Luz
Depois de uma manhã agitada resolvi falar com Afonso sobre eu almoçar com a irmã dele afinal vai que ele não gosta da ideia. Bati na porta e entrei, e logo ele me disse sobre o caso do amigo dele. Sei que não estou mais na vara de infância mas posso e quero ajudar.
-Afonso, amanhã vou com você até onde seu amigo está, mas agora vou almoçar com sua irmã ok?
-Ok, minha irmã precisa de pessoas boas, e pela sua atitude ao defende-lá hoje sei que você pode ajuda-lá, obrigada Luz.
Senti minhas bochechas ficarem vermelhas, afinal era um elogio do melhor juiz do Rio que é um homem realmente lindo e que me deixa fascinada.
-Não foi nada tenho que ir.
Sai quase correndo e peguei minha bolsa e fui pro elevador e quando ele abriu dei de cara com Helene, Henri e Matteo me olhando sorrindo.
-Olá.
Murmurei baixo, sem graça.
-Olá Luz, meu irmão ainda. está aí?
Matteo perguntou e apenas fiz que sim, então ele saiu do elevador me deixando sozinha com Helene, que me olhava com um sorriso no rosto.
-Vamos almoçar e então você me conta o que meu irmão disse pra deixar você assim.
-Ele não disse nada.
Falei me lembrando da Deborah.
-Combinei de almoçar com a Deborah também, ela pode vir com a gente Helene? Ou nosso almoço fica pra outro dia então?
Helene sorriu.
-Ela vem com a gente.
Assim que chegamos no térreo Deborah estava parada falando ao telefone.
-Filho, mamãe promete que vai estar no seu jogo está bem? Agora seja bonzinho com a Luiza.
Paramos atrás dela que nos olhou um pouco assustada mas sorriu.
-Oi Luz, oi senhorita Helene.
-Vamos almoçar Deborah? A Helene vai com a gente.
Eu disse estudando as reações dela, e então Helene falou.
-Me chame só de Helene está bem? Você trabalha aqui também, então é minha colega de trabalho.
Deborah assentiu meio sem graça, mas não falou nada, e então Helene já estava nos puxando para o restaurante do outro lado da rua. Enquanto almoçamos percebi que Helene era animada, e não deixava nada abate-lá, enquanto Deborah era calma e reservada, e eu era eu mesma.
Enquanto bebiamos um café Henri chegou e olhou sério pra Deborah que ignorou, então ele sorriu pra mim e eu apenas ergui a sobrancelha enquanto Helene sorria pro irmão.-Helene, a consulta do bebê é daqui a pouco não é? Vamos então, nossos irmãos vão nos encontrar lá.
-Vamos sim irmãozinho.
Logo Helene saiu e Deborah ficou parada olhando pro nada, e eu resolvi abraça-lá pois era o que ela precisava.
-Um dia quando você confiar em mim pode me dizer o que aconteceu ok?
Ela assentiu e voltamos ao fórum, onde passei o resto do dia trabalhando e sentindo a falta de um certo juiz.
-Tira isso da cabeça Luz, ele é apenas seu colega de trabalho e praticamente seu chefe.
Depois das seis da tarde fui pra casa, e arrumei uma bolsa com dois vestidos leves afinal Angra esta quente e não vamos ficar mãos de dois dias, e então agora que lembro que não tenho o contato do Afonso. Respiro fundo e vou até a cozinha onde coloco uma taça de vinho pra mim e quando vou beber a campainha do meu apartamento toca e quando abro a porta dou de cara com um belo par de olhos verdes que me tiram fora de órbita, e me aquecem.
-Boa noite Luz, vim ter certeza que era esse o seu endereço e marcar a hora que eu viria te buscar e realmente conversar sobre esse amigo que vamos ajudar.
-Claro Afonso, entre.
Digo terminando de abrir a porta e indo pra sala com ele ao meu encalço, então me lembro que estou apenas com uma camiseta fina, e um shortinho curto, coro um pouco, mas me sento no sofá, e ele vestido casualmente também se senta.
-Vamos pra Angra as cinco e meia da manhã pode ser?
-Sem problemas.
-Então acho que você sabe que realmente existe máfias não? Até porque lidamos com elas em alguns casos. Esse meu amigo faz parte dela.
Respiro fundo porque não vou ajudar um mafioso.
-Eu posso indicar uma pessoa pra você mas não vou ajudar mafioso algum Afonso.
Vejo que ele respira fundo.
-Olha Luz, você lembra aquele caso que saiu na mídia que eu resolvi sobre o tráfico de crianças pra Rússia? Esse meu amigo e o chefe dele ajudaram a prender parte da quadrilha e a trazer crianças de volta pra casa. Ele e a máfia da qual faz parte não fazem mal a inocentes apenas aos que os traem, roubam ou machucam a família.
Assinto, pensando um pouco, eu vou ajudar, ele não deve ser tão ruim.
-Ok vou ajudar.
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O Juíz - Série Federais Possessivos
RomanceAfonso Barbosa Neto sempre foi possessivo, arrogante e ciumento. Aos 37anos, o juiz federal lida com trafico de drogas e pessoas, Afonso nunca deixou que nenhum criminoso escapasse impune, cheio de principios e cafajeste, Afonso acha que nunca se pr...