Palavras ainda machucam

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Damon Narrando

Any-- Tchau. -- Ela se pronuncia e sai.
Stefan-- Irmão.
Eu-- Só... diga.
Stefan-- Já fazem sete anos. Aquela carta ainda está lá. Tem como você simplesmente abri-la?
Eu-- É minha carta. Eu abro quando eu quiser e se eu quiser. Não preciso de ninguém no meu pé me dizendo o que fazer! -- Grito. Eu já estava furioso com toda aquela situação. Eles sabiam como eu me sentia, eu nunca menti sobre isso.
Stefan-- Ok. -- Ergue os braços pra cima, como uma rendição. Levanto do sofá e vou pro quarto.

Flash Back On
Acordo na casa dos Mikaelson's, e assim que abro meus olhos levo um soco no nariz.
Eu-- Ai!
Klaus-- Imbecil! Por que não me falou que ela tava ali? ELA ESTAVA GRITANDO, DAMON. G R I T A N D O. -- O olho. -- Eu tentei puxa-la mas ela me apagou e eu acordei aqui. Por que você não me falou?
Eu-- Onde ela tá? -- Me levanto.
Elijah-- Nós não sabemos. Nenhuma notícia.
Kol-- Admitam. A loirinha já deve está morta uma hora dessas. -- Quebro seu pescoço.
Rebekah-- Pobre Kol.
Eu-- Vocês que não sabem procurar. -- Vou para floresta.
(...)
Jogo-me nas folhas queimadas no chão, que cheirava a brasa. Ela havia partido. Sem consideração, sem me dá uma oportunidade de dizer "Não", sem se despedir. Ela apenas partiu. Eu nunca me senti tão vulnerável, tão inútil, quanto me sinto nesse exato momento. Alguém que não merece estar aqui.
Stefan-- Vamos, Damon. Já tá tarde.
"Por que você se foi sem ter alguma consideração por mim?"
Flash Back Off

Pego a carta em mãos. A abro delicadamente. Ela havia deixado aqui antes de ir para a festa. Eu percebi quando voltei e comecei a quebrar as coisas. A carta estava no chão, um pouco molhada de uísque.

"Querido Damon... Ou como preferir."

E lá vamos nós.

"Eu sei que é muita bobagem tá escrevendo isso. Bem, eu tô indo a uma festa, não a uma guerra."

Era irônico ler isso agora.

"Não é uma despedida. Aliás, nunca é um adeus, certo? Eu estou aqui, pois nesse momento, ao tornar-me humana uma coisa que, conforme vocês eu nunca fui, mas foi como me senti meus 19 anos de vida, eu me senti vulnerável. Vulnerável a dor, aos sentimentos, ao afeto, a raiva. Qualquer coisa que eu posso sofrer, não posso mais revidar.

Eu só... eu precisava te contar uma coisa antes de ir para a festa. Eu achei importante para mim, independente de ser para você."

Nesse momento eu paro de ler a carta. Eu menti para eles, Stefan e Any. Eu já li essa parte várias e várias vezes, desde que encontrei. Eu só nunca tive coragem de descobrir o que vinha depois desse ponto. Eu não queria me supreender ou me preciptar com tudo. Afinal, ela não está mais aqui para me explicar o porquê das coisas.
Está na hora, Damon. A voz de Any não saía da minha cabeça.
Reli essa parte mais três vezes. Respirei fundo e finalmente vi hora. A hora que eu lia o resto.

"Quando eu voltar pra "casa", eu sei que vai ser estranho. Afinal, estamos falando de você, Damon Salvatore, o vampiro que não se sensibiliza com nada."

Suspiro.

"Eu amo você, Damon. Eu queria dizer que sou corajosa o suficiente para falar isso olhando em seus olhos... mas eu não sou."

E essa era a hora de ler as palavras que adiei por 7 anos.

"Eu sinto que posso te amar, independente de ser recíproco. Eu sinto que posso te fazer feliz. Eu sinto que quero você. Eu sinto isso todo segundo que te vejo, eu sinto isso em cada palavra que você fala, ao som da sua voz. Eu sinto isso em cada sorriso, cada lembrança e até mesmo os beijos que já demos. Eu sinto isso.

E como eu sei que não poderia guardar isso para sempre, eu estou aqui, por uma carta, dizendo a você. Que todo medo, toda dor, toda perda..."

É como se eu estivesse lendo sobre ela, toda palavra, é como se ela estivesse pedindo ajuda, pedindo para não ir.

"Eu quero estar com você. E eu quero que esteja comigo. Quando você ler essa carta, e eu aparecer nessa porta, eu quero que você seja você. O Damon que eu conheci.

O Damon de ações, não de palavras. O Damon de coragem, que ignora o medo. O Damon que eu admiro, independente de qualquer defeito. Eu nunca imaginei que pudesse mudar você e, agora, percebo que eu nunca quis. Eu quero você assim, como você é. Um pouco menos de sangue seria bom, claro.

Então, quando eu entrar por essa porta, eu quero que você me abrace forte e me diga que valeu a pena eu ter dito tudo isso, mesmo que por uma carta. E se você não estiver disposto a isso, eu não quero um pedido de desculpas, quero apenas a sua sinceridade.

Eu amo você, Damon Salvatore. Eu quero apenas você. Do meu lado.

Com todo amor e respeito,
Ashley."

E então o silêncio. O silêncio que dominava o quarto e cada cômodo dessa casa. O silêncio que me fazia odiar cada vez mais cada segundo sem ela.

"Eu também amo você, Ashley Starbell."

"

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