Capítulo 18: Agora, sou um herói

54 2 0
                                    

Uma semana se passou desde a formação dos Guerreiros da Liberdade.

Gastaram boa parte do seu tempo treinando e lutando contra o máximo de jogadores possível, sempre sem perder o gosto do jogo. Todos se fortaleceram grandemente. Com certeza, ter a princesa da guerra ao lado deles os motivou para ficarem e se empurrarem ao máximo de suas forças.

Tinha dias que passavam no quarto de hotel de Elizabeth, para discutirem estratégias de batalha em equipe, uma vez que na guerra não existe 1vs1. Ou somente relaxar e ver um filme, já que chegaria o dia em que eles teriam de participar de uma guerra.

Elizabeth: A propósito, o que vocês dirão à suas famílias quando forem para Neathia?

Os cinco disseram em uníssono: Acampamento.

Elizabeth ficou confusa: Que?

Tyler estava focado no filme: Foi o que você ouviu. Acampamento.

Elizabeth: Bom.... É que..... meio mal pensado.

Joy: Nós viemos conversar sério ou ver o filme?

Elizabeth, então, assentiu. Tornaram ao filme.

Com o acabar do filme, se despediram e cada um tomou o seu caminho para casa. Tyler e Greg decidiram parar no meio do caminho, para jogar no fliperama. Benjamin e Joy digirijam-se até uma livraria, afim de verem se os livros que desejavam já estavam na loja.

Joy revirava freneticamente o olhar para as colunas de prateleiras, irritadiça: Nada (girou a cabeça para o lado e aumentou a voz). E você, Benji?

Ele surgia por entre um intervalo de duas prateleiras negras, parecendo decepcionado: Também não.

Joy bufou: Quando é que eles vão perceber que Silmarilion é uma adição básica para qualquer livraria?

Coredem rolava em seus ombros: Talvez seja porque é uma obra muito obscura. Ou porque acabou os estoques. Ou até pararam de imprimir ele.

Joy e Benjamin lançaram um olhar medroso: Nunca repita isso.

Coredem: O-ok.

Akwimos: Nada legal, cara.

Já Drake, bom... desde que se tornara membro oficial da recém-formada equipe dos guerreiros, tem tido una conduta bem mais amigável. Seus jogos eram mais limpos e justos, claro, sem perder o estilo bruto e violento nas batalhas. Mas agora respeitava os seus oponentes. Se sentia melhor assim, notando também um grande crescimento de força de Linehalt.

Ele atravessava uma parte meio deserta da cidade, metade iluminada pelas luzes brancas-amareladas de alguns postes, a outra pelos feiches alaranjados de um sol quase poente. Estava num vasto palco de cores quentes e vivas.

Drake disse subitamente: Sabe, Linehalt. Eu nunca sequer perguntei sobre a sua vida passada.

Linehalt: Não?

Drake: Não. No máximo, só tivemos aquela conversa no meu quarto (capítulo 11), em que falávamos que iríamos derrotar a Elizabeth e ficarmos mais fortes.

Linehalt: É mesmo. Também te disse que te deixaria depois de fazermos isso (riu). Mas, agora que ambos somos desertores, não temos um lugar para ir. Claro, exceto para os Guerreiros da Liberdade.

Os dois riram. Drake: Esse nome ainda soa ridículo. Mas, voltando ao assunto, você chegou a falar da "imersão nas trevas"

Linehalt: Sim. Não sei bem ao todo o que é isso. Mas, até onde eu sei, é praticamente um controle da mente que faz o alvo ceder a sentimentos negativos. Como, por exemplo, à uma ganância de poder (Drake desviou o olhar, um pouco constrangido. Ainda não acreditava que foi fraco para ceder àquilo). Mas, como todos os outros derrotados, você foi liberto disso. Mas, sua imersão, que é praticamente ceder toda a sua determinação a esses sentimentos negros, foi tão profunda, mas tão profunda, que você conseguiu controlar um Dark Bakugan como eu.

Bakugan: Guerreiros da LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora