseio sua presença e ele não vem ver-me... Desejo fazê -lo sentir o gosto da felicidade. Serei eu à fazê -lo irmão. Casarei com Dominic.
Desculpem à demora, estou tão atarefada que só tenho o tempo de dormir. Beijos e espero que tenham gostado ❤♡😘😘
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O Destino de Lord Simmons
Ficção HistóricaObviamente que Lucy aceitaria o pedido de um duque para um baile e, qual dama recusaria? Se o prêmio de um jogo de cartas fosse uma polca, ela também não se negaria. Seria apenas uma dança, não era nada absurdo. Entretando, Lucy fugia de ser apres...