Capítulo 4 - Segredos

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Heloísa Riche

— É dessa forma que ele queria me conquistar? — Olho rápido para Babi e depois volto a atenção para a cena. 

— Me desculpe pelo meu irmão... — Ela se segura para não rir — Digamos que ele não aceita numa boa levar um "não." 

— Ele precisa aprender, a vida às vezes tem dessas. — Volto a beber. 

— Você está sozinha? — Me olha — Talvez gostaria de ir ao camarote dos Bastos, Alice está lá  com Enrico. — Convida. 

— Minha amiga é maluca. — Rimos. 

— Ela se encantou. 

          Passo pela cena que ainda rolava entre Vicente e a loira, reviro os olhos e continuo seguindo Bárbara. Subimos as escadas e fomos até um casal, era Alice e o homem que me ajudou mais cedo, Enrico Bastos. Cumprimento Enrico outra vez e me sento ao lado de Alice.

— Você me deixou sozinha. — falo baixo.

— Desculpa, mas eu precisava encontrar Enrico. 

— Mas se ela está aqui... — Enrico começa. 

— É porque eu não aceitei ser mais uma na lista do seu irmão. — Explico triunfante. 

— Eu não tenho uma lista. — Vicente aparece e se senta ao meu lado. 

— Até porque seria impossível você se lembrar de todas. — Provoco. 

— Concordo com ela. — Enrico olha para o irmão. 

— Talvez eu encerre a minha com você no final. — Me lança um olhar sedutor.

— Não, obrigada. — Pisco para ele. 

— Vicente, nos conte qual foi a última vez que levou um fora. — Enrico dá um gole em sua bebida. 

— Eu nunca levei um fora. — Responde revirando os olhos. 

— Tudo tem sua primeira vez. — O olho. 

— Exatamente... — Me olha — Sinto que a nossa primeira vez não vai demorar. — Me deixa sem graça. 

— Eu vou tomar um ar... — Me levanto — Me deem licença. — Falo.

          Saio do camarote e vou para pista de dança, aonde era mais abafado e estava me fazendo soar, o jeito que ele me olha, um olhar de desejo, não tenho como ficar perto daquele homem sem desejar ele tirando toda sua roupa, sinto alguém puxar meu braço e me viro, meu corpo fica a uma distância nada segura do corpo dele e consequentemente minha boca também não, minha respiração fica acelerada. Olho em seus olhos azuis iluminados pelo jogo que luz que brilha por todo o espaço e sinto meu corpo se acender ao arrepiar enquanto sinto sua respiração ofegante próxima do meu rosto. Ele era uma perfeita tentação e negar aquilo estava me deixando maluca.

— Não vai adiantar eu dizer que não, não é?! — Falo um pouco hesitante. 

— Nós dois sabemos que você quer dizer sim. — Segura meu rosto e sinto sua respiração. 

Apenas Uma Noite [REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora