Voltando a vida

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Após uma longa conversa, sinto mãos em minha nuca, que puxam-me para ficar em pé. Caminho até um portão de ferro, tento fugir mas sou surpreendida por uma arma apontada para a minha cabeça. Solto um grito abafado, baixo por conta da faixa em minha boca. O que vou fazer agora? Eles continuam me puxando em direção ao carro. Ao chegar na rua percebem uma moça correndo, por impulso um deles sai atrás, o outro vai junto, restando apenas um ao meu lado. Eles pegam a moça e a puxam com ferocidade, a fazendo cair de bruços no chão. É possível ver as lágrimas molharem seu rosto, enquanto ela so obedecia o que a mandavam fazer. Tento fugir, eu queria tanto ajuda-la. Rebato-me contra o homem que agarrava meu braço. Porém, pelo que parecia, quanto mais eu me debatia, mais forte ele me segurava. Ele vira-me para si, pressionando minhas bochechas.
Xxx-- Não seja tola, garotinha. Nem todo mundo sai vivo dessa. -- Se não fosse essa venda estúpida eu teria a possibilidade de lhe dizer coisas intaladas em minha garganta. Olho para ele com os olhos marejados, como os de alguém que pedia piedade. Ele apenas aperta meu braço e joga-me no porta malas do carro, trancando-me la. Escuto a porta do carro fechar com força e, com a batida, o grito da moça. Suspiro enquanto sinto a arrancada do carro fazer todo meu corpo tremer.

(...)

Após uns cinco minutos ali, eu ja podia sentir meus pulmões sufocarem, sem ar. Meus olhos ardiam das lágrimas presas, meu corpo doía. Escuto uma pancada, e sinto tudo girar. O barulho do vidro do carro se estilhaçando em mil pedaços, e então eu descolar-me para cima e para baixo enquanto o carro capotava aquela imensidão de terra, até que eu não possa ver mais nada.

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