Capítulo 5

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“Queres que saia porquê?”

Ignorei-o e entrei na casa de banho para tomar um banho.

Mais tarde na escola, depois da aula de Matemática, recebi uma chamada. Era o Harry.

“Olá Violet.”

“Olá Harry, como é que tens o meu número?”

“A tua mãe deu-mo à pouco quando passei por tua casa.”

“Ah, ok… O que querias?”

“Queria saber se logo à noite tens alguma coisa para fazer, já que é sexta, podíamos sair… Tipo amigos.”

“Sim claro, acho que posso. Mas eu depois digo-te alguma coisa. Bem, até logo.”

“Quem era? O Harry?” – Agora não por favor! Não posso falar com espíritos no meio da escola, ainda acham que sou doida.

“Agora não Mark.” - Disse entre dentes.

Ignorei-o e ele acabou por desistir de falar comigo.

**

Já eram 19:00h e eu estava a pensar se ia ou não sair com o Harry.

“Não vais sair daqui Violet!”

“Não posso sair daqui porquê?” – Olha agora, ia ser um fantasmasinha que me ia proibir de sair de casa a uma sexta à noite.

“És minha agora.”

“Sou tua desde quando? Em primeiro não sei se te lembras mas és apenas um espírito. E em segundo eu não sou de ninguém!” – Não estou a perceber o interesse dele.

“Tu és a única que me vê, és a única que consegue sentir o meu toque. És a única que me ouve e que fala comigo.”

“Tu estás perturbado Mark, ainda estás preso ao passado e sabes perfeitamente que a qualquer momento tens de abandonar o mundo terrestre!”

“Não tenho de o fazer, posso ficar aqui contigo para sempre.”

Ok, eu não me acredito no que me está a acontecer. Estou a lidar com um espírito que diz que sou dele e que não vai embora.

“Eu não quero que o faças! Acredita em mim, o melhor é ires embora antes que faças alguma asneira.”

O Mark aproximou-se de mim e quando dei por mim estava a gritar com ele a dizer-lhe que odiava ter espíritos assim tão perto.

“Violet estás pronta?” – Gritou a minha mãe do lado de fora do quarto.

“Sim mãe. Diz ao Harry que desço já.” – Eu não tinha dito nada ao Harry, mas já sabia que ele vinha na mesma.

“Tu não vais Violet!” – Mark fez com que a minha porta se trancasse do lado de fora o que me fez ficar presa.

“Abre a porta já! Não estou a gostar do teu comportamento e se continuas posso muito bem ignorar-te para sempre!”

“Tubo bem, vai lá. Mas não fiques com ele, tens de voltar para casa.”

Não liguei ao que ele disse e continuei o meu caminho até a sala onde estava o Harry com a minha mãe.

“Estás linda.” – Harry sorria sempre que me elogiava o que eu achava a coisa mais querida de sempre.

“Então, onde vamos?”

“Não sei, onde queres ir?”                 

“Damos uma volta por aí.” – Eu nunca tinha o hábito de sair, e se saísse era para ir para discotecas.

Spirits || h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora