Apenas Uma Noite [REVISÃO]

Capítulo 15 - Sou Tempestade Sem Você

Vicente Bastos.

Saio do escritório e vou direto para o meu carro, sem avisar ninguém sobre nada pego estrada, talvez por momento, saudades, carência ou talvez seja mesmo amor o que eu sinto por Heloísa Riche e meu sonho é fazer com que ela seja a mulher que em Apenas uma Noite me fez ficar completamente apaixonado.
Depois de quase quatro horas de viagem, quase dez da noite chego a Ribeirão Preto, interior do estado, estaciono em um posto e pego meu celular, digito rápido:

"Marcelo, sei que está nervoso comigo e não tiro sua razão, mas depois de mais de três horas e meia estou em Ribeirão Preto, resolvi me dar um chance e dar uma chance ao amor de Heloísa. Preciso que descubra aonde os pais dela moram, é urgente. Espero respostas." enviado às 22:08.

Espero a resposta dele que demora em média de cinco à dez minutos, ele me manda o endereço e deseja boa sorte, coloco o endereço no GPS, começo a dirigir e quando eu estava prestes a chegar, faltando menos de um quilômetro meu estômago gela, respiro fundo e continuo dirigindo. Quando finalmente chego ao meu destino estaciono na frente, a casa era enorme, desço do carro sem o blazer do terno, caia ainda alguns pingos, coloco a chave, celular e carteira no bolso da calça, respiro fundo e toco a campainha rezando para que alguém me atendesse, e que esse alguém fosse a minha Doutora. Quando a porta abre uma mulher de uns 60 anos me olha, ela arqueia as sobrancelhas.

-Hum, desculpe incomoda-la, meu nome é Vicente Bastos. A senhora é a mãe da Heloísa? - ela sorri.

-Não, eu sou Isabel Silva, eu ajudei a criar a Helô. - sorri e estende a mão para mim, aperto sorrindo fraco.

-Sabe me dizer se a Helô está em casa?

-Olha, ela saiu com o pai tem mais de uma hora, eles disseram que não tinham hora para voltar. - suspiro e abaixo a cabeça. - Mas você pode entrar e esperar, a Senhora Riche vai adorar te conhecer. - abre espaço para mim entrar. - Afinal, o que você é dela?

-Ah, sim... - a olho. - Se não fosse por um grande vacilo meu, seria o namorado. - ela sorri.

-Entendo. - fecha a porta. - Venha comigo. - ela começa a andar e eu a sigo. - Diana, esse é Vicente Bastos, o moço que Heloísa comentou na hora do almoço.

Uma outra mulher, que não se parecia nada com Heloísa me olha sorridente, ela tira o óculos de grau e se levanta da poltrona, caminha até mim e me dá um beijo na bochecha.

-É um prazer te conhecer Vicente. - sorriu sem jeito. - Eu sou Diana Riche, mãe da Helô.

-O prazer é meu. - sorriu.

-Sente-se. - pede e assim faço. - Mas então, você saiu de São Paulo para vir atrás da Heloísa? Posso deduzir que brigaram e não se resolveram. - me olha nos olhos.

-É... Quase isso.

-Posso ligar para o pai dela, saber aonde estão e se vão demorar. Pode ser?

-Como a Senhora quiser, só não diga que estou aqui. - peço e abaixo a cabeça.

-Tudo bem.

Ela caminha até o telefone fixo e disca um número, depois de alguns instantes ela começa a falar com alguém e não acho que seja Heloísa, após alguns minutos ela desliga e me olha sorrindo fraco.