Sarah deslizou os dedos pela lacuna da bandeja ao qual estava sobre á mesa. Eram lindos conjuntos de chá. Em verdade, magníficos. Entretanto, preocupava-se. Poderia admitir, ditar cada sílaba, pausadamente, que sentia saudades de sua filha querida. Criou-a por tanto tempo e, agora deixou-a. Como se acostumar com isso? E, ainda faltavam Callum e Bethany. Santo céu, sua vida estava passando por entre seus dedos.
Ao levantar os olhos encontrou os de sua filha que brilhavam, pareciam dançar com o sorriso que estampava ao ditar tudo o que acontecera em sua viagem após o casamento. Estava feliz então. Não devia preocupar-se tanto assim.—Eu estou muito feliz por você... —pensou alto fazendo com que Lucy e Annie lhe dessem atenção.
Sarah respirou fundo notando seu pequeno erro, e suspirou mais uma vez colocando sua xícara sobre á bandeja.
—Não dúvido mamãe. — lhe sorriu com amabilidade Lucy.
Annie olhou para a cunhada, balançou a cabeça na direção de Sarah e levantou-se lhe sussurrando que precisavam conversar.
Lucy apenas vigiou á partida de Annie e sentido-se confusa e então fraca olhou para sua mãe que servia-se de mais chá.—O que houve? —dedicou toda sua atenção á figura materna que usava de toda sua força para não derramar-se em lágrima.
Sarah apenas negou com sua cabeça, mexendo a colher de chá dentro da própria xícara. —Não houve nada minha querida. —provou do chá, tentando empurrar com o líquido o choro que ficara entalado em sua garganta.
—Mamãe... — pediu seu olhar, mas não o obteve e isto fora o bastante para que á fizesse livrar-se de sua xícara e sentar-se ao lado de sua mãe obrigando-a á fazer o mesmo com a sua. O olhar que a loira dedicou á matriarca á fizera tremer por dentro.
—ôh,querida. Eu sei que ficará tudo bem, mas é impossível não me afligir e não pensar nas milhares de possibilidades pela qual... Pela qual... Desejo toda felicidade deste mundo para meus filhos...
—Eu estou bem... —segurou forte as mãos de sua mãe e continuou olhando-a nos olhos para que pudesse passar toda a certeza que possuía. —Eu o amo e estou feliz...
—Perdoe-me á maneira com á qual permiti que isso acontecesse...
—Querias o meu melhor e me destes. É como dizes, "as mães sempre possuem á razão".
—Ah, minha querida! —abraçou bem forte a filha. — Estou sofrendo de saudades tua.
—Também sinto á sua, acredite...
—Com quem brigarei e reclamarei sobre aquelas fastidiosas lendas de horror?
—Callum e Bethany as adoram, devia proibí-los.
—Eles não amam tanto assim e, ao anoitecer possuem pesadelos... Voltarão para á escola e ficarei sozinha...
—Ah, mamãe... Pode vir quando desejares.
—Agora não é o momento certo, sei que fui inoportuna... Ao chegar aqui, mas precisava vê-la...
—Para mim não há problema algum...
—Já imaginou o que falarão de mim. Deixe-me tomar-me pela loucura.
—Isso chama-se alegria e não loucura.
—Que tipo de exemplo estou dando-te? Pelos céus...
—Mamãe... —lhe chamou á atenção fazendo-a sorrir.
—Pareço uma jovem ansiosa...
—Sim. —confirmou Lucy recebendo um olhar reprovador de sua mãe e logo outro sorriso trêmulo.
—O importante é que você O ama, ele á ama e ambos estão felizes... Isso que importa. —Voltou á abraçar á filha que á recebeu de bom grado, forçando pela primeira vez um sorriso, que para sua sorte, Sarah não podia vê-lo é muito menos desvenda-lo. Á amaria Dominic? Ou, apenas ela o fazia? Como podia sentir-se feliz e preenchida em um momento e no outro tão devastada e vazia?
Os dias se passaram e tudo o que Lucy achou impossível se fez. Elizabeth poderia sumir constantemente, mas sempre aparecia para lhe dar aulas de comportamento e etiqueta, incrivelmente estava se saindo muito bem como Duquesa. Parecia sentir a transformação que estava sofrendo e era incrível, ao mesmo tempo que perturbador.
—Então, Frederick se transforma em um lobo, quando a lua torna-se exuberante. Somente naquela data de lua, quando torna-se tão cheia.
Lucy ajeitou todos os documentos colocando-os dentro de uma capa dura de couro, puxou a gaveta da escrivaninha de seu marido e os guardou ali, fechando-a em seguida na chave.
—Ouve-me... Toma. — lhe estendeu á pena Belinda.
Lucy apenas lhe olhou rapidamente e desviou seu olhar. Não queria, não sentia-se animada. Era como se faltasse algum tempero em sua vida e sabia que esse tempero eram as palavras de Dominic. Ele nunca lhe dissera que á amava. Nunca... Já possuía três meses de casados e não lhe disse uma vez sequer. Ele sempre chegava e á levava para cama e, se estivesse já na mesma ele á acordava e lhe fazia o amor,
sem lhe dizer uma única vez...
E toda vez que pensa nisto, podia sentir seus olhos arderem... só Deus sabe o quanto ela o ama, mas e ele?
O sonho de toda sua existência não lhe seria dado? Seu destino seria amar alguém ao qual poderia viver feliz, mas que jamais lhe amaria? Amaria então ele Abigail?
Isso explicaria tudo,
faria total sentindo.Lucy tomou á pena das mãos de Belinda e pediu para que ela se retirasse e pôs-se á escrever. Nunca imaginou-se fazendo aquilo, mas se era o que Dominic necessitava, ela o daria. "Queria o ver feliz por completo e, isso, não era viver com alguém ao qual não podia amar." Escreveu na última linha de sua carta, antes de "Duquesa Lucy Cunningham" é a selou.
Quem é vivo sempre aparece RS, bjs😘😘
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O Destino de Lord Simmons
Ficción históricaObviamente que Lucy aceitaria o pedido de um duque para um baile e, qual dama recusaria? Se o prêmio de um jogo de cartas fosse uma polca, ela também não se negaria. Seria apenas uma dança, não era nada absurdo. Entretando, Lucy fugia de ser apres...