As ruas se apresentavam calmas e pacíficas para Joy, que as atravessava vivamente e com alguns saltos alegres. Vestia sua blusa favorita preta de lã e uma saia marrom que ia até o meio de seu fêmur.
A luz do sol refletia seus hirsutos e curtos cabelos negros, dando a tênue refração para o céus. Novas fileiras e colunas de prédios se apresentavam, flanqueavam e se despediam dela num ritmo acelerado. O fundo era decorado com os sons de multidões indo e vindo e sinfonias desarmônicas de carros advindas do outro lado da rua. Mas aquilo não era o bastante para acabar com seu dia.
Estava indo em direção a casa de seu melhor amigo desde que se conhece por gente, Benjamin. Atravessava a rua sempre com cautela e com os olhos pregados em todas as direções.
Sempre brincavam desde que eram crianças. Mas isso nunca os impediu de sempre terem, todas as vezes que estavam juntos, vários episódios deles se desentendendo e brigando. Mas sempre acabam por fazer as pazes, ou simplesmente esquecem do ocorrido.
Joy: O que será que vai ter na casa do Benji que eu posso gostar? (sempre pensando em comida)
Coredem, em seu bolso de saia: Vai ter sim, o Benjamin.
Ela cora no mesmo instante e grita: NÃO É NADA DISSO! PARA DE ME ZOAR!
Aquela manhã passou de alegre para irritante num instante. Porém, um instante depois, notou que todos na rua a olhavam, consternados e surpresos por ter falado com a sua saia.
Ela soltou um sorriso amarelado e saiu em disparada para longe dali.
Não levou muito tempo para se deparar com a casa de Benjamin. Não havia erros, visitava aquela casa desde que tinha uns 7 anos. Os detalhes azuis na porta de varanda e a quantidade exorbitante de decorações de jardim também deixavam a casa com um destaque dentre as outras enfileiradas.
Sem mais delongas, soltou a voz: Chamando o doutor arregão. O doutor arregão se encontra?
Quase se engasgou com o seu riso.
Coredem: Nunca me canso disso.
Benjamin surgiu logo depois, com uma expressão de quem não gostava muito daquilo: Você precisa fazer isso mesmo toda vez que vem aqui? (Se aproximava e abria a porta da varanda) Já não basta você mudar o nome por cada vez.
Joy: Ué, é melhor do que da época de quando eu te chamava de doutor boióla.
Benjamin bufou: É. Principalmente que, no dia que você falou isso, meus tios tinham vindo me visitar, na época que eles preocupavam porque eu não tinha ainda nenhuma namorada.
Joy riu com a boca fechada: É, eu ter falado aquilo pra rua inteira ouvir não ajudou muito (deu um tapa no ombro dele quando se aproximavam da entrada da casa). Mas o bom é que, depois de eu explicar pra eles sobre seu foco nos estudos, eles aliviaram a barra. Então, disponha.
É, tirando o fato de você ter me colocado nessa. Pensou Benjamin, de um jeito cômico. E o pior de tudo, depois que você foi embora, meus tios ainda me perguntaram se estava gostando de você. Até hoje eles mandam mensagens "torcendo" pra gente..... eu te odeio, Joy. Porque você é sempre assim?
Entrando eu sua casa, já viu ela se espreguiçando pelo lugar, como se fosse ela que morasse lá. Se bem que ela já podia tratar o local como sua segunda casa. Sempre brincavam lá.
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Bakugan: Guerreiros da Liberdade
Fanfiction5 anos atrás, cartas misteriosas surgiram no meio do nada. Elas surgiram ao redor de todo o mundo, como se fosse num passe de mágica. No momento que eram tocadas, essas cartas materializavam pequenas esferas coloridas, cuja ambas só podiam liberar s...