TVD: The Salvatore

E se fosse real...

Damon Narrando

Stefan me encarava enquanto eu bebia meu Bourbon, o que era extremamente desconfortável. Paro o que estava fazendo e o encaro de volta.

Eu— Me deixe beber em paz. – Resmungo.

Stefan— E o que eu ganharia te obedecendo? Vale mais a pena lutar pela sua sanidade.

Eu— Você realmente tem necessidade de filosofar tudo? É tudo mimimi. Apenas me deixe em paz, não acha que já tenho idade suficiente para me criar sozinho? – Ironizo. – Ou 200 anos não parecem suficientes para você?

Stefan— Quando se trata de você nada parece suficiente, Damon. Ainda mais quando você tenta afogar todas suas mágoas numa bebida ou tirando sua humanidade. Isso não resolve nada.

Eu—Você não sabe nada do que está falando, Stefan. Apenas vai cuidar da sua vida e me deixe em paz.

Any Narrando

Após um longo tempo sozinha fiquei pensando no que Enzo falou. Apesar da dor de admitir que ele estava certo. Eu estou com medo, com raiva, magoada, mas acima de tudo decepcionada comigo mesma. A morte da Ashley foi algo tão rápido e tão inesperado que eu não me permitir sofrer, eu não me permiti o luto, por ela e por Enzo.

Eu apenas estava com muita raiva, o suficiente para engolir o choro e fingir que nada aconteceu. Eu nunca fui humana o suficiente para pensar o quanto doeu a ida dela, e o quanto dói o buraco que ela faz em minha vida.

Meus pais me ligaram quando souberam da morte de Ash, tivemos uma longa conversa que já não tínhamos à um bom tempo. Eles estranharam os cortes na história no qual eu não queria explicar que sou uma bruxa e que eu causei tudo isto a minha melhor amiga.

Caroline se fez muito presente, estava sempre por perto o que as vezes sufocava, mas ela foi uma ótima amiga. Damon e Stefan me ofereceram moradia e apoio, o que no começo foi bem estranho vindo desses dois.

Por fim Isaac também se manifestou, ele veio até Mystic Falls para organizar todas as papeladas de busca e esse bla bla bla todo, já que ela era tudo que ele ainda podia chamar de família. Ele me deu a casa para que eu cuidasse, o que fiz de bom grado. Eu lembro bem suas palavras quando chegou aqui: "Talvez eu estivesse errado sobre o mundo. Eu achei que os seres humanos fossem o lado frágil da história, eu acreditei que eles precisariam de ajuda, mas agora noto que maldade no coração deles é tão grande quanto esse lado sobrenatural que ocorre pelo mundo."

Talvez eu não concordasse cem por cento com isso, mas de alguma forma ele tinha razão.

Enfim, no começo tudo foi muito fácil, eu nunca estava só, e eu estava deixando que a saudade fosse tudo que eu poderia sentir. Mas quando todos esqueceram, e o Stefan voltou seu foco ao Damon, algo mudou. Todo o sentimento de saudade, tristeza e gratidão que eu tinha pela minha melhor amiga se transformaram num tumulto de raiva e mágoa. E isso afastou qualquer pensamento bom. Eu estava descontrolada e desesperada ao mesmo tempo, até que descobri as ervas de bruxaria que me davam alucinações para que eu visse o Enzo e eu apenas me agarrei nisso.

Enzo—Você pensou no assunto? – Meu corpo treme com o susto e eu levo a mão na boca abafando um grito.

Eu—Não faça isso. Nunca mais. – O repreendo. – O que está fazendo aqui? Eu já o expulsei.

Enzo—Você estava pensando em mim, abriu uma brecha para que eu voltasse. – Suspiro. – O efeito das ervas ainda não acabaram. – Me viro para ele e sinto que ia levar outro sermão.

Eu—Não, por favor, de novo não.

Enzo—Você ainda está a bloqueando do seu pensamento, Any. Você ainda está com medo.

Eu—Enzo, eu preciso de um tempo, por favor. Me dê esse tempo para repensar os meus atos. – Ele assente com a cabeça.

Me deito em seu peito e fecho os olhos, eu queria que momentos assim fossem reais.

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Hello babe, como estás?

Senti falta de vocês  SZ.

Mais um capítulo feito com todo carinho, é agora que a gente reajusta as peças. Bjão.

Votem e comentem, estou atenta em todos os comentários.