Capítulo 15: Resgate nas trevas, parte 1

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A manhã dos quatro jovens já se iniciava de uma maneira corriqueira para os padrões deles, apesar de ainda ser extremamente aborrecedora para Tyler e Greg.

Joy: Sério que você consegue discordar de mim até disso?

Benjamin: Existe uma razão para eu discordar de você, ou você discorda disso?

Os quatro caminhavam a passos largos até a escola. Pararam por um segundo para o sinal fechado e tornaram a percorrer a rua assim que o sinal vermelho brilhou entre os dois outros.

Parecia que a briga entre Joy e Benjamin tinha um contrato que obrigava eles a discutirem de qualquer assunto que fora brotado em uma conversa. A dessa vez eram quadrinhos.

Tyler e Greg apertaram um pouco mais o passo, suspirando exaurido de sempre presenciarem essa situação tanto vergonhosa quanto repetitiva.

Benjamin não parecia nem um pouco feliz: Eu estou dizendo que as histórias em quadrinhos hoje em dia não fazem o menor sentido. Quer dizer, toda hora eles inventam um evento ou uma polêmica pra venderem mais edições. Mas cada vez que uma dessas coisas acontece, parece que todo o universo desses quadrinhos é completamente alterado. Se o leitor deixar de comprar uma edição, fica completamente perdido. E eu não vou nem falar desse novo politicamente correto que, do nada, está colocando as "minorias" como representantes de heróis, mesmo as histórias não vendendo nada.

Joy, por outro lado, esbanjava muito menos contentamento: Então eu acho que você não entendeu como funciona o maravilhoso mundo das HQs. Com certeza eu sou contra esse politicamente correto forçado, mas esses eventos são os que juntam esses heróis e fazem eles lutarem contra um mal maior.

Benjamin franziu o cenho: Mal maior? 80% dos eventos são só heróis vs heróis.

Seus bakugans, Akwimos e Coredem, em suas mochilas, compartilhavam os sentimentos de Tyler e Greg.

Akwimos: Meu Deus, cara. Como é que eles conseguem conviver?

Coredem: Até que eles começaram cedo hoje.

Greg, com um riso cansado: Então, Tyler, como parecemos ser os únicos normais daqui, o que conta de novo?

Tyler ficou pensativo, então respondeu: Eu plantei bananeira por 15 minutos enquanto bebia suco de uva.

Greg: Esquece, parece que eu sou o único normal aqui.

Tyler soltou uma risada e jogou seu olhar para o lado. Enquanto deslizava o olhar para as lojas que se passavam, ainda escutando como música de fundo a discussão diária do casal BenJoy, notou com o canto dos olhos uma figura bem familiar, que passava atrás de duas lojas, avistada pelo pequeno espaço entre as duas construções.

Tyler não perdeu tempo e foi direto para lá. Assim que vou esse vulto, suas suspeitas se mostraram corretas: Drake.

Drake se virava para ele. Deslizava seu olhar para a rua toda. Portava um olhar cansado, com um tom da mesma proporção: E aí.

Tyler parecia preocupado: Como assim "e aí"? Cara, você não aparece na escola há mais de uma semana. O que aconteceu? Tá todo mundo preocupado.

Tudo que recebeu de resposta foram as costas de Drake e uma fala seca: Não se mete no que não é da sua conta.

Depois disso, ele saiu em uma velocidade de passos que parecia que estava sendo perseguido.

Tyler pensou em ir atrás dele, mas foi impedido por Drago, que se abria em seu ombro: Tyler, não. Existem horas que não devemos nos envolver mesmo. E além do mais, as aulas já vai começar.

Bakugan: Guerreiros da LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora