Músicas:
Colbie Caillat - Try
One Direction - You and I [Empty Arena]
James Arthur - Recovery
O céu está escuro, e pequenas gotas de chuva caem sobre mim. Acordei com vontade de esquecer isto de Nova York por um bocado e decidi vir tomar o pequeno almoço ao café mais próximo.
As minhas botas cinzentas batem com cada vez mais força nos paralelos da rua à medida que vou correndo para fugir da chuva.
Entro no café e sento-me numa mesa perto da janela, gosto de ver quem passa e como as pessoas ficam stressadas quando olham para o relógio e vêm que estão atrasadas.
"Já escolheu menina?" - Um empregado aproxima-se da minha mesa com um bloco na mão e com uma caneta na outra.
"Sim, pode ser um sumo de laranja natural e uma torrada, por favor."
"Trago já." - O empregado era simpático e deu-me um sorriso de orelha a orelha. Fiquei um pouco menos irritada com o bom atendimento dele.
Esperei cerca de 5 minutos e o empregado trouxe-me o sumo e disse que as torradas estavam quase prontas. Eu agradeci e ele voltou para o balcão.
Enquanto esperava olhei novamente para o meu lado direito e observava cada passo que as pessoas que por ali passavam faziam. Vi uma mãe com o seu filho, que tinha uns 4 anos. A criança deixou cair o seu urso no passeio e a mãe ficou chateada porque o passeio estava sujo e sujou o urso. O menino baixava a cabeça sempre que a mãe falava, secalhar tinha medo de ficar de castigo.
"Aqui tem menina. Bom apetite." - As torradas são postas à minha frente e eu sorrio para o empregado vendo-o depois a abandonar a minha mesa.
Comi lentamente e quando terminei dirigi-me até ao balcão para pagar. Feito isto, saí do café e caminhei até minha casa de novo.
O tempo estava melhor e agora não chovia, mas o céu continuava cinzento. Fez-me lembrar eu mesma, sendo a chuva as minhas lágrimas e o céu o meu coração.
Paro no meio do passeio onde caminhava e sento-me no banco de jardim que estava ao meu lado. Sento-me e começo a mexer no telemóvel. Não tinha nenhuma chamada por isso decidi ir às minhas redes sociais ver novidades, e não tinha nada de interessante.
Estou agora em frente à porta de casa e não sei se entro, vou ter de encarar os meus pais, aqueles que me querem tirar da cidade onde eu nasci e cresci.
Dou um passo em frente e abro lentamente a porta, vendo o meu pai sentado num cadeirão a ler.
"Bom dia querida." - Não respondo e vou em direção à cozinha, a caminhada fez-me sede.
Tiro um copo do armário e vou ao frigorífico buscar água. Encho o copo e levo-o à boca.
"Não vais ficar aqui só por não me falares." - O meu pai diz entrando na cozinha.
"Fixe." - Pego no meu copo e saiu da cozinha dirigindo-me ao quarto. Sinto-o atrás de mim mas não me vou virar.
"Violet, chega aqui."
"Nop." - Não estou a gozar com ele ou a ser criança, quer dizer talvez esteja a ser um pouco. Mas ele tem de perceber que eu não quero ir.
"Achas que eu queria ir para Nova York quando arranjei lá emprego? Eu também tinha tudo aqui, mas lá há novas coisas e tu vais gostar. Não tornes isto mais difícil por favor."
"Não vou e ponto final." - Viro-me para o homem de cabelos escuros e olhos azuis que é o meu pai e fico a olhar para ele seriamente.
"Tu vais, e não se fala mais nisto."
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Spirits || h.s
FanfictionViolet e Harry cruzam os seus caminhos num mundo diferente e cheio de emoções.