O Destino de Lord Simmons

• 17 • Descanse

  Dominic segurou as mãos de Lucy ali dentro da carroagem, haviam acabado de deixar o castelo e de falar Aidan sobre o que havia acontecido; ele cuidaria de tudo enquanto partiam para à Escócia. —Você está bem?

—Eu à matei? —indagou perplexa.

—Não, mas assustou-a. Ela pensará mil vezes antes de fazer algo contra nós.

—Ela acredita que tu eres lord Simmons. — o olhou nos olhos sendo saculejada pela carroagem.

—Nada mais que à verdade...  —acariciou o rosto dela com a ponta de seus dedos fazendo-a fechar os olhos. —Estás suada...

—Fora um susto em demasia... — murmurou fazendo o duque olhar para seus lábios e os desejar ao ponto de não poder se conter. Ele inclinou à cabeça e o balançar brusco da carrogem o jogou antecipadamente sobre os lábios de Lucy que o recebeu com gozo.
  Ele beijou sua pele suada e fria desejando despi-la por completo, mas não podia, à criada estava sentada bem do outro lado. —Necessitas descansar, encontra-te exausta.

—E suja... Perdoe-me...

—Teu suor... Apenas me tortura com imagens...  Ele poderia se fazer onde está por outro motivo...

Ela levou os lábios até o ouvido dele para perguntar. Seus olhos estavam fechados e ela podia sentir o cansaço pesar sobre cada fibra de seu ser. — E por qual seria vossa graça?

—Tua mãe não conversara contigo?

—Apenas me disse que tenho a fechadura e tu à chave. Que tu saberá me ensinar da forma que te agrada.

—E sua criada nunca dissera nada?

Ela sorriu abrindo os olhos e vendo sua jovem amiga com o rosto fora da janela. —Belinda parece mais uma irmã mais velha, sempre me protege.

—Mas hoje foste tu à protegê-la... —sussurrou no ouvido feminino mordiscando-o.

—O que estás fazendo? —contraiu seu corpo.

—Não te agradas?

—Me faz sentir coisas esquisitas...

—Sentes desejo de ser desflorada por mim...

Ela voltou à abrir os olhos e os fixou nos escuros de Dominic. —Se for isto, sinto-o...

Ele voltou à acariciar o rosto feminino e a puxou para descansar sobre o seu peito. —Descanse, minha Lucy...

E ela inalou seu odor ao respirar fundo, fechou os olhos e descansou como o duque e agora seu marido pedira.

Ao chegar na casa de campo situada na Escócia, Dominic nem mesmo apresentou sua propriedade à nova esposa, ele apenas mandou lhe preparar um banho, à janta e a cama. Tudo seria no quarto da duquesa.
   Lucy suspirou vendo seus joelhos fora dá água. —Por que ele foge?

—Te casaste antes de ontem, mal chegaste, nem teu banho terminaste
... Pare de pensar nisto.

—É ruim? Então por que sinto um calafrio tão agradável?

—Não acha que devíamos falar de Lord Simmons?

—É minha lua de mel, não estamos em Londres e não quero falar disto agora. Estás bem, isso é o que importa. Diga-me, como funciona o acasalamento?

  Belinda molhou delicadamente os cabelos de Lucy os enxaguando. —Logo saberás...

—Linda....  Diga-me, salvei tua vida.

—Se começas à combrar teus favores então começarei também à combrar os meus.

—Por favor...

—Ele te tocará de uma forma que quando notarás, já estarás desflorada. Apenas aguenta-te, à pequena dor que sentiras —se ele for gentil com vós — é apenas à prova de vossa pureza, assim como à mancha escalate que deixaras nos lençóis.

—Sangrarei? —perguntou preocupada.

—Vossa mãe sangrou, eu sangrei... É tão normal quanto vossa regra.

—Quando ele toca-me, perco-me... Esqueço até de meu nome e pareço estar no céu.

—Estás enamorada Lucy... Perdidamente enamorada.

—Eu o amo. —sorriu. — seremos muito felizes.

—Sim querida amiga...  Serão...  Agora levanta-te, já chega de humidade, não podes ficar enferma, precisas alimentar-te bem e repousar.

—Já repousei o suficiente, e nos braços de meu marido.

—Não me importa, fora ele mesmo que mandara. Levanta-te de uma vez ou sofrerá as co sequências.

—Brigaremos aqui e então? —sorria largo.

—Como vossa senhoria desejar. — esticou à toalha vendo Lucy pôr -se em pé e a envolveu secando-a de leve.

Dominic caminhou de um lado para o outro e balançou a cabeça mexendo seus cabelos negros.

—Como fiquei sem meu cliente por sua culpa, me despejaram e fiquei sem lar, vim para cá. Sou sua prima francesa distante, Amy Willians.

Ele deu mais voltas em seu escritório e encarou Abigail acomodada sobre à poltrona.

—Não devias estar aqui.

—Tu havia me dito que não se casarias, então achei que não seria de todo mal esperar-te aqui. —levantou-se aproximando-se de Dominic por trás, sorrateiramente.

—Não destruiria a vida dela...  Não poderia.

—Nick... —murmurou atrás dele fazendo -o suspirar. Era assim que ela chamava-o quando eram apenas amigos. —Ainda somos casados...

—Abigail está morta, tu és Amy...

—Eu o amo Diminic... —o abraçou por trás... O amo e agora posso ver.

—Demoraste dois anos para enxergá-lo?

—Sim...

—E por que me amas?

—Porque tu me amou primeiro.

Ele tocou as mãos femininas acariciando-as e quando à mulher ruiva sorriu ele tirou os braços que envolviam sua cintura. —Acho melhor você ir para o seu aposento descansar. Amanhã é um dia cheio.

Ele ainda estava de costas e ela se afastou dele. —Boa noite, Nick. Até amanhã.

Ele fechou os olhos ouvindo os passos femininos se afastarem cada vez mais de si. Não sabia o que fazer.